Bíblia em Contos

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Bíblia

Here’s a concise and engaging title in Brazilian Portuguese (under 100 characters, without symbols or quotes): **O Verdadeiro Jejum que Agrada a Deus** (Alternative, shorter option if needed: **O Jejum que Deus Quer**) Both capture the essence of the story while being clear and impactful. Let me know if you’d like any adjustments!

**O Jejum que Agrada a Deus**

Era uma manhã fresca em Jerusalém, e o sol começava a derramar seus raios dourados sobre as ruas de pedra. O povo se reunia no templo, vestindo roupas de saco e cobrindo-se de cinzas, como sinal de humilhação. Homens e mulheres erguiam as mãos em oração, clamando a Deus por justiça e favor. “Por que jejuamos, e Tu não atentas para isso? Por que nos afligimos, e Tu não o levas em conta?” murmuravam, com rostos carregados de frustração.

Entre a multidão, havia um homem idoso chamado Eliabe, cujas mãos calejadas contavam histórias de anos de trabalho duro. Ele observava tudo com um coração pesado, pois conhecia bem as palavras dos profetas. Enquanto os líderes religiosos ostentavam suas devoções públicas, muitos deles oprimiam os trabalhadores, negligenciam os pobres e viviam em luxo enquanto os famintos pereciam nas ruas.

Naquela mesma noite, enquanto a cidade dormia, Eliabe teve um sonho. Nele, uma voz poderosa, como o ribombar de muitas águas, ecoou em seu espírito:

— *Gritem em alta voz, não se contenham! Levantem a voz como a trombeta e declarem ao meu povo a sua transgressão!*

Eliabe acordou sobressaltado, o coração batendo forte. Ele sabia que aquela voz era do Senhor. No dia seguinte, reuniu alguns homens sábios e piedosos na praça central e, com coragem, começou a proclamar as palavras que Deus havia colocado em seu coração:

— *Vocês pensam que este é o jejum que eu escolhi? Um dia para o homem se humilhar, inclinar a cabeça como um junco e deitar-se sobre pano de saco e cinzas? Isso chamam de jejum, dia aceitável ao Senhor?*

A multidão começou a murmurar, alguns indignados, outros curiosos. Eliabe continuou, sua voz firme:

— *Não é este o jejum que eu desejo: soltar as correntes da injustiça, desatar as cordas do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e romper todo jugo? Não é também repartir o pão com o faminto, dar abrigo aos pobres sem lar, vestir o nu e não se esconder do seu próximo?*

Um silêncio pesado pairou sobre o povo. Entre os ouvintes estava uma jovem viúva chamada Débora, que vendia tecidos para sustentar seus dois filhos. Seus olhos se encheram de lágrimas ao ouvir aquelas palavras, pois ela mesma havia sido explorada pelos mercadores ricos, que pagavam migalhas por seu trabalho.

Eliabe, movido pelo Espírito, estendeu a mão para ela e disse:

— *Se você tirar do meio de você o jugo, o dedo acusador e a falsidade, se dedicar sua alma ao faminto e satisfizer o aflito, então a sua luz surgirá nas trevas, e a sua escuridão será como o meio-dia!*

Débora sentiu um fogo arder em seu peito. Naquele mesmo dia, ela e outros que haviam sido tocados pelas palavras de Eliabe começaram a agir. Os ricos que antes acumulavam riquezas às custas dos pobres agora abriam seus celeiros. Os juízes que antes aceitavam suborno passaram a julgar com equidade. As viúvas e os órfãos encontraram abrigo, e os mendigos foram vestidos com roupas quentes.

E então, algo extraordinário aconteceu.

As chuvas chegaram em abundância sobre a terra que antes estava seca. As colheitas foram fartas, e a alegria voltou a Jerusalém. As pessoas começaram a chamar aquela época de *”o tempo do reparo”*, pois as ruínas antigas foram restauradas, e as gerações viveram em paz.

Eliabe, já velho e de cabelos brancos como a neve, reuniu o povo uma última vez e disse:

— *Se você eliminar do seu meio o jugo opressor, então a sua luz brilhará nas trevas, e o Senhor será a sua luz eterna!*

E assim, o povo entendeu que o verdadeiro jejum não era apenas abster-se de comida, mas sim quebrar as correntes da maldade, alimentar os famintos e viver em justiça. E Deus, em Sua infinita misericórdia, os abençoou além do que podiam imaginar.

**Fim.**

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