**O Rei dos Reis e a Rebelião das Nações**
Nos tempos antigos, quando os reinos da terra se levantavam em orgulho e os governantes conspiravam em segredo, o Senhor, do alto de Seu trono celestial, observava com justiça e autoridade. As nações rugiam como o mar em tempestade, e os povos tramavam em vão contra o Eterno.
Na poderosa cidade de Jerusalém, um jovem rei, ungido pelo Senhor, sentou-se no trono de Davi. Seu nome era Salomão, e ele governava com sabedoria divina. No entanto, além das fronteiras de Israel, os reis das terras distantes murmuravam entre si.
— Por que serviremos a esse rei de Jerusalém? — dizia Faraó, soberbo em seu palácio às margens do Nilo.
— Que direito tem ele de impor suas leis sobre nós? — ecoava o monarca da Assíria, cujo exército era numeroso como a areia do deserto.
E assim, em segredo, tramaram uma aliança maligna. Reis da Babilônia, da Síria, de Edom e de muitas outras terras se reuniram em conspiração.
— Rompamos os seus laços! — bradavam. — Lancemos fora as suas cordas!
Mas o Senhor, que habita nos céus, riu-se deles. O Todo-Poderoso zombou de seus planos fúteis, pois Ele já havia estabelecido Seu Rei sobre Sião, o monte sagrado.
Então, numa noite de tormenta, quando os exércitos inimigos se aproximavam das fronteiras de Israel, o Senhor falou em Sua ira e os aterrou com o furor de Sua indignação.
— Eu mesmo consagrei o meu rei — declarou o Senhor, e Sua voz trovejou como mil trovões. — Sobre Sião, meu monte santo, estabeleci o meu ungido.
E o jovem Salomão, cheio do Espírito do Senhor, levantou-se e proclamou o decreto eterno:
— O Senhor me disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei. Pede-me, e as nações te darei por herança, e os confins da terra por tua possessão.
Os inimigos tremeram. Os cavalos de guerra empacaram, e os carros de batalha se imobilizaram como pedra. O próprio céu escureceu, e um vento poderoso varreu os acampamentos dos reis rebeldes.
— Servi ao Senhor com temor — bradou Salomão, sua voz ecoando como trombeta. — Alegrai-vos com tremor, beijai o Filho, para que não se ire, e pereçais no caminho!
E assim, os governantes das nações, antes arrogantes, caíram de joelhos. Alguns se humilharam, buscando a misericórdia do Deus de Israel. Outros, endurecidos, pereceram em sua loucura.
Pois bem-aventurados são todos os que nEle se refugiam. O Senhor reina soberano, e Seu Ungido governa para sempre.
