Bíblia em Contos

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A Divisão da Terra Prometida: A Visão de Ezequiel

No coração de uma terra prometida, onde o sol brilhava intensamente sobre colinas verdejantes e vales férteis, o profeta Ezequiel recebeu uma visão divina que revelava a futura divisão da Terra Santa entre as doze tribos de Israel. Era um plano meticuloso, ordenado pelo próprio Senhor, que demonstrava Sua justiça, misericórdia e o desejo de restaurar Seu povo.

A visão começou com Ezequiel sendo transportado em espírito para uma região vasta e plana, onde um anjo do Senhor o aguardava. O anjo segurava um pergaminho celestial, no qual estavam gravados os detalhes da divisão da terra. O profeta observou atentamente enquanto o anjo desenrolava o pergaminho, revelando um mapa sagrado que se estendia de norte a sul, dividido em faixas horizontais. Cada faixa representava a herança de uma tribo, e no centro de tudo estava uma porção especial, consagrada ao Senhor.

“Ezequiel,” disse o anjo com voz suave, mas poderosa, “esta é a terra que será dividida entre as tribos de Israel. Cada tribo receberá sua herança de acordo com a vontade do Senhor, e no meio dela estará a porção sagrada, dedicada ao Santuário do Altíssimo.”

O profeta observou que a terra era dividida em treze partes, sendo doze para as tribos e uma para o Senhor. A porção sagrada ficava no centro, como um coração pulsante, rodeada pelas heranças das tribos. Ao norte, estavam as tribos de Dã, Aser, Naftali, Manassés, Efraim, Rúbem e Judá. Ao sul, estavam as tribos de Benjamim, Simeão, Issacar, Zebulom e Gade. Cada faixa de terra era de igual largura, simbolizando a igualdade diante de Deus, embora cada tribo tivesse suas características únicas.

A porção sagrada no centro era dividida em três partes. A primeira parte, ao norte, era destinada aos levitas, os sacerdotes que serviam no templo. Eles não receberiam uma herança tribal, pois o Senhor era sua herança. A segunda parte, no meio, era a porção do príncipe, um líder designado por Deus para governar com justiça e integridade. A terceira parte, ao sul, era a área do templo, o lugar mais sagrado de todos, onde o Santuário do Senhor seria construído.

O anjo explicou que o templo seria o ponto focal da nação, o lugar onde a presença de Deus habitaria entre Seu povo. “Este será o lugar onde o céu e a terra se encontram,” disse o anjo. “Aqui, o povo virá para adorar, oferecer sacrifícios e buscar a face do Senhor. Este será o centro da vida espiritual de Israel.”

Ezequiel observou que a cidade santa, Jerusalém, ficaria ao sul da porção sagrada. Ela seria uma cidade de paz e justiça, onde o povo viveria em harmonia, sob a proteção do Senhor. A cidade seria dividida em doze portões, cada um nomeado em homenagem a uma das tribos de Israel, simbolizando a unidade do povo de Deus.

O profeta ficou maravilhado com a precisão e a beleza do plano divino. Ele viu rios de água viva fluindo do templo, trazendo vida e fertilidade para a terra. As árvores às margens do rio produziam frutos todos os meses, e suas folhas eram para a cura das nações. Era um vislumbre do reino perfeito que Deus estabeleceria no futuro.

“Ezequiel,” disse o anjo, “esta visão é um sinal de esperança para o povo de Israel. Embora eles tenham se afastado de Deus e sofrido as consequências de seus pecados, o Senhor não os abandonou. Ele restaurará a terra e fará dela um lugar de bênção e paz. Esta é a promessa do Senhor, e ela se cumprirá no tempo determinado.”

Ao final da visão, Ezequiel sentiu-se profundamente comovido. Ele sabia que a mensagem que recebera era de grande importância e deveria ser compartilhada com o povo. Ele escreveu cuidadosamente todos os detalhes da divisão da terra e da porção sagrada, para que as gerações futuras soubessem da promessa de Deus.

Quando a visão terminou, Ezequiel voltou à sua realidade, mas o impacto daquela revelação permaneceu em seu coração. Ele sabia que, embora o caminho para a restauração fosse longo e difícil, o Senhor era fiel e cumpriria Suas promessas. A terra seria dividida conforme a visão, e o povo de Israel viveria em paz e prosperidade, sob a bênção do Deus Altíssimo.

E assim, a visão de Ezequiel se tornou um farol de esperança para o povo de Israel, lembrando-lhes de que, mesmo nas horas mais sombrias, o plano de Deus para a restauração e a redenção permanece firme. A Terra Prometida, dividida com justiça e amor, seria um testemunho eterno da fidelidade do Senhor para com Seu povo.

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