**O Socorro do Senhor no Tempo da Angústia**

Em um tempo de grande tribulação, quando as sombras da adversidade se estendiam sobre a terra de Judá, havia um homem chamado Eliabe, um servo fiel do Deus Altíssimo. Ele era conhecido por sua piedade e por buscar constantemente o rosto do Senhor, mas nos dias em que vivia, os ímpios se levantavam como leões famintos, buscando devorar os justos.

Eliabe, embora temente a Deus, enfrentava perseguições cruéis. Seus inimigos, homens de coração perverso, riam de sua fé e tramavam sua ruína. Eles diziam: *”Onde está o seu Deus? Por que Ele não vem socorrê-lo?”* E cada palavra era como uma flecha envenenada, ferindo sua alma. Mas Eliabe, mesmo em meio à dor, não perdia a esperança. Ele se lembrava das promessas do Senhor e, em seu coração, ecoavam as palavras do salmista:

*”Ó Deus, apressa-te em me livrar! Senhor, corre a socorrer-me!”* (Salmo 70:1)

Uma noite, quando a escuridão parecia mais densa e o silêncio era quebrado apenas pelo som de seus suspiros, Eliabe prostrou-se diante do Senhor em oração. Suas lágrimas molhavam o chão de terra de seu pequeno quarto, e suas mãos tremiam enquanto clamava:

— Senhor, não Te esqueças de mim! Os que desejam o meu mal se alegram com a minha dor. Eles zombam da minha confiança em Ti. Mas Tu és o meu refúgio, a minha fortaleza! Não tardes, ó Deus!

Enquanto orava, uma paz sobrenatural envolveu seu coração. Ele não ouviu uma voz audível, nem viu anjos descerem do céu, mas sentiu no mais profundo de seu ser a certeza de que o Senhor não o abandonaria.

No dia seguinte, os inimigos de Eliabe se reuniram para executar seu plano maligno. Queriam prendê-lo sob falsas acusações, pois odiavam sua integridade. Porém, naquela mesma manhã, um mensageiro do rei chegou à cidade trazendo notícias inesperadas. Havia uma reviravolta nos assuntos do reino, e os homens que tramavam contra Eliabe foram convocados às pressas para a capital, sob suspeita de traição.

Num instante, os perseguidores se viram perseguidos. As mesmas armas que prepararam contra o justo se voltaram contra eles. E Eliabe, em meio ao espanto de todos, viu o livramento do Senhor se manifestar de maneira poderosa.

A notícia se espalhou pela região, e muitos que antes riam de sua fé agora olhavam para ele com admiração e temor. Eliabe, porém, não se encheu de orgulho. Em vez disso, reuniu os pobres e necessitados, os que também clamavam por socorro, e disse-lhes:

— O Senhor ouve o clamor dos humildes! Ele não despreza o coração quebrantado. Busquem a Ele, pois Ele é fiel!

E naquele lugar, onde antes havia lágrimas, agora havia cânticos de louvor. Os que temiam a Deus se reuniram e exaltaram o Seu nome, dizendo:

*”Sejam envergonhados e confundidos os que buscam a minha vida! Sejam cobertos de desgraça e de humilhação os que desejam o meu mal! Mas todos os que Te buscam se alegrem e se regozijem em Ti; e os que amam a Tua salvação digam sempre: ‘Magnificado seja Deus!’”* (Salmo 70:2-4)

Assim, a história de Eliabe tornou-se um testemunho vivo do poder e da misericórdia do Senhor. Ele aprendeu que, mesmo quando o socorro parece tardar, Deus age no tempo perfeito. E aqueles que confiam n’Ele jamais serão abandonados, pois Ele é o auxílio presente na angústia, o refúgio seguro para os que O invocam de todo o coração.

E até os dias de hoje, nas terras de Judá, contam-se as maravilhas que o Senhor operou na vida daqueles que, como Eliabe, clamaram com fé:

*”Ó Deus, apressa-Te em me livrar! Senhor, corre a socorrer-me!”*