Bíblia em Contos

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**A Profecia de Isaías: Julgamento e Esperança**

**A Profecia de Isaías: O Julgamento e a Esperança**

Nos dias do reinado de Acaz, rei de Judá, a terra estava mergulhada em trevas espirituais. O povo, em vez de confiar no Senhor, buscava alianças com nações estrangeiras e consultava adivinhos e necromantes. Foi nesse tempo que o profeta Isaías recebeu uma palavra pesada do Senhor, uma mensagem de juízo, mas também de esperança.

### **A Conquista Inimiga e a Rejeição de Deus**

O Senhor ordenou a Isaías: *”Toma um grande rolo e escreve nele com caracteres legíveis: ‘Maher-Shalal-Hash-Baz’ (que significa ‘Rápido é o saque, veloz é a presa’).”* E assim o profeta fez, chamando como testemunhas os fiéis sacerdotes Urias e Zacarias. Pouco tempo depois, sua esposa, a profetisa, deu à luz um filho, e o Senhor disse: *”Antes que este menino saiba dizer ‘meu pai’ ou ‘minha mãe’, as riquezas de Damasco e os despojos de Samaria serão levados pelo rei da Assíria.”*

Era um sinal claro: os reinos de Síria e Israel, que haviam se unido para guerrear contra Judá, seriam esmagados. Mas o perigo não terminaria aí, pois a Assíria, como um rio transbordante, viria como castigo sobre Judá por sua desobediência.

O povo, porém, não queria ouvir. Quando Isaías advertia: *”Não chamem conspiração a tudo o que este povo chama conspiração; não temam o que eles temem, nem se assombrem. Ao Senhor dos Exércitos é a quem vocês devem considerar como santo, a ele é quem vocês devem temer”*, muitos riam e diziam: *”Que nos importam as palavras de um profeta? Buscaremos os médiuns e os que consultam os mortos!”*

### **As Trevas e a Luz**

Por causa dessa rebeldia, o Senhor permitiria que a nação fosse mergulhada em escuridão. Isaías descreveu o que viria: *”Eis que virá sobre vocês angústia e escuridão, densas trevas. Andarão tateando como cegos, serão lançados na escuridão, e suas palavras se voltarão contra eles.”*

Mas mesmo em meio ao juízo, havia uma promessa. Enquanto muitos tropeçariam e cairiam, um remanescente permaneceria fiel. Isaías clamou: *”Amarrem o testemunho, selem a lei entre os meus discípulos!”* Havia aqueles que ainda esperavam no Senhor, e para esses, a luz brilharia.

### **A Pedra de Tropeço e o Santo de Israel**

O profeta então proclamou uma verdade solene: *”Ele será um santuário, mas também uma pedra de tropeço e uma rocha que faz cair para as duas casas de Israel.”* Para os que confiavam no Senhor, Ele seria refúgio. Mas para os soberbos e incrédulos, Ele seria sua ruína.

Muitos em Judá buscavam proteção em reis e exércitos, mas Isaías advertiu: *”Quando vos disserem: ‘Consultem os médiuns e os espíritas, que sussurram e murmuram’, perguntem: ‘Acaso não deve um povo consultar a seu Deus? Será que consultará os mortos em favor dos vivos?'”*

A resposta de Deus era clara: *”À lei e ao testemunho! Se eles não falarem conforme esta palavra, jamais verão a alva.”*

### **O Futuro Glorioso**

Apesar da escuridão, Isaías enxergava além do juízo. Ele sabia que um dia, o povo que andava nas trevas veria uma grande luz. A Assíria viria, sim, mas no fim, seu poder seria quebrado. E um Rei maior que Acaz, maior que Ezequias, um Emanuel—”Deus conosco”—viria para reinar em justiça.

Assim, a mensagem de Isaías ecoava como um aviso e um chamado: *”Esperem no Senhor, que agora esconde o seu rosto da casa de Jacó, e nele ponham a sua confiança.”*

E para os que ouvissem, haveria esperança. Pois o Senhor não abandonaria para sempre o seu povo. Ainda que as águas turbulentas da Assíria ameaçassem inundar a terra, o Deus de Israel permaneceria como a Rocha eterna.

E assim, o profeta selou suas palavras, sabendo que, no tempo determinado, a justiça e a redenção viriam.

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