**O Salmo da Justiça Divina: A História do Rei Iníquo e o Clamor do Justo**
Nos tempos antigos, quando os reinos de Israel ainda eram governados por reis que ora seguiam os caminhos do Senhor, ora se desviavam para a maldade, houve um homem chamado Eliabe, um servo fiel de Deus que vivia na cidade de Jerusalém. Eliabe era conhecido por sua sabedoria e piedade, sempre ajudando os pobres e intercedendo pelos oprimidos. No entanto, sua retidão despertou a ira de um homem poderoso: o rei Meribaal, um soberano cruel que havia se afastado dos mandamentos divinos.
O coração de Meribaal estava cheio de ganância e malícia. Ele oprimia o povo com impostos injustos e favorecia apenas aqueles que o lisonjeavam. Quando Eliabe ousou repreendê-lo publicamente por suas injustiças, o rei ficou enfurecido. Em vez de se arrepender, Meribaal conspirou com seus conselheiros para destruir Eliabe. Eles espalharam mentiras sobre ele, acusando-o de traição e blasfêmia. Falsas testemunhas se levantaram, e logo Eliabe foi condenado à morte.
Naquela noite, acorrentado em uma cela escura, Eliabe elevou sua voz ao Senhor em angústia, ecoando as palavras do Salmo 109:
*”Ó Deus, a quem louvo, não fiques em silêncio, pois homens ímpios e falsos se levantam contra mim! Falam mentiras a meu respeito, cercam-me com palavras de ódio e me atacam sem causa. Em troca do meu amor, me acusam, mas eu me dedico à oração.”*
Eliabe clamou não por vingança pessoal, mas pela justiça divina. Ele sabia que o Senhor vê todas as coisas e não permitiria que a maldade triunfasse para sempre.
Enquanto isso, Meribaal celebrava sua vitória, banqueteando-se em seu palácio. Mas ele não sabia que o juízo de Deus estava prestes a alcançá-lo. Naquela mesma noite, um mensageiro chegou com notícias terríveis: os exércitos da Assíria, um povo cruel e conquistador, estavam marchando em direção a Jerusalém. O rei, em seu orgulho, reuniu suas tropas, mas seus soldados estavam desmotivados, pois odiavam seu governo opressor.
A batalha foi rápida e sangrenta. Os assírios invadiram as muralhas, e Meribaal, em vez de ser protegido por seus guardas, foi traído por seus próprios servos, que o abandonaram à morte. Seu corpo foi deixado sem sepultura, como um aviso de que a arrogância dos ímpios tem um fim terrível.
Enquanto isso, Eliabe foi milagrosamente libertado de sua prisão quando um terremoto abalou a cidade, quebrando seus grilhões. O povo, vendo a queda de Meribaal e lembrando-se da integridade de Eliabe, o reconheceu como um homem justo. Anos depois, quando a paz foi restaurada, Eliabe tornou-se um conselheiro sábio, ensinando ao novo rei os caminhos da justiça e da misericórdia.
Assim, cumpriu-se o que está escrito:
*”Pois o Senhor defende o necessitado e não despreza o seu povo preso. Sejam os ímpios envergonhados e reduzidos ao silêncio! Mas os justos se alegrarão na presença do Senhor e exultarão em sua salvação.”*
E todos souberam que o Senhor ouve o clamor dos oprimidos e faz justiça no tempo certo. A história de Eliabe foi lembrada por gerações como um testemunho de que Deus não abandona os que nEle confiam, mesmo quando a maldade parece triunfar. No fim, a justiça divina sempre prevalece.