Bíblia em Contos

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A Glória do Senhor Enche o Templo de Salomão (98 caracteres)

**A Glória do Senhor Enche o Templo**

No auge do reinado de Salomão, após anos de labor sagrado, o Templo do Senhor finalmente estava concluído. Suas paredes de pedra lavrada brilhavam sob o sol, e o ouro puro que revestia o interior refletia a luz dos candelabros como se o próprio céu habitasse ali. O aroma do incenso fresco misturava-se ao cheiro dos sacrifícios queimados no altar de bronze, elevando-se como uma oferta agradável diante de Deus.

Foi então que, em um momento solene, o rei Salomão reuniu todo o Israel para uma celebração sem precedentes. Sacerdotes vestidos em linho fino, levitas com harpas e címbalos, e uma multidão incontável de fiéis encheram os átrios do Templo. O sacrifício foi tão abundante que ninguém poderia contar—milhares de novilhos, carneiros e cordeiros foram oferecidos em holocausto, santificando a casa de Deus com sangue e fogo.

Enquanto o povo se prosternava em adoração, algo sobrenatural aconteceu. Uma nuvem densa e gloriosa começou a descer do céu, tão intensa que os sacerdotes não conseguiam permanecer de pé para ministrar. Era a Shekinah, a própria presença do Senhor, enchendo o Templo com sua majestade. O povo, tomado de temor, gritou em admiração: *”O Senhor é bom! A sua misericórdia dura para sempre!”*

Naquela noite, enquanto as chamas do altar ainda crepitavam e o cheiro sagrado pairava no ar, o Senhor apareceu a Salomão em uma visão. Sua voz ecoou como o trovão, mas também suave como a brisa da tarde:

*”Eu ouvi a tua oração e escolhi este lugar para Mim, como casa de sacrifício. Se Eu cerrar os céus e não houver chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que devorem a terra, ou se enviar a peste sobre o Meu povo, e se o Meu povo, que se chama pelo Meu nome, se humilhar, orar, buscar a Minha face e se converter dos seus maus caminhos, então Eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.”*

O coração de Salomão ardeu com essas palavras. Ele compreendeu que aquele Templo não era apenas um edifício, mas um símbolo do pacto entre Deus e Israel. Se o povo permanecesse fiel, as bênçãos do Senhor seriam derramadas como chuva sobre a terra seca. Mas se se desviassem, o próprio Templo se tornaria um testemunho contra eles.

Nos dias que se seguiram, a alegria transbordou em Jerusalém. O povo ofereceu festas, partilhou alimentos e celebrou por sete dias, até que, no oitavo dia, encerraram a solenidade com um culto solene. Então, cada homem voltou para sua tenda com o coração cheio de gratidão, sabendo que o Deus de Israel havia marcado aquele lugar com o selo da Sua presença.

E assim, o Templo permaneceu não apenas como um monumento de pedra e ouro, mas como um farol da aliança divina—um chamado eterno à obediência, ao arrependimento e à glória do Senhor que habita entre os homens.

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