Bíblia em Contos

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A Grandeza de Assuero e o Triunfo de Mardoqueu (96 caracteres, sem símbolos ou aspas)

**O Triunfo de Mardoqueu e a Grandeza do Rei Assuero**

No décimo capítulo do Livro de Ester, encontramos um breve, porém poderoso, resumo da glória do rei Assuero e da exaltação de Mardoqueu, o judeu. Embora o texto seja conciso, podemos imaginar os detalhes que cercaram esse período de prosperidade e justiça no império persa.

**A Grandeza do Rei Assuero**

O rei Assuero, também conhecido como Xerxes I, reinava sobre um império que se estendia desde a Índia até a Etiópia, abrangendo cento e vinte e sete províncias. Seu palácio em Susã era um espetáculo de riqueza e esplendor. Os salões eram adornados com colunas de mármore, tapeçarias bordadas a ouro e cortinas de linho fino tingidas de púrpura. O trono do rei, elevado sobre uma plataforma, brilhava com incrustações de pedras preciosas, simbolizando seu poder absoluto.

Nos dias de sua maior glória, Assuero impôs tributos sobre todas as províncias do seu reino, consolidando ainda mais sua fortuna. Seus decretos eram proclamados com voz de autoridade, e seus súditos o reverenciavam com temor. No entanto, por trás dessa grandeza humana, a mão de Deus trabalhava silenciosamente, guiando os eventos para o bem do Seu povo.

**A Exaltação de Mardoqueu**

Entre todos os nobres e príncipes do império, nenhum se destacou tanto quanto Mardoqueu, o judeu. Ele, que havia sido um simples guarda das portas do palácio, foi elevado à posição de primeiro-ministro, segundo apenas ao rei. O mesmo homem que se recusara a se curvar diante de Hamã, o arrogante vizir que tramara o extermínio dos judeus, agora era vestido com trajes reais, uma coroa de ouro sobre sua cabeça e um manto de linho fino e púrpura sobre seus ombros.

O povo de Judá, que antes vivia sob a sombra da ameaça de destruição, agora via em Mardoqueu um símbolo da providência divina. Sua nomeação não foi apenas um ato político, mas um cumprimento do propósito de Deus. Ele governava com sabedoria, buscando o bem-estar de todos, especialmente de seus irmãos judeus. Suas palavras eram recebidas com respeito, e seus decretos traziam justiça e paz.

**O Legado de Fé**

Mardoqueu não se esqueceu de suas raízes. Ele continuou a ensinar os valores da Torá, lembrando ao povo que, mesmo no exílio, o Senhor não os abandonara. Sua vida era um testemunho de fidelidade—assim como José no Egito e Daniel na Babilônia, ele demonstrava que um homem de Deus poderia prosperar mesmo em terra estrangeira, desde que mantivesse sua integridade.

O livro de Ester termina sem mencionar explicitamente o nome de Deus, mas Sua presença é evidente em cada evento. A vitória de Ester e Mardoqueu não foi apenas uma conquista política, mas um triunfo espiritual. O mal foi derrotado, os inocentes foram poupados, e o povo de Deus pôde viver em segurança.

Assim, o capítulo 10 de Ester nos lembra que, mesmo quando os detalhes parecem pequenos, o agir de Deus é grandioso. O rei Assuero pode ter reinado com poder humano, mas foi o Senhor quem dirigiu os corações, exaltando os humildes e cumprindo Suas promessas de proteção ao Seu povo.

E assim, a história de Ester e Mardoqueu ecoa através dos séculos, inspirando os fiéis a confiarem no Deus que nunca os abandona, mesmo nas cortes mais opressoras ou nos momentos mais sombrios.

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