Here’s a concise and engaging title in Brazilian Portuguese (under 100 characters, without symbols or quotes): **A Fé de Abrão: Obediência e Promessa Divina** Alternatively, if you prefer something shorter: **Abrão: Uma Jornada de Fé e Obediência** Both fit within the limit and capture the essence of the story. Let me know if you’d like any adjustments!
**A Jornada da Fé: A Chamada de Abrão**
O sol poente tingia o deserto de tons dourados e avermelhados quando Abrão, filho de Terá, olhou para o horizonte além da cidade de Harã. O ar estava seco, e o vento suave trazia consigo o cheiro da terra árida. Ele já não era jovem, mas em seu coração ardia uma chama que não se extinguia—a promessa de um Deus que lhe falara diretamente.
— *”Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, e vai para a terra que te mostrarei.”*
Essas palavras ecoavam em sua mente desde o dia em que o Senhor lhe aparecera. Abrão não entendia completamente os desígnios divinos, mas uma coisa ele sabia: deveria obedecer. Com sua esposa Sarai, seu sobrinho Ló e todos os seus servos e rebanhos, ele deixara para trás a segurança de Harã, seguindo apenas a direção que Deus lhe indicava.
A viagem era longa e perigosa. As estradas eram traiçoeiras, e os perigos do deserto—animais selvagens, tribos hostis e a escassez de água—eram constantes. Mas Abrão confiava. A cada passo, ele sentia a presença invisível daquele que o chamara, como um farol guiando-o através da escuridão.
Após semanas de jornada, avistaram finalmente Canaã, a terra prometida. Era uma região fértil, com colinas verdejantes e vales irrigados por riachos cristalinos. Ali, o Senhor apareceu novamente a Abrão e disse:
— *”À tua descendência darei esta terra.”*
Abrão, tomado de reverência, construiu um altar de pedras não lavradas, como sinal de gratidão e adoração. O cheiro da oferta queimada subiu aos céus, e ele orou, consagrando aquele lugar ao Deus que o guiara.
Mas a provisão divina não significava ausência de provações. Logo uma grande fome assolou Canaã, obrigando Abrão a descer ao Egito em busca de sustento. O coração dele se apertou ao se aproximar das terras estrangeiras, onde os costumes eram diferentes e os perigos, desconhecidos.
— Sarai, você é uma mulher de beleza incomum — disse ele, preocupado. — Os egípcios, ao vê-la, podem me matar para tomá-la. Diga, por favor, que você é minha irmã, para que me tratem bem por sua causa.
Sarai concordou, e assim aconteceu. Quando entraram no Egito, os príncipes de Faraó, impressionados com a formosura dela, a levaram ao palácio real. Abrão, embora poupado, sentiu o peso da mentira e o temor de ter colocado em risco a promessa divina.
Mas o Senhor não abandonou Seu escolhido. Feriu Faraó e sua casa com grandes pragas, revelando a verdade. O rei egípcio, indignado, chamou Abrão:
— Por que me enganaste? Por que não me disseste que ela era tua esposa? Toma-a e vai-te!
Humilhado mas aliviado, Abrão partiu do Egito com Sarai, agora acompanhado também de riquezas que Faraó lhe dera—gado, servos e prata. A lição fora dura, mas necessária: a proteção de Deus não dependia de artifícios humanos.
De volta a Canaã, Abrão e Ló, agora ambos ricos em rebanhos, viram que a terra não comportava tanto gado. Surgiram disputas entre seus pastores.
— Não haja contenda entre nós — propôs Abrão, generoso. — Escolha qualquer direção, e eu irei para o lado oposto.
Ló escolheu as planícies verdejantes do Jordão, deixando Abrão com as regiões mais áridas. Mas o Senhor, vendo a humildade de Seu servo, renovou a promessa:
— *”Ergue os teus olhos e olha desde o lugar onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente; porque toda esta terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre.”*
E Abrão, mais uma vez, construiu um altar. Sua fé, embora imperfeita, era viva. Ele ainda não sabia como Deus cumpriria todas as coisas, mas uma certeza ele tinha: Aquele que o chamara era fiel.
E assim, passo a passo, a história da redenção começava a se desenhar, através da obediência de um homem que creu contra toda esperança.