Bíblia em Contos

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O Bom Pastor e o Rebanho que Ouve Sua Voz

**O Bom Pastor e Suas Ovelhas**

Na região montanhosa da Judeia, onde os vales verdejantes se entrelaçavam com colinas áridas, havia um pequeno povoado cercado por pastagens férteis. Ali, os pastores levavam seus rebanhos para pastar, conhecendo cada ovelha pelo nome e guiando-as com cuidado. Entre esses pastores, havia um homem chamado Eliab, conhecido por sua bondade e coragem. Ele não apenas trabalhava para um grande proprietário de ovelhas, mas também amava cada animal como se fosse seu.

Certa manhã, enquanto o sol dourado despontava sobre os campos, Jesus chegou àquele lugar acompanhado por um grupo de discípulos e pessoas curiosas. Sentando-se à sombra de uma velha oliveira, Ele começou a ensinar, usando a imagem familiar dos pastores e das ovelhas.

—Em verdade, em verdade vos digo — começou Jesus, sua voz calma, mas cheia de autoridade—, aquele que não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outro lugar, esse é ladrão e salteador. Mas aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas.

Os ouvintes olhavam uns para os outros, reconhecendo a verdade em suas palavras. Todos sabiam que pastores verdadeiros chamavam as ovelhas à entrada do aprisco, enquanto ladrões pulavam os muros à noite para roubar.

—Para ele, o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz — continuou Jesus, seus olhos percorrendo a multidão. — Ele chama as suas ovelhas pelo nome e as conduz para fora. Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz.

Enquanto Jesus falava, um pastor passou com seu rebanho nas proximidades. As ovelhas, dispersas no campo, levantaram as cabeças ao ouvir seu assobio familiar e começaram a se reunir em torno dele. Alguns na multidão apontaram, entendendo a ilustração.

—De um estranho, porém, elas não seguirão a voz; antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos — disse Jesus, observando como algumas ovelhas se afastavam quando um homem desconhecido tentava chamá-las.

Os fariseus, que estavam entre os ouvintes, franziram as sobrancelhas, sentindo-se indiretamente confrontados. Eles, que se consideravam guias espirituais de Israel, não reconheciam a voz de Deus em Jesus.

Então, Jesus fixou neles um olhar penetrante e declarou:

—Eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram ouvido. Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e achará pastagem.

Um murmúrio percorreu a multidão. Alguns sussurravam entre si, tentando entender o significado profundo de suas palavras. Outros, especialmente os humildes e os doentes, sentiam seus corações se aquecerem com a promessa.

—O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir — continuou Jesus, sua voz tornando-se mais solene. — Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.

Nesse momento, uma mulher que sofria há anos de uma enfermidade incurável caiu de joelhos, chorando. Ela entendia agora que Jesus não era apenas um mestre, mas Aquele que podia dar vida verdadeira.

—Eu sou o bom Pastor — declarou Jesus, estendendo as mãos como quem abraça todo o rebanho perdido de Israel. — O bom Pastor dá a vida pelas ovelhas.

Os discípulos olharam uns para os outros, sentindo o peso daquelas palavras. Ainda não compreendiam plenamente que Ele falava de Sua própria morte, mas sabiam que havia um amor incomparável em Suas palavras.

—Mas o mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário foge porque é mercenário e não se importa com as ovelhas.

Os líderes religiosos presentes sentiram-se atingidos, pois muitos deles cuidavam do povo apenas por interesse, não por amor. Jesus, porém, não recuou:

—Eu sou o bom Pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai. E dou a minha vida pelas ovelhas.

Houve um silêncio profundo. Até os pássaros pareciam cessar seu canto por um momento. Então, Ele acrescentou:

—Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.

Essas palavras ecoaram como uma promessa para além de Israel, alcançando os gentios que um dia também ouviriram Sua voz.

—Por isso o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai.

A multidão se dividiu. Alguns diziam: “Ele está endemoninhado e enlouqueceu; por que o ouvis?” Outros, porém, lembravam-se do cego que Ele havia curado e murmuravam: “Pode um demônio abrir os olhos dos cegos?”

E assim, naquele dia, sob o sol da Judeia, Jesus deixou claro quem Ele era: o Bom Pastor, que chama Suas ovelhas pelo nome, que as guia, protege e, se necessário, dá a vida por elas. E aqueles que eram verdadeiramente Suas ovelhas reconheceram Sua voz e O seguiram.

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tendas destes homens perversos! Não toquem em nada que pertença a eles, para que vocês não sejam levados junto com todos os pecados deles. Então eles se afastaram das tendas de Corá, Datã e Abirão. Datã e Abirão tinham saído e estavam em pé à entrada de suas tendas, junto com suas mulheres, filhos e pequenos. Então Moisés disse: Isto é o que o Senhor ordenou: saibam que o Senhor enviou-me a fazer todas essas obras, porque eu não as fiz de mim mesmo. Se estes homens morrerem da maneira que morrem todos os homens, ou se lhes acontecer o que acontece a todos os homens, então o Senhor não me enviou. Mas se o Senhor cria uma nova coisa, e a terra abre a sua boca e os engole, com tudo o que pertence a eles, para que desçam vivos ao Sheol, então saberão que esses homens desprezaram o Senhor. E aconteceu que, assim que ele terminou de falar todas estas palavras, a terra que estava sob eles se abriu. E a terra abriu a sua boca e engoliu-os e às suas casas, e todos os homens que pertenciam a Corá e todos os bens. E eles e tudo o que pertencia a eles desceram vivos ao Sheol, e a terra os cobriu; e eles pereceram do meio da congregação. E todo o Israel que estava ao redor deles fugiu ao grito deles, porque eles disseram: Para que a terra não nos engula! E saiu fogo do Senhor e consumiu os duzentos e cinquenta homens que ofereciam incenso. O Senhor então disse a Moisés: Diga a Eleazar, filho de Arão, o sacerdote, que ele retire os incensários do meio da chama, porque eles são sagrados, e espalhe o fogo à distância. Os incensários dos homens que pecaram contra a própria vida deles devem ser feitos em folhas de metal batido, como cobertura para o altar, porque eles os ofereceram diante do Senhor, então eles são sagrados. Eles devem ser um sinal para os filhos de Israel. Então Eleazar, o sacerdote, pegou os incensários de bronze, que aqueles que tinham sido queimados haviam oferecido, e os bateu para fazer uma cobertura para o altar, para ser um memorial para os filhos de Israel, para que nenhum homem comum, que não é da descendência de Arão, venha a oferecer incenso diante do Senhor, para não ser como Corá e sua companhia; assim como o Senhor havia dito a ele por meio de Moisés. Mas no dia seguinte, toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão, dizendo: Vocês mataram o povo do Senhor! Quando a congregação se reuniu contra Moisés e Arão, eles se voltaram para a Tenda do Encontro; e eis que a nuvem a cobriu, e a glória do Senhor apareceu. Moisés e Arão vieram diante da Tenda do Encontro. O Senhor disse a Moisés: Saia do meio desta congregação, para que eu possa destruí-los num instante. E eles caíram com o rosto em terra. E Moisés disse a Arão: Tome o seu incensário e coloque fogo nele do altar, ponha incenso sobre ele e leve-o depressa à congregação e faça expiação por eles, porque a ira saiu da presença do Senhor; a praga começou. Arão, como Moisés havia dito, correu para o meio da congregação; e eis que a praga havia começado entre o povo. Então ele colocou incenso sobre ele e fez expiação pelo povo. Ele permaneceu assim entre os mortos e os vivos, e a praga cessou. Aqueles que morreram em praga foram catorze mil e setecentos, não contando os que morreram por causa de Corá. E Arão voltou a Moisés, à entrada da Tenda do Encontro, porque a praga havia cessado. Title: Corá e a Revolta das 250 Brasas: Asoberba e a Ira Divina