Bíblia em Contos

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**O Anjo da Aliança: A Mensagem de Malaquias** (98 caracteres)

**O Mensageiro da Aliança**

O sol poente lançava seus últimos raios dourados sobre as colinas de Jerusalém, tingindo o templo de um brilho quase celestial. Mas, apesar da beleza exterior, o coração do povo estava distante de Deus. Os sacerdotes ofereciam sacrifícios com mãos manchadas de negligência, e o povo murmurava, questionando a justiça do Senhor.

Foi nesse tempo de desleixo espiritual que a palavra do Senhor veio a Malaquias, o último profeta do Antigo Testamento, com uma mensagem urgente e solene:

— *Eis que envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim. E de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o Anjo da Aliança, a quem vós desejais. Eis que ele vem, diz o Senhor dos Exércitos.* (Malaquias 3:1)

O povo, acostumado a ouvir promessas de restauração, não percebia a gravidade daquela mensagem. Alguns até zombavam, dizendo:

— Onde está o Deus de justiça? Por que os ímpios prosperam, enquanto nós, que guardamos os mandamentos, sofremos?

Mas o Senhor não se calou. Através de Malaquias, Ele respondeu com firmeza:

— *Quem suportará o dia da sua vinda? Quem poderá resistir quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros.* (Malaquias 3:2)

O profeta descrevia um dia de purificação, onde o Senhor viria não apenas para abençoar, mas para julgar. Como um ourives que coloca o metal no fogo para separar as impurezas, Deus examinaria os corações. Os sacerdotes, que ofereciam animais defeituosos no altar, seriam os primeiros a serem provados. O povo, que sonegava os dízimos e as ofertas, seria confrontado com sua infidelidade.

— *Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes; tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos.* (Malaquias 3:7)

Mas em meio à severidade, havia um convite gracioso: *”Tornai-vos para mim”*. Deus não desejava a destruição do seu povo, mas o arrependimento. Ele prometia que, se eles trouxessem os dízimos integralmente à casa do tesouro, Ele abriria as janelas do céu e derramaria bênçãos sem medida.

— *E por causa de vós repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a videira no campo não vos será estéril, diz o Senhor dos Exércitos.* (Malaquias 3:11)

A mensagem terminava com uma distinção clara entre os justos e os ímpios. Aqueles que temiam ao Senhor seriam como um livro de memórias diante dEle, e no grande dia do juízo, seriam poupados como um filho poupa o pai que o serve.

— *Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não o serve.* (Malaquias 3:18)

E assim, enquanto as sombras da tarde se alongavam, o povo foi deixado com uma escolha: continuar em sua indiferença ou se voltar para o Deus que os amava, que prometia vir como fogo purificador e como sol da justiça para os que O temiam.

O profeta Malaquias calou-se, mas suas palavras ecoariam através dos séculos, até que, no devido tempo, o próprio Senhor entraria no templo, não como um juiz distante, mas como o Messias prometido—Jesus Cristo, o Anjo da Aliança, que traria salvação e juízo, graça e verdade.

E assim, a mensagem de Malaquias permanece: *”Tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós.”* A escolha, como sempre, é nossa.

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