Bíblia em Contos

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**O Tempo para Todas as Coisas Sob o Sol** (97 caracteres)

**O Tempo para Todas as Coisas: Uma Jornada Sob o Sol**

Era uma vez, em uma pequena aldeia nos arredores de Jerusalém, um homem chamado Eliabe. Ele era conhecido por sua sabedoria e por sempre refletir sobre os mistérios da vida. Certo dia, enquanto caminhava pelos campos de trigo, observando os lavradores ceifando a colheita, seus pensamentos se voltaram para as palavras do sábio Rei Salomão: *”Para tudo há um tempo, e um tempo para todo propósito debaixo do céu.”* (Eclesiastes 3:1).

Eliabe parou à sombra de uma figueira e deixou que os ventos suaves trouxessem à sua mente as estações da vida. Ele viu um grupo de crianças brincando próximo ao riacho, rindo e correndo sem preocupações. *”Tempo de nascer,”* murmurou, lembrando do nascimento de seu próprio filho, quando as lágrimas de alegria escorreram por seu rosto. Mas logo depois, sua mente se encheu da lembrança amarga do velho Simeão, que havia partido para a eternidade no inverno passado. *”E tempo de morrer.”*

Mais adiante, avistou um jovem casal plantando oliveiras no campo. O noivo trabalhava com vigor, enquanto a noiva, com mãos delicadas, regava as mudas. *”Tempo de plantar,”* pensou Eliabe. Mas logo seus olhos se dirigiram a um campo abandonado, onde outrora havia videiras frutíferas, agora cobertas de espinhos. *”E tempo de arrancar o que se plantou.”*

Ao se aproximar da praça da aldeia, viu uma mulher chorando diante de uma casa em ruínas. Era Raquel, cujo lar havia sido consumido por um incêndio. *”Tempo de chorar,”* refletiu Eliabe com compaixão. Mas então ouviu os sons de uma festa vindo da casa do oleiro, onde familiares e amigos celebravam o noivado de sua filha. Risadas e cantos encheram o ar. *”E tempo de rir.”*

No caminho de volta para casa, passou por um grupo de mulheres tecendo vestes para um casamento. Suas mãos habilidosas uniam fios coloridos com precisão. *”Tempo de costurar,”* observou. Mas ao chegar em sua própria casa, viu sua esposa desfazendo uma túnica velha para aproveitar o tecido. *”E tempo de rasgar.”*

Quando a noite caiu, Eliabe sentou-se em frente à fogueira, contemplando as estrelas. Lembrou-se das guerras que Israel enfrentara, das espadas que reluziram sob o sol. *”Tempo de guerra,”* suspirou. Mas também se lembrou dos tratados de paz, quando as tribos se reuniam em harmonia. *”E tempo de paz.”*

Naquela noite, enquanto adormecia, Eliabe compreendeu que a vida era como um grande tear, tecido pelos fios do tempo de Deus. Nenhuma alegria durava para sempre, mas também nenhuma tristeza era eterna. Tudo tinha seu momento, seu propósito. E acima de tudo, ele entendeu que, embora o homem não pudesse compreender plenamente os caminhos do Senhor, uma coisa era certa: Deus havia posto a eternidade no coração do homem, e todas as coisas eram belas no seu devido tempo.

Assim, sob o céu estrelado, Eliabe descansou, confiando que o mesmo Deus que governava os tempos e as estações também guardava sua vida em Suas mãos.

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