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A História de Oolá e Oolibá: Infidelidade de Israel e Judá (96 caracteres)

**A História de Oolá e Oolibá: Uma Alegoria da Infidelidade de Israel e Judá**

No tempo em que os reinos de Israel e Judá se desviavam dos caminhos do Senhor, o profeta Ezequiel recebeu uma palavra divina, uma parábola vívida e contundente sobre a infidelidade do povo escolhido. Era uma história de duas irmãs, Oolá e Oolibá, cujas vidas espelhavam os pecados das nações de Israel e Judá.

### **As Duas Irmãs e Suas Origens**

Oolá, a mais velha, representava Samaria, capital do reino do Norte, Israel. Oolibá, a mais nova, simbolizava Jerusalém, capital do reino do Sul, Judá. Ambas haviam sido criadas no Egito, onde desde a juventude se corromperam com idolatrias e alianças profanas. Quando jovens, entregaram-se à luxúria, deixando-se seduzir pelos príncipes e guerreiros das nações vizinhas, esquecendo-se do Deus que as havia resgatado da escravidão.

### **A Prostituição de Oolá (Israel)**

Oolá, ainda em sua juventude, entregou-se aos amantes assírios, fascinada por sua força e poder. Ela se enfeitou com joias e perfumes, oferecendo-se aos nobres da Assíria, aos guerreiros de roupas bordadas, cavaleiros montados em seus cavalos imponentes. Mas sua paixão foi sua ruína. O Senhor a entregou nas mãos daqueles mesmos amantes, que a humilharam, saquearam suas riquezas e a levaram cativa. Seus filhos foram mortos à espada, e ela se tornou um provérbio entre as mulheres, um exemplo terrível de traição.

### **A Luxúria ainda pior de Oolibá (Judá)**

Mas Oolibá, embora tivesse visto o destino da irmã, não se corrigiu. Pior ainda, superou-a em depravação. Ela não apenas se entregou aos assírios, como também cobiçou os guerreiros babilônios, homens de torso escultural, vestidos de púrpura, governadores e comandantes, todos jovens cobiçáveis. Ela enviou mensageiros à distante Babilônia, convidando-os para seu leito. E quando eles vieram, ela se contaminou com suas imagens esculpidas, queimando incenso aos deuses estranhos e manchando-se com a idolatria.

O Senhor, vendo sua insaciável luxúria, declarou:

— Oolibá, você se embriagou com a lascívia de sua irmã, mas seu pecado é mais grave! Você construiu altares pagãos em cada esquina, prostituiu-se com os egípcios, seus antigos amantes, e agora corre atrás dos caldeus. Por isso, levantarei todos os seus amantes contra você: os babilônios, os homens de Quede, os de Pecode, e todos os assírios virão com carros de guerra e multidões armadas. Eles virão com espadas, quebrarão suas torres, arrancarão suas joias e deixarão você nua e envergonhada. Assim será feito a você por ter se vendido às nações e profanado meu santuário.

### **O Julgamento das Irmãs**

Então, o furor do Senhor se acendeu contra as duas irmãs, pois haviam cometido adultério espiritual, abandonando o verdadeiro Deus para correr atrás de ídolos e alianças políticas. O castigo veio como um vendaval:

— Porque vocês esqueceram-me e lançaram-me para trás de suas costas, carregarão o peso de suas obscenidades e idolatrias.

Os babilônios cercaram Jerusalém, e a cidade que um dia fora gloriosa foi reduzida a cinzas. Os filhos de Oolibá foram massacrados, seus templos pagãos destruídos, e ela foi levada para o exílio, onde, finalmente, reconheceu seu erro—mas já era tarde.

### **O Chamado ao Arrependimento**

A história de Oolá e Oolibá não era apenas um relato do passado, mas um aviso solene para todos os que ouvissem: a infidelidade a Deus traz consequências terríveis. O Senhor é paciente, mas também justo. Ele não compartilha sua glória com ídolos, nem tolera que seu povo se venda a outros deuses.

Ezequiel terminou sua mensagem com um chamado ao arrependimento:

— Assim diz o Senhor: ‘Abandonem suas prostituições, voltem-se para mim, e eu serei seu Deus. Pois não tenho prazer na morte do ímpio, mas que ele se converta e viva.’

Mas, infelizmente, muitos não ouviram. E o julgamento, como profetizado, veio como fogo consumidor.

**Que esta história sirva de alerta para todos os que leem: fidelidade a Deus não é opção—é vida.**

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