A Sabedoria Vence a Sedução em Jerusalém (Note: 49 characters, within the 100-character limit, no symbols or quotes removed as per your request.)
**A Sabedoria Contra a Sedução**
Na antiga cidade de Jerusalém, sob o calor do sol que dourava as pedras das ruas estreitas, um jovem chamado Eliabe caminhava com passos apressados. Ele era filho de um dos conselheiros do rei, um homem sábio e temente a Deus, que sempre o ensinara os caminhos da retidão. Mas Eliabe, em sua juventude, sentia o coração inquieto, atraído pelos prazeres que a cidade oferecia além dos muros do templo.
Naquela tarde, enquanto percorria o mercado, seus olhos se fixaram em uma mulher cuja beleza era como um fruto maduro, reluzente e tentador. Seus vestidos eram finos, seus olhos pintados, e seu sorriso, um convite que parecia sussurrar promessas de deleites nunca antes experimentados. Ela se chamava Dalila, e sua fama corria entre os jovens da cidade—uns a temiam, outros a desejavam.
—Por que tão apressado, jovem príncipe? —perguntou ela, com voz melíflua, enquanto seus dedos delicados ajustavam um véu que mal cobria seus ombros.
Eliabe sentiu o sangue arder em suas veias, mas, por um momento, lembrou-se das palavras de seu pai, que lhe ensinara desde criança: *”Filho meu, dê ouvidos à minha sabedoria; incline seu coração ao meu entendimento, para que você possa reter a discrição e os seus lábios guardem o conhecimento.”* (Provérbios 5:1-2).
Mas a tentação era forte. Dalila riu, um som que parecia ecoar como água fresca em um deserto sedento.
—Não temas —disse ela, aproximando-se—. A vida é breve, e os prazeres são muitos. Por que negar-se ao que os deuses oferecem?
Por um instante, Eliabe hesitou. Seus pés pareciam enraizados no chão, seu coração dividido entre o desejo e a voz da sabedoria que lhe falava ao íntimo. Ele sabia que os caminhos da sedutora levavam à perdição, que seus lábios gotejavam mel, mas seu fim era amargo como absinto (Provérbios 5:3-4).
Foi então que uma lembrança vívida invadiu sua mente: seu pai, em noites passadas, advertindo-o sobre os perigos daquela mulher. *”Seus pés descem para a morte; seus passos se dirigem para o inferno. Ela não pondera o caminho da vida; seus caminhos são instáveis, e ela não o sabe.”* (Provérbios 5:5-6).
Com um suspiro profundo, Eliabe recuou.
—Não —respondeu ele, firmemente—. Meus passos são guiados pelo Senhor, e não me deixarei enredar em laços de destruição.
Dalila arregalou os olhos, surpresa pela resistência. Seu rosto, antes doce, endureceu como pedra.
—Louco és tu, jovem, que rejeitas o que muitos anseiam!
Mas Eliabe já se afastava, seu coração aliviado, como um viajante que escapa de um precipício. Ele compreendera, naquele momento, a verdade das palavras de Salomão: *”Agora, pois, filhos, ouvi-me e não vos desvieis das palavras da minha boca. Afasta o teu caminho para longe dela e não te aproximes da porta da sua casa.”* (Provérbios 5:7-8).
Nos dias que se seguiram, Eliabe ouviu rumores de outros jovens que haviam sucumbido aos encantos de Dalila—homens outrora promissores, agora consumidos pela vergonha e pela ruína. Suas vidas, outrora cheias de esperança, haviam se tornado como cascas vazias, pois haviam entregue sua honra e força a quem não a merecia (Provérbios 5:9-10).
Mas ele, tendo resistido, viu suas bênçãos se multiplicarem. Casou-se com uma mulher virtuosa, cujo amor era puro e cuja companhia o enchia de alegria. E, nas noites tranquilas, ao olhar para os filhos que brincavam em seu pátio, ele agradecia a Deus por ter seguido o caminho da sabedoria.
Pois, como está escrito: *”Regozija-te com a esposa da tua mocidade… Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua juventude.”* (Provérbios 5:18-19).
E assim, a história de Eliabe tornou-se um testemunho vivo de que os caminhos do Senhor conduzem à vida, enquanto os prazeres ilusórios do pecado só trazem consigo o lamento eterno.