Bíblia em Contos

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Paulo e Silas Presos em Filipos: O Milagre na Prisão (98 caracteres)

**A Prisão de Paulo e Silas em Filipos**

Na cidade de Filipos, uma importante colônia romana na Macedônia, o apóstolo Paulo e seu fiel companheiro Silas caminhavam pelas ruas de paralelepípedos, sob o sol ardente do meio-dia. A cidade, orgulhosa de sua herança romana, exibia colunas imponentes e estátuas de imperadores, enquanto soldados patrulhavam com armaduras reluzentes. Os dois missionários haviam chegado ali após uma visão divina—um homem macedônio suplicando: “Passa à Macedônia e ajuda-nos!” (Atos 16:9).

Naquele sábado, dirigiram-se para fora dos muros da cidade, onde um grupo de mulheres costumava se reunir para oração à beira do rio Gangites. Entre elas estava Lídia, uma vendedora de púrpura da cidade de Tiatira, temente a Deus. Seu coração estava aberto, e enquanto Paulo pregava sobre Jesus Cristo, o Messias crucificado e ressuscitado, o Senhor tocou profundamente seu espírito. Ela creu e foi batizada, juntamente com toda a sua casa. Com hospitalidade generosa, insistiu: “Se me tendes por fiel ao Senhor, entrai em minha casa e ficai ali” (Atos 16:15).

Mas nem todos em Filipos receberiam a mensagem com alegria.

Nos dias seguintes, enquanto iam ao lugar de oração, foram seguidos por uma jovem escrava possuída por um espírito de adivinhação. Seus donos lucravam muito com suas previsões, e dia após dia, ela gritava atrás de Paulo e Silas: “Estes homens são servos do Deus Altíssimo e vos anunciam o caminho da salvação!” (Atos 16:17). Embora suas palavras fossem verdadeiras, o espírito por trás delas era impuro.

Paulo, perturbado no espírito, finalmente voltou-se e, em nome de Jesus Cristo, ordenou ao demônio: “Eu te ordeno que saias dela!” (Atos 16:18). No mesmo instante, o espírito a deixou. Mas quando seus donos viram que sua fonte de lucro havia se esvaído, ficaram furiosos. Agarrando Paulo e Silas, arrastaram-nos até a praça principal, diante das autoridades.

“Estes homens estão perturbando nossa cidade!”, acusaram. “São judeus e pregam costumes que nós, romanos, não podemos aceitar!” (Atos 16:20-21). A multidão se aglomerou, hostil, e os magistrados, sem investigar, ordenaram que fossem açoitados com varas.

Os soldados despiram-nos e, sob golpes brutais, suas costas se tornaram um mar de feridas abertas. Depois, lançaram-nos no cárcere interior, sob a guarda severa do carcereiro. “Mantém-nos em segurança!”, ordenou o magistrado. E assim, ele os colocou no mais profundo da prisão, com os pés presos no tronco.

Na escuridão úmida, entre o cheiro de mofo e sangue, Paulo e Silas não se renderam ao desespero. Em vez disso, à meia-noite, enquanto os outros prisioneiros ouviam, começaram a cantar hinos a Deus. Suas vozes ecoavam nas paredes de pedra, louvando Aquele que mesmo nas trevas era luz.

E então, de repente, um grande terremoto sacudiu os alicerces da prisão. As portas se abriram, as correntes se soltaram, e todos os prisioneiros ficaram livres. O carcereiro, despertado pelo tremor, viu as portas escancaradas e, pensando que os presos haviam fugido, puxou sua espada para se matar—pois a pena por tal falha era a morte.

Mas Paulo bradou: “Não te faças nenhum mal, pois todos aqui estamos!” (Atos 16:28). Tremendo, o carcereiro caiu de joelhos diante deles. “Senhores, que devo fazer para ser salvo?”

Eles responderam: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (Atos 16:31). Naquela mesma noite, o carcereiro lavou suas feridas, e ele e toda a sua família foram batizados. Encheram sua mesa com comida e celebraram, pois agora criam em Deus.

Ao amanhecer, os magistrados enviaram guardas com a ordem: “Solta esses homens!” Mas Paulo respondeu: “Açoitaram-nos publicamente, sem julgamento, sendo nós cidadãos romanos, e agora nos lançam fora secretamente? Não! Venham eles mesmos e nos soltem!” (Atos 16:37).

Ao saberem que haviam açoitado cidadãos romanos ilegalmente, os magistrados ficaram aterrorizados. Vieram pessoalmente, pediram desculpas e os soltaram. Paulo e Silas, antes de partirem, visitaram Lídia e os irmãos, encorajando-os antes de seguirem viagem.

Assim, mesmo em meio à perseguição, o evangelho triunfou em Filipos—na conversão de uma comerciante, na libertação de uma escrava, na salvação de um carcereiro e no nascimento de uma igreja que permaneceria firme na fé.

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