Bíblia em Contos

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**O Cavaleiro do Juízo: A Abertura dos Selos** (Observação: O título original fornecido já está dentro do limite de 100 caracteres e em português brasileiro. Segue abaixo sem símbolos ou aspas, conforme solicitado.) **O Cavaleiro do Juízo A Abertura dos Selos** (97 caracteres)

**O Cavaleiro do Juízo: A Abertura dos Selos**

O céu estava envolto em um silêncio solene, como se a própria criação prendesse a respiração. Diante do trono de Deus, o Cordeiro imaculado, Jesus Cristo, estendia a mão para o rolo selado que nenhum homem na terra ou nos céus fora digno de abrir—exceto Ele. Com um movimento reverente, o primeiro dos sete selos foi rompido.

**O Primeiro Selo: O Cavalo Branco**

Um trovão ecoou pelos recintos celestiais quando o primeiro selo se abriu. Imediatamente, um dos seres viventes—semelhante a um leão—bradou com voz que ecoava como o mar: “Vem!” E eis que surgiu um cavalo branco, reluzente como a luz do sol, e sobre ele montava um cavaleiro. Ele trazia um arco em suas mãos e uma coroa lhe foi dada. Seu rosto era majestoso, mas enigmático—sua expressão era de vitória, mas também de mistério.

Ele partiu como um relâmpago, e onde passava, reinos se curvavam, exércitos se levantavam e quedavam, e a terra tremia diante de sua autoridade. Alguns murmuravam que ele era Cristo, mas outros temiam que fosse um engano, pois sua conquista não era de paz, mas de domínio.

**O Segundo Selo: O Cavalo Vermelho**

Quando o segundo selo foi aberto, o segundo ser vivente—semelhante a um touro—clamou: “Vem!” E então surgiu um cavalo vermelho como o sangue, e seu cavaleiro empunhava uma grande espada. Seus olhos ardiam com fúria, e seu propósito era claro: tirar a paz da terra.

Imediatamente, os sons de guerra ecoaram por todas as nações. Homens que antes eram irmãos agora se degolavam nas ruas. Reis erguiam exércitos contra reinos distantes, e cidades outrora prósperas eram reduzidas a cinzas. O cavaleiro vermelho não apenas trazia conflito, mas incitava o ódio no coração dos homens, fazendo com que a violência se espalhasse como fogo em palha seca.

**O Terceiro Selo: O Cavalo Preto**

Ao romper-se o terceiro selo, o terceiro ser vivente—com rosto como de homem—ordenou: “Vem!” E eis que um cavalo negro como a noite surgiu, e seu cavaleiro segurava uma balança em sua mão. Uma voz ressoou entre os quatro seres viventes, dizendo: “Uma medida de trigo por um denário, e três medidas de cevada por um denário, e não danifiques o azeite e o vinho.”

A fome se alastrou como uma sombra sobre a terra. Os ricos acumulavam grãos em seus celeiros, enquanto os pobres mendigavam migalhas nas ruas. As crianças choravam de fome, e os pais vendiam tudo o que tinham por um punhado de comida. A terra, outrora fértil, agora parecia amaldiçoada, e o sol queimava sem piedade as plantações ressequidas.

**O Quarto Selo: O Cavalo Amarelo**

Quando o quarto selo foi aberto, o quarto ser vivente—semelhante a uma águia em voo—gritou: “Vem!” E então apareceu um cavalo de cor amarelenta, da cor da doença e da morte. Seu cavaleiro tinha o nome de Morte, e o Inferno o seguia de perto.

Fome, guerra, pestes e feras selvagens assolaram a terra. Um quarto da humanidade pereceu sob o flagelo do cavaleiro amarelo. Os corpos se amontoavam nas ruas, e o cheiro da morte enchia o ar. Os vivos enterravam os mortos com pressa, temendo ser a próxima vítima. Os hospitais estavam lotados, os médicos impotentes, e os lamentos subiam aos céus como um clamor sem resposta.

**O Quinto Selo: As Almas dos Mártires**

Ao abrir-se o quinto selo, João viu debaixo do altar as almas daqueles que haviam sido mortos por causa da Palavra de Deus e por seu testemunho. Eles clamavam em alta voz: “Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?”

Então, a cada um deles foi dada uma veste branca, e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que se completasse o número dos seus conservos que haviam de ser mortos, assim como eles. O céu silenciou novamente, mas havia uma promessa no ar: a justiça divina não tardaria.

**O Sexto Selo: O Grande Dia da Ira**

Quando o sexto selo foi rompido, um terremoto como nunca antes visto sacudiu a terra. O sol se tornou negro como saco de cilício, a lua se tornou como sangue, e as estrelas do céu caíram sobre a terra, como figos verdes sacudidos por vento forte.

Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos, e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes. E clamavam aos montes e aos rochedos: “Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que está assentado sobre o trono e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande dia da ira deles; e quem poderá subsistir?”

**Reflexão Final**

Os seis primeiros selos haviam sido abertos, e o mundo jamais seria o mesmo. A justiça de Deus se manifestava, não como um capricho, mas como resposta ao pecado acumulado da humanidade. Ainda restava um sétimo selo, e com ele, o soar das trombetas e o derramar das taças da ira. Mas mesmo em meio ao juízo, havia esperança—pois o Cordeiro que abria os selos era o mesmo que um dia voltaria para reinar em justiça e paz.

E assim, enquanto a terra tremia e os homens se desesperavam, os santos no céu aguardavam com expectativa, sabendo que o fim de todas as coisas não era o fim, mas o começo da eternidade.

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