Bíblia em Contos

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O Julgamento e a Fidelidade de Deus em Ezequiel 20 (Note: 60 characters, no symbols or quotes, in Brazilian Portuguese.)

**O Julgamento e a Fidelidade de Deus: Uma Narrativa Baseada em Ezequiel 20**

No trigésimo ano do exílio babilônico, enquanto os filhos de Israel gemiam sob o peso de sua rebeldia, o profeta Ezequiel foi visitado pela mão do Senhor. Era um dia abrasador, e o vento quente do deserto soprava sobre os rostos dos anciãos de Judá, que haviam se reunido diante do profeta, fingindo buscar a palavra de Deus enquanto seus corações permaneciam endurecidos. O Senhor, porém, conhecia seus pensamentos e ordenou a Ezequiel que os confrontasse com a história de sua nação—uma história marcada por pecado, juízo e, ainda assim, pela misericórdia insondável de Deus.

**A Eleição no Egito**

Ezequiel ergueu a voz, e suas palavras ecoaram como um trovão:

—Assim diz o Senhor Deus: No dia em que escolhi Israel, estendi Minha mão à descendência da casa de Jacó e Me revelei a eles na terra do Egito. Sob o jugo de Faraó, em meio aos tijolos e à escravidão, Eu lhes disse: ‘Eu sou o Senhor, vosso Deus! Abandonem os ídolos do Egito e não se contaminem com suas abominações!’

O profeta descreveu como o povo, mesmo no limiar da libertação, havia se rebelado. Seus olhos ainda cobiçavam os deuses de barro e ouro, os bezerros e serpentes que os egípcios adoravam. Seus corações estavam divididos, e ainda assim, por amor ao Seu nome, Deus não os destruiu.

—Mas Eu agi por causa do Meu nome—continuou Ezequiel—, para que não fosse profanado perante as nações. Eu os tirei com mão forte e braço estendido, sob os sinais do Meu poder.

**A Rebeldia no Deserto**

A narrativa avançou para o deserto, onde o Senhor lhes deu Seus estatutos e ordenanças, leis que traziam vida. Mas Israel, como um filho teimoso, desprezou os mandamentos.

—No deserto, seus pais Me provocaram—declarou o profeta—. Eles não guardaram Meus decretos e rejeitaram Minhas leis, profanando os sábados, enquanto seus olhos se fixavam nos ídolos de seus antepassados.

Ezequiel descreveu a cena: as tendas de Israel erguidas sob o sol inclemente, enquanto, em segredo, famílias se curvavam diante de imagens esculpidas. Moisés intercedia, mas a ira do Senhor se acendia.

—Eu disse que derramaria Minha indignação sobre eles no deserto e os consumiria—disse o Senhor—. Mas, novamente, retive Minha mão por amor ao Meu nome, para que as nações não dissessem: ‘O Senhor os libertou, mas não pôde levá-los à terra prometida!’

**A Geração que Entrou em Canaã**

Mesmo após entrarem em Canaã, os filhos de Israel não se corrigiram.

—Seus filhos repetiram os pecados de seus pais!—exclamou Ezequiel—. Ofereceram sacrifícios em altos idólatras, queimaram incenso a Baal e profanaram a terra que Eu lhes dei.

O profeta descreveu os bosques sagrados, onde homens e mulheres se prostravam diante de postes-ídolos, onde o sangue de crianças era derramado em sacrifício a Moloque. A terra, que deveria ser santa, tornara-se um vale de abominações.

—Por isso levantei profetas entre vocês—continuou o Senhor—, mas vocês os mataram, apedrejaram os mensageiros que Eu enviei!

**O Exílio e a Promessa de Restauração**

Agora, sentados diante de Ezequiel, os anciãos de Judá ouviam sua própria história—um ciclo interminável de pecado e juízo. Mas a palavra do Senhor não terminou com condenação.

—Assim diz o Senhor: Não os consultarei, pois seus corações ainda estão cheios de ídolos. Mas juro por Mim mesmo que não deixarei que Me profaneis mais entre as nações. Eu mesmo vos reunirei das terras para onde fostes dispersos, com mão forte e braço estendido!

Ezequiel descreveu o futuro glorioso: um novo êxodo, maior que o primeiro. O Senhor purificaria Seu povo, tirando deles o coração de pedra e dando-lhes um coração de carne.

—E vocês saberão que Eu sou o Senhor, quando Eu os levar de volta à terra de Israel, ao monte sagrado, onde Meu santuário será estabelecido para sempre.

**Conclusão: O Chamado ao Arrependimento**

Os anciãos ficaram em silêncio, seus rostos pálidos sob o sol poente. A história de Israel era a história deles—rebelião, juízo e graça. Ezequiel ergueu os olhos e concluiu:

—Portanto, abandonem seus ídolos! Convertam-se ao Senhor, pois Ele não tem prazer na morte do ímpio, mas em que ele se converta e viva!

E assim, a palavra do Senhor ecoou no exílio, um chamado ao arrependimento, um lembrete de que, apesar de toda infidelidade humana, a fidelidade de Deus permanece para sempre.

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