Bíblia em Contos

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Jesus Profetiza no Monte das Oliveiras sobre o Fim dos Tempos (98 caracteres)

**O Discurso Profético de Jesus no Monte das Oliveiras**

Naquela tarde, enquanto o sol começava a descer sobre Jerusalém, tingindo as muralhas da cidade com tons dourados e avermelhados, Jesus e seus discípulos saíram do Templo. O magnífico edifício, adornado com pedras colossais e ornamentos de ouro, erguia-se imponente contra o céu. Um dos discípulos, maravilhado, exclamou:

— Mestre, olha estas pedras! Que construção grandiosa!

Jesus, porém, fitou o Templo com um olhar solene e respondeu:

— Vês estas grandes construções? Não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada.

Os discípulos trocaram olhares perplexos. Como poderia algo tão majestoso ser reduzido a ruínas? Sem dizer mais nada, seguiram Jesus até o Monte das Oliveiras, do qual se tinha uma vista panorâmica da Cidade Santa. Lá, sentados à sombra das oliveiras seculares, Pedro, Tiago, João e André aproximaram-se dele em particular e perguntaram:

— Dize-nos, quando acontecerão estas coisas? E qual será o sinal de que tudo está prestes a se cumprir?

Jesus, com voz grave e olhar penetrante, começou a ensiná-los sobre os tempos futuros. O vento suave que balançava os ramos das oliveiras parecia carregar o peso de suas palavras.

— Cuidado para que ninguém vos engane — advertiu Ele. — Muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Eu sou o Cristo’, e enganarão a muitos.

O Mestre descreveu um tempo de grande agitação: guerras e rumores de guerras, nações se levantando contra nações, reinos contra reinos. Haveria terremotos em vários lugares e fomes, mas, Ele afirmou, isso seria apenas o início das dores.

— Mas não vos assusteis — continuou Jesus, fixando os olhos em cada um deles. — É necessário que essas coisas aconteçam, mas ainda não será o fim.

Então, Ele falou sobre perseguições terríveis que viriam. Os discípulos seriam entregues aos tribunais, açoitados nas sinagogas e arrastados diante de governadores e reis por causa dEle, mas isso seria uma oportunidade para testemunharem o Evangelho.

— Não vos preocupeis com o que haveis de dizer — assegurou-lhes Jesus. — Quando chegar a hora, o Espírito Santo vos dará as palavras.

Mas a tribulação seria ainda maior. Irmãos trairiam irmãos, pais entregariam seus próprios filhos, e muitos odiariam os seguidores de Cristo por amor ao Seu nome. No entanto, aquele que perseverasse até o fim seria salvo.

Então, Jesus mencionou uma abominação que causaria desolação, um evento tão terrível que os que estivessem na Judeia deveriam fugir para os montes sem hesitar. Seriam dias de aflição como nunca houve desde o princípio da criação.

— Se o Senhor não tivesse abreviado aqueles dias — disse Jesus com gravidade —, ninguém sobreviveria. Mas por causa dos escolhidos, Ele os encurtou.

O Mestre alertou sobre falsos cristos e falsos profetas que surgiriam, operando sinais e maravilhas para, se possível, enganar até os eleitos.

— Estai atentos! — exortou. — Eu vos avisei de tudo antecipadamente.

Então, Ele descreveu o clímax dos tempos:

— Mas, naqueles dias, após aquela tribulação, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu, e os poderes celestes serão abalados.

E, finalmente, o Filho do Homem viria nas nuvens, com grande poder e glória, enviando os seus anjos para reunir os seus escolhidos dos quatro ventos, da extremidade da terra até os confins do céu.

Para ilustrar a urgência da vigilância, Jesus contou uma parábola:

— Aprendei a lição da figueira. Quando seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que o verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que Ele está próximo, às portas.

E concluiu com uma solene advertência:

— Vigiai, pois não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, à meia-noite, ao cantar do galo ou ao amanhecer. Não deixeis que Ele vos encontre dormindo! O que vos digo, digo a todos: Vigiai!

Os discípulos ficaram em silêncio, absorvendo cada palavra. O crepúsculo já envolvia o monte, e as sombras alongavam-se sobre Jerusalém. Sabiam que o futuro traria provações, mas também a promessa da volta gloriosa do seu Senhor. E, acima de tudo, lembraram-se da ordem final:

— Vigiai!

E assim, enquanto desciam o monte em direção à cidade, seus corações estavam cheios de expectativa e responsabilidade, prontos para os dias que viriam.

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