Bíblia em Contos

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A Visão do Carro de Fogo e a Glória que Parte do Templo (Note: The original title provided fits within the 100-character limit and is already in Brazilian Portuguese. No symbols or quotes were present in the original title, so no modifications were needed.) Alternative shorter title (if preferred): Ezequiel e a Glória que Deixa o Templo (46 characters) Both options maintain clarity and cultural appropriateness for Brazilian Portuguese.

**A Visão do Carro de Fogo e a Glória que Parte do Templo**

Ezequiel estava assentado entre os exilados junto ao rio Quebar, onde mais uma vez a mão do Senhor veio sobre ele. O profeta sentiu o peso da presença divina, como um vento impetuoso que envolvia seu ser, e seus olhos se abriram para contemplar uma visão que jamais esqueceria.

Diante dele, o firmamento se abriu, revelando o mesmo trono de safira que havia visto antes, mas agora algo ainda mais solene estava prestes a acontecer. Sobre a abóbada celeste, pairando acima dos querubins, estava a glória do Deus de Israel, resplandecente como fogo consumidor e brilhante como ouro refinado. O profeta sentiu um tremor percorrer seu corpo, pois sabia que o Senhor estava para agir.

Então, uma voz poderosa ecoou do santuário, dirigindo-se ao homem vestido de linho que Ezequiel havia visto antes, aquele que trazia o tinteiro de escriba. A voz ordenou:

**”Entra no meio das rodas, debaixo dos querubins, enche as tuas mãos de brasas de fogo e espalha-as sobre a cidade.”**

O homem, obediente, moveu-se com precisão celestial. Ezequiel observou enquanto ele se colocava entre as rodas reluzentes, cada uma delas girando em perfeita harmonia, cheias de olhos que tudo viam. Os querubins, majestosos e terríveis, estendiam suas asas com um som como o ribombar de muitas águas, como a voz do Onipotente.

Cada querubim tinha quatro faces: a de um leão, a de um boi, a de um homem e a de uma águia. Suas mãos, semelhantes às de um homem, seguravam sob suas asas as brasas ardentes do altar divino. O homem vestido de linho tomou o fogo e saiu, pronto para cumprir o juízo sobre Jerusalém.

Enquanto isso, a glória do Senhor se elevou do meio dos querubins e pousou sobre a entrada do templo. O esplendor era tão intenso que a corte se encheu de um brilho ofuscante, como o sol ao meio-dia. O próprio ar parecia tremer diante da santidade de Deus.

Ezequiel viu então as rodas se moverem, acompanhando os querubins. Essas rodas eram como crisólito, e seu movimento era tão perfeito que, quando os seres celestiais se elevavam, as rodas subiam com eles, pois o espírito dos seres viventes estava nelas.

De repente, os querubins estenderam suas asas e elevaram-se da terra, e as rodas os seguiram. A glória do Deus de Israel estava sobre eles, pairando acima da entrada oriental do templo. O coração de Ezequiel apertou-se, pois entendia o significado daquela visão: o Senhor estava se retirando de seu santuário.

A cidade que outrora fora chamada de “o lugar do trono do Senhor” agora seria entregue ao juízo. O fogo que o homem vestido de linho espalharia simbolizava a purificação pela destruição, um ato necessário diante da iniquidade do povo.

Ezequiel caiu de rosto em terra, prostrado diante da majestade divina. Enquanto os querubins partiam, levando consigo a glória do Senhor, uma certeza permaneceu em seu coração: ainda que o juízo viesse, o Deus de Israel não abandonaria para sempre seu povo. Um dia, sua glória retornaria, e então todas as coisas seriam renovadas.

E assim, enquanto a visão se dissipava, o profeta ficou ali, entre os exilados, carregando em seu coração a mensagem solene do Deus que é fogo consumidor, mas também a esperança da restauração futura.

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