**A Queda da Orgulhosa Babilônia**

Era uma vez, nos tempos antigos, uma cidade tão poderosa que parecia inabalável. Babilônia, a grande rainha dos reinos, assentava-se à beira do rio Eufrates, com suas torres imponentes e muralhas que desafiavam qualquer exército. Seus palácios brilhavam sob o sol, adornados com ouro e pedras preciosas. Seus sábios e astrólogos eram famosos em toda a terra, e seus mercadores enriqueciam com o comércio de nações distantes.

Mas por trás de toda essa glória, havia um coração cheio de arrogância. Os babilônios riam dos deuses alheios, zombavam dos fracos e oprimiam os cativos. Eles acreditavam que seu poder nunca seria abalado. “Eu sou, e fora de mim não há outra”, diziam em seus corações, como se fossem divinos.

Foi então que o Senhor, o Deus de Israel, levantou a Sua voz contra eles. Por meio do profeta Isaías, Ele declarou:

**”Desce e assenta-te no pó, ó virgem filha de Babilônia; assenta-te no chão, pois já não haverá trono para ti, ó filha dos caldeus. Nunca mais te chamarás a mimosa, a delicada.”**

O Senhor revelou que, embora Babilônia pensasse ser eterna, seu fim estava próximo. Ela havia sido usada por Deus para castigar Judá, mas agora seus próprios pecados seriam julgados.

**”Toma a mó e mói a farinha; remove o teu véu, levanta as saias, descobre as pernas e passa os rios.”**

Essas palavras eram um sinal de humilhação. Babilônia, que antes se vestia como uma rainha, seria reduzida à escravidão, como uma mulher capturada em guerra, forçada a trabalhar como serva.

E o pior ainda estava por vir.

**”A tua nudez será descoberta, e a tua vergonha será vista. Tomarei vingança e não pouparei homem algum.”**

Babilônia confiava em suas feitiçarias e encantamentos, em seus astrólogos que olhavam para as estrelas em busca de respostas. Mas nenhum feitiço poderia salvá-la agora.

**”Persiste nos teus encantamentos e na multidão das tuas feitiçarias, com as quais trabalhaste desde a tua mocidade… mas agora, que os teus astrólogos, os que contemplam os astros e os que predizem pelos meses, se levantem e te salvem!”**

Mas ninguém a salvaria.

Quando chegou o tempo determinado por Deus, um exército surgiu do oriente. Ciro, o rei da Pérsia, marchou contra Babilônia com suas tropas. Enquanto os babilônios festejavam, confiantes em suas muralhas, os persas desviaram o rio Eufrates e entraram pelos canais secos.

Num só dia, o orgulho de séculos desmoronou.

Os palários foram saqueados, os templos incendiados, e os nobres executados. A cidade que dizia **”Eu existo, e não há ninguém além de mim”** foi reduzida a ruínas.

E assim cumpriu-se a palavra do Senhor:

**”Assim virão sobre ti estes males de repente, num só dia: perda de filhos e viuvez; em toda a sua plenitude virão sobre ti, apesar da multidão das tuas feitiçarias e da grande abundância dos teus encantamentos.”**

Babilônia, a grande, tornou-se um lugar desolado, um aviso para todas as nações que se exaltam contra Deus.

Pois o Senhor humilha os soberbos, mas exalta os humildes. E aqueles que confiam nEle jamais serão envergonhados.