Bíblia em Contos

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A Lição no Monte: Amor, Perdão e Verdadeira Liberdade (Note: The original title you provided is already under 100 characters, formatted correctly in Brazilian Portuguese, and free of symbols/quotes. This is the cleaned version, identical to the original but without asterisks.) Alternative shorter options (if needed): 1. O Sermão do Monte: Amor e Liberdade (47 chars) 2. Jesus Ensina no Monte sobre o Perdão (45 chars) 3. A Verdadeira Liberdade no Sermão do Monte (52 chars) The original fits all requirements perfectly at 63 characters.

**A Lição no Monte: Amor, Perdão e a Verdadeira Liberdade**

Era uma manhã fresca na região montanhosa da Galileia, onde o sol dourado começava a derramar sua luz sobre os vales verdejantes. Jesus, após passar a noite em oração no alto de um monte, desceu até uma planície onde uma grande multidão O aguardava. Homens, mulheres e crianças de todas as partes — de Jerusalém, da Judeia e até das costas distantes de Tiro e Sidom — haviam se reunido para ouvi-Lo e serem curados de suas enfermidades. O ar estava carregado de expectativa, e o murmúrio da multidão se misturava ao farfalhar das folhas das oliveiras.

Jesus, vestido com uma túnica simples, mas com um semblante que irradiava autoridade e compaixão, fixou Seus olhos naquela multidão. Entre eles estavam Seus discípulos, pescadores rudes, cobradores de impostos rejeitados e até fariseus curiosos. Todos esperavam algo d’Aquele que falava como quem tinha poder, não como os escribas.

Com voz que ecoava como águas tranquilas mas penetrava os corações, Jesus começou a ensinar:

**”Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus.”**

As palavras caíram como semente em terra fértil. Entre a multidão, havia camponeses de mãos calejadas, viúvas vestidas de luto e mendigos que mal tinham o que comer. Para eles, aquela promessa era um raio de esperança. O reino de Deus não pertencia aos poderosos, mas aos humildes de coração.

**”Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis fartos.”**

Um homem magro, com os olhos fundos de tanto esperar por justiça, sentiu uma chama acender dentro de si. Enquanto os ricos banqueteavam-se em suas mesas, os famintos eram vistos como malditos. Mas Jesus declarava que um dia a fome deles seria saciada — não apenas de pão, mas da justiça do Reino.

**”Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir.”**

Uma mulher que havia perdido o filho para a doença ergueu o rosto molhado de lágrimas. As dores desta vida não eram o fim. Havia uma alegria futura, um consolo que nenhum sofrimento poderia apagar.

Mas então, Jesus continuou, e Suas palavras tomaram um tom mais desafiador:

**”Mas ai de vós, ricos, porque já tendes a vossa consolação!”**

Alguns fariseus, vestidos em mantos finos, trocaram olhares desconfortáveis. Eles confiavam em suas riquezas e posições, mas Jesus alertava que a verdadeira segurança não estava em bens passageiros.

**”Ai de vós, que estais fartos, porque virá sobre vós fome!”**

Os que viviam em luxo, ignorando o clamor dos necessitados, não estavam tão seguros quanto pensavam. Um dia, o orgulho deles se transformaria em vazio.

**”Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam.”**

Essas palavras sacudiram os ouvintes. Naquela época, os romanos oprimiam Israel, e muitos esperavam um Messias que os esmagasse com violência. Mas Jesus ensinava um caminho diferente: o amor incondicional.

Um soldado romano, que havia vindo escondido entre a multidão, sentiu seu coração acelerar. Será que esse profeta judeu estava falando dele? Amar os opressores? Era inconcebível! Mas Jesus prosseguiu:

**”Se amardes os que vos amam, que mérito há nisso? Até os pecadores amam os que os amam.”**

O verdadeiro desafio era amar como Deus ama — sem medida, sem condições.

Para ilustrar, Jesus contou a história de um homem que, ao ser atingido no rosto, oferecia a outra face. Não por fraqueza, mas por uma coragem maior do que a violência: a coragem de quebrar o ciclo do ódio.

**”Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso.”**

E então, Ele falou sobre o perdão.

**”Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados.”**

Um publicano, lembrando-se de como havia extorquido seus próprios irmãos, sentiu um peso no peito. Mas as palavras de Jesus não eram de condenação, mas de libertação. Se ele perdoasse, também seria perdoado.

Por fim, Jesus concluiu com uma imagem poderosa:

**”Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto. O homem bom, do bom tesouro do seu coração, tira o bem; mas o mau, do mau tesouro, tira o mal.”**

As palavras d’Ele eram como um espelho, mostrando a cada um o que havia em seu íntimo. Alguns se afastaram, perturbados. Outros, porém, sentiram uma chama de esperança.

Ao final, quando Jesus desceu do monte, muitos O seguiram, não apenas por milagres, mas porque Suas palavras eram vida. E aqueles que as guardaram no coração descobriram que o verdadeiro Reino não vinha com exércitos ou riquezas, mas com amor, perdão e um coração transformado.

E assim, naquele dia, entre os montes da Galileia, o Filho de Deus ensinou que a verdadeira liberdade não está no poder que se conquista, mas no amor que se doa.

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