Bíblia em Contos

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Bíblia

**A Glória do Novo Templo** (96 caracteres)

**O Renovo da Glória do Templo**

Era o segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia, e o povo de Judá ainda enfrentava tempos difíceis. Apesar de terem retornado do exílio babilônico e reconstruído os alicerces do Templo, o trabalho havia parado por anos. As preocupações com as colheitas, as casas próprias e as ameaças dos povos vizinhos haviam deixado a Casa de Deus em ruínas. Mas o Senhor não os havia abandonado.

No sétimo mês, no vigésimo primeiro dia, a voz do profeta Ageu ecoou mais uma vez pelas ruas de Jerusalém. Ele havia sido enviado por Deus para despertar o povo, e agora trazia uma mensagem de esperança e exortação.

— Assim diz o Senhor dos Exércitos — declarou Ageu, erguendo suas mãos enrugadas, mas firmes, diante da multidão que se reunira no pátio do Templo. — Perguntem aos líderes e ao restante do povo: “Quem entre vocês viu esta casa em sua antiga glória? Como a veem agora? Não parece como nada em comparação?”

Os olhos dos mais velhos encheram-se de lágrimas. Alguns deles, como Zorobabel, o governador, e Josué, o sumo sacerdote, lembravam-se do esplendor do primeiro Templo, construído por Salomão. As paredes revestidas de ouro, os querubins entalhados, o brilho do altar diante da Shekinah, a glória manifesta de Deus. Agora, tudo o que viam eram pedras empilhadas, madeira sem adornos e um santuário que mal lembrava a grandeza de outrora.

Mas o Senhor não terminara sua mensagem.

— Coragem, Zorobabel! Coragem, Josué, filho de Jozadaque! Coragem, todo o povo da terra! — bradou Ageu, sua voz tomando um tom solene. — Trabalhem, porque Eu estou com vocês. Esta é a aliança que fiz quando vocês saíram do Egito. Meu Espírito permanece no meio de vocês. Não temam!

O coração do povo ardia com essas palavras. Era como se uma centelha divina tocasse seus espíritos cansados. O Senhor estava com eles! Não importava quão frágil o Templo parecesse, o Deus que havia partido o Mar Vermelho e derrubado os muros de Jericó ainda reinava.

Então, Ageu continuou, sua voz agora carregada de promessa:

— Pois assim diz o Senhor dos Exércitos: “Daqui a pouco ainda uma vez, e Eu farei tremer os céus e a terra, o mar e a terra seca. Farei tremer todas as nações, e os tesouros de todas elas virão, e encherei esta casa de glória”, diz o Senhor.

O povo olhou ao redor, imaginando aquela profecia. O Templo, agora humilde, seria preenchido com uma glória maior do que a de Salomão? Como seria possível?

— A prata e o ouro me pertencem — continuou o profeta. — A glória desta última casa será maior do que a primeira, e neste lugar darei paz, diz o Senhor dos Exércitos.

E assim, com corações renovados, o povo retomou o trabalho. Cada pedra assentada, cada viga erguida, era agora um ato de fé. Eles não construíam apenas um edifício, mas um símbolo da fidelidade de Deus.

Anos mais tarde, quando um Menino entraria naquele mesmo Templo e os sábios do Oriente trouxessem seus tesouros, quando a própria Presença Divina caminhasse entre suas colunas, então se cumpriria a promessa. A verdadeira glória não estava no ouro, mas no Emanuel, Deus conosco.

E assim, a palavra do Senhor através de Ageu permaneceu: a glória da última casa superaria a primeira, não por riquezas humanas, mas pela vinda do Messias, a Paz prometida a todo aquele que crê.

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