Bíblia em Contos

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A Bênção da Adoção em Cristo (48 caracteres)

**A Bênção Celestial em Cristo**

Era uma manhã serena nos céus, onde a luz dourada da eternidade banhava os corredores do trono de Deus. O Pai, em Sua infinita sabedoria, contemplava os tempos antes da fundação do mundo, quando Seu coração já pulsava com um amor incondicional pela humanidade. Naquele momento sagrado, Ele decidiu que, através de Seu Filho amado, Jesus Cristo, todos os que cressem seriam adotados como filhos Seus, herdeiros das riquezas da glória divina.

Enquanto isso, na cidade de Éfeso, a igreja reunia-se em uma casa simples, onde o aroma de lamparinas acesas misturava-se ao fervor das orações. O apóstolo Paulo, preso em Roma mas com o espírito livre no Espírito, sentiu um profundo desejo de compartilhar com os irmãos efésios as maravilhas que Deus havia preparado para eles. Pegando um pergaminho e mergulhando a pena em tinta, começou a escrever com mão firme:

*”Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso, fiéis em Cristo Jesus: Graça a vós e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.”*

As palavras fluíam como um rio de revelação, carregadas do poder do Espírito Santo. Ele prosseguiu, descrevendo como, antes mesmo da criação do mundo, Deus já os havia escolhido em Cristo para serem santos e irrepreensíveis diante dEle. Em amor, o Pai os predestinou para adoção como filhos, um privilégio que ecoava desde os salmos dos tempos antigos até os corações daqueles crentes.

Paulo fez uma pausa, imaginando os olhos dos efésios brilhando ao lerem sobre tão grande mistério. Ele continuou, explicando como, em Jesus, eles haviam sido redimidos pelo Seu sangue, perdoados de todas as transgressões, segundo a riqueza da graça de Deus que Ele derramara sobre eles com abundância.

O apóstolo então elevou seu coração em louvor, descrevendo como o Pai havia revelado o mistério da Sua vontade: reunir todas as coisas, no céu e na terra, sob a autoridade de Cristo. Os efésios, outrora distantes da promessa, agora eram participantes dessa herança gloriosa, selados com o Espírito Santo, que era a garantia da redenção final.

Enquanto a carta era lida em voz alta na assembleia, um silêncio reverente tomou conta do lugar. Alguns rostos se umedeceram de lágrimas ao compreenderem a profundidade do amor de Deus. Um jovem chamado Lúcio, que antes vivia na idolatria, caiu de joelhos, maravilhado ao saber que sua vida já estava traçada nos propósitos eternos de Deus antes mesmo de ele nascer.

Marta, uma senhora viúva que servia aos pobres, sorriu ao entender que suas lutas não eram em vão—ela era herdeira do Rei dos reis, e cada ato de amor era um reflexo da graça que lhe fora dada.

Paulo encerrou a carta com uma oração fervorosa, para que os efésios recebessem espírito de sabedoria e revelação, a fim de conhecerem a esperança do seu chamado, as riquezas da glória da sua herança nos santos e o incomparável poder que operava em favor daqueles que criam.

E assim, naquele dia, a igreja em Éfeso foi envolvida por uma nova compreensão: eles não eram apenas um grupo de pessoas comuns, mas filhos amados, escolhidos antes dos séculos, redimidos pelo sangue do Cordeiro e destinados à eternidade na presença do Pai.

E a paz de Cristo, que excede todo entendimento, guardou seus corações e mentes naquele lugar, enquanto o sol se punha sobre Éfeso, pintando o céu de tons dourados—um lembrete visível da glória que um dia os aguardava.

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