Bíblia em Contos

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**O Santuário Secreto: As Câmaras do Templo de Ezequiel** (Se precisar ser ainda mais curto dentro do limite de caracteres, pode ser reduzido para: **As Câmaras Sagradas do Templo de Ezequiel**)

**O Santuário Secreto: As Câmaras do Templo de Ezequiel**

No ano vigésimo quinto do nosso cativeiro, quando a mão do Senhor repousou sobre mim, fui levado em visão à cidade santa, onde um homem cujo semblante brilhava como bronze polido me esperava. Ele segurava em suas mãos uma corda de linho e uma cana de medir, instrumentos divinos para revelar os mistérios ocultos do templo que o Senhor desejava mostrar-me.

— Filho do homem — disse ele, com voz que ecoava como muitas águas —, olha com teus olhos, ouve com teus ouvidos e presta atenção a tudo o que te vou mostrar, pois para isso foste trazido aqui.

E assim, fui conduzido ao pátio exterior, ao norte do templo, onde um grande edifício se erguia diante de mim, majestoso e repleto de significados celestiais.

**As Câmaras Santas**

O edifício possuía três andares, cada um com uma série de câmaras que se estendiam em perfeita simetria. As paredes eram de pedras lavradas, tão bem encaixadas que nem mesmo um fio de navalha poderia passar entre elas. O homem de bronze mediu cada compartimento com sua cana sagrada: cada câmara tinha cem côvados de comprimento e cinquenta de largura. As portas, adornadas com entalhes de querubins e palmeiras, refletiam a glória do Senhor.

— Estas são as câmaras sagradas — explicou o homem —, onde os sacerdotes que se aproximam do Senhor comerão as ofertas santíssimas. Aqui, eles guardarão as vestes sagradas, para que não saiam ao pátio exterior vestidos com aquilo que consagraram, pois assim contaminariam o povo.

Enquanto falava, pude ver em espírito os sacerdotes entrando e saindo com reverência, vestidos de linho branco, seus rostos iluminados pela presença divina. O aroma do incenso misturava-se ao cheiro do pão da proposição, e o silêncio só era quebrado pelos murmúrios de orações santas.

**Os Corredores e os Andares**

Entre o grande edifício e as câmaras do pátio interno, havia um corredor de vinte côvados de largura e cem de comprimento. Suas portas estavam voltadas para o norte, simbolizando um caminho reservado apenas aos purificados. Subimos por degraus de mármore até o segundo e terceiro andares, onde as câmaras eram mais estreitas, pois os corredores consumiam parte do espaço. Mesmo assim, tudo era perfeito em medida e proporção, pois refletia a ordem celestial.

No alto, pude contemplar todo o complexo: abaixo de nós, o pátio interno com seu altar de sacrifício, e além, o Santo dos Santos, onde a Shekinah repousava. O homem de bronze apontou para as colunas que sustentavam o edifício.

— Veja, filho do homem, como tudo foi feito para a glória dAquele que é santo. Nada aqui foi construído ao acaso.

**O Propósito Divino**

Enquanto caminhávamos, ele me revelou o propósito mais profundo daquelas câmaras:

— Aqui, os sacerdotes se separarão do que é comum para se santificarem. Aqui, eles meditarão na Lei e se prepararão para servir no altar. Estas câmaras são um refúgio, um lugar de encontro entre o céu e a terra.

E então, compreendi: o templo não era apenas um edifício, mas um símbolo da morada de Deus entre os homens. Cada medida, cada câmara, cada degrau falava da santidade do Senhor e da necessidade de separação para o Seu serviço.

**A Visão Se Encerra**

Antes que a visão terminasse, o homem de bronze me levou de volta ao pátio exterior. O sol celestial brilhava sobre as pedras reluzentes, e um vento suave, como o sopro do Espírito, passava entre as colunas.

— Anuncia tudo o que viste — ordenou ele —, para que o povo saiba que há um lugar santíssimo preparado por Deus, onde somente os purificados podem entrar.

E assim, a visão se desfez, mas as palavras e as imagens ficaram gravadas em meu coração. O Senhor não havia abandonado o Seu povo. Mesmo no exílio, Ele revelava um futuro glorioso, um templo não feito por mãos humanas, mas estabelecido pela Sua eterna sabedoria.

E eu, Ezequiel, registrei estas coisas, para que todas as gerações saibam: o Santo de Israel prepara um lugar para os que são Seus.

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