**O Pastor Fiel e as Ovelhas Perdidas** (97 caracteres) Ou, se preferir algo mais direto: **O Juízo e a Promessa do Verdadeiro Pastor** (48 caracteres) Ambas respeitam o limite de 100 caracteres, sem símbolos ou aspas, e capturam a essência da história. O primeiro título enfatiza o contraste central, enquanto o segundo destaca o tema profético de Jeremias.
**O Pastor Fiel e os Pastores Infiéis**
No reino de Judá, durante os sombrios dias que antecederam o exílio babilônico, a palavra do Senhor veio ao profeta Jeremias com um peso de juízo e esperança. O povo, afundado na idolatria e na injustiça, sofria sob a liderança de pastores que, em vez de guiá-los para os verdes pastos do Senhor, os espalhavam como ovelhas perdidas.
Era uma manhã cinzenta quando Jeremias subiu ao pátio do templo, seu coração ardendo com a mensagem divina. Seus olhos, profundos como os de um homem que conhece os segredos de Deus, percorreram a multidão de sacerdotes, profetas falsos e líderes corruptos que se aglomeravam ali. Com voz que ecoava como trovão em meio ao silêncio, ele proclamou:
— Assim diz o Senhor: “Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto!”
O povo arregalou os olhos. Alguns sacerdotes, vestidos em trajes luxuosos, trocaram olhares nervosos. Jeremias continuou, sua voz carregada de dor e autoridade:
— Vocês não cuidaram do rebanho! Em vez de proteger as ovelhas, as abandonaram aos lobos. Em vez de alimentá-las com a verdade, as intoxicaram com mentiras. Por isso, o Senhor declara: Eu mesmo cuidarei do meu rebanho!
Uma onda de murmúrios percorreu a multidão. Alguns rostos se contorceram em raiva, outros em medo. Jeremias, impassível, ergueu as mãos e anunciou a promessa que brilhava como um raio de luz naqueles dias tenebrosos:
— Eis que virão dias — diz o Senhor — em que levantarei um Renovo justo, um descendente de Davi que reinará com sabedoria e justiça. Ele será chamado ‘O Senhor é Nossa Justiça’, e sob seu governo, Judá será salvo e Israel viverá em segurança.
Os falsos profetas, que até então sussurravam palavras de paz quando não havia paz, agora se contorciam de ódio. Um deles, de nome Hananias, avançou com os punhos cerrados.
— Como ousa falar em destruição, Jeremias? O Senhor não nos deu esta terra? Nós somos o povo escolhido!
Mas Jeremias, firme como uma rocha, respondeu:
— O Senhor não escolhe um povo para que viva na impunidade do pecado! Ele examina os corações e julga as ações. Vocês, que enganam o povo com sonhos mentirosos e adoram ídolos mudos, serão arrancados como árvores infrutíferas!
E assim, a profecia se cumpriu. Os pastores infiéis, que deveriam ser guias, tornaram-se instrumentos de destruição. Mas no meio da ruína, a promessa do verdadeiro Pastor, o Messias vindouro, permaneceu como uma âncora para os fiéis.
Anos mais tarde, quando o cativeiro babilônico chegou, muitos lembraram das palavras de Jeremias e entenderam: Deus não abandona seu rebanho. Ele mesmo viria, no tempo certo, como o Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas.
E assim, mesmo na desolação, a esperança não morreu. Pois o Senhor, fiel às suas promessas, jamais deixa seu povo sem um verdadeiro guia.