**O Casamento do Rei: Uma Narrativa Baseada no Salmo 45**

Era uma vez, em um reino distante e glorioso, um monarca cuja fama ecoava por todas as terras. Ele não era um rei comum, pois sua justiça era perfeita, sua sabedoria infinita e seu amor, imensurável. Seu nome era proclamado com reverência, e muitos o chamavam de *”o mais belo entre os filhos dos homens”* (Salmo 45:2).

O palácio do rei ficava no alto de uma colina resplandecente, onde os raios do sol douravam suas torres de mármore e as muralhas cintilavam como pérolas. No grande salão do trono, ele governava com equidade, e de seus lábios fluíam palavras de graça, pois o próprio Deus o havia abençoado para sempre (Salmo 45:2).

Certo dia, anunciou-se que o rei tomaria para si uma noiva. A notícia se espalhou como fogo em um campo de trigo, e virgens de todas as províncias do reino se prepararam, na esperança de serem escolhidas. Entre elas, havia uma jovem de rara beleza e coração humilde, filha de um nobre distante. Seu vestido era tecido com fios de ouro e bordado com pedras preciosas, mas sua verdadeira beleza estava em seu espírito manso e devoto.

Quando o rei a viu entre as candidatas, seus olhos brilharam de satisfação. Ele estendeu a mão e disse: *”Ouça, ó filha, veja e incline seu ouvido; esqueça o seu povo e a casa de seu pai. Então o rei se encantará com a sua beleza”* (Salmo 45:10-11). Com lágrimas de alegria, ela aceitou seu chamado, deixando para trás sua vida antiga para se unir a ele em aliança eterna.

O dia do casamento chegou, e a cidade inteira se encheu de música e júbilo. Trombetas soaram desde as muralhas, e os cantores entoavam louvores ao rei e à sua noiva. O cortejo real avançou pelas ruas pavimentadas de pétalas, enquanto o povo se alegrava. A noiva, vestida de linho fino e adornada com jóias reluzentes, caminhava com graça ao lado do seu amado.

No grande salão, diante de sacerdotes e nobres, o rei colocou sobre sua cabeça uma coroa de ouro e declarou: *”Em vez de teus pais estarão teus filhos; tu os farás príncipes em toda a terra”* (Salmo 45:16). Assim, ela se tornou não apenas sua esposa, mas também co-herdeira do trono, participante de sua glória.

E assim, o reino celebrou por dias e noites, pois o amor do rei por sua noiva era um reflexo do amor divino—eterno, puro e imutável. Gerações futuras lembrariam desse dia, cantando as palavras do salmista: *”Tu és o mais notável entre os filhos dos homens; a graça se derrama em teus lábios; por isso Deus te abençoou para sempre”* (Salmo 45:2).

E o rei reinou com justiça, e sua noiva, ao seu lado, brilhou como a estrela da manhã, em uma união que prefigurava o próprio amor de Cristo por sua Igreja—santo, glorioso e eterno.