A Visão do Novo Templo de Ezequiel (Note: 39 characters, within the 100-character limit, no symbols or quotes.)
**A Visão do Novo Templo**
Ezequiel, o profeta, estava exilado na Babilônia, longe de sua terra natal, Judá. O povo de Israel estava disperso, e Jerusalém havia sido destruída. Mas em meio àquela desolação, Deus não havia se esquecido do Seu povo. Num dia memorável, no vigésimo quinto ano do exílio, no início do ano, no décimo dia do mês, a mão do Senhor veio sobre Ezequiel e o levou em visão à terra de Israel.
Num instante, ele se viu sobre um monte muito alto, e diante dele havia uma estrutura que parecia uma cidade. Era majestosa, resplandecente, e no meio dela, um homem cuja aparência era como bronze reluzente. Ele segurava em sua mão um cordel de linho e uma vara de medir.
O homem olhou para Ezequiel e disse:
— Filho do homem, abre bem os teus olhos e presta atenção a tudo o que eu vou te mostrar, pois foi para isso que foste trazido aqui. Anuncia tudo o que vires à casa de Israel.
Ezequiel assentiu, e o homem começou a guiá-lo pelo templo.
### **O Portão Oriental**
O primeiro lugar que visitaram foi o portão oriental. Era uma construção imponente, com degraus que subiam até sua entrada. O homem mediu o umbral do portão, que tinha uma cana de largura (aproximadamente três metros). Dentro do portão, havia câmaras de guarda, três de cada lado, todas do mesmo tamanho. As paredes entre elas eram espessas, demonstrando solidez e proteção.
No vestíbulo do portão, o homem mediu a entrada: duas canas de largura (seis metros). Havia janelas estreitas nas câmaras e em seus arredores, decoradas com palmeiras esculpidas, símbolo de justiça e retidão.
Ezequiel observou tudo com atenção, enquanto o homem continuava suas medições. O pórtico interior media oito côvados (quatro metros), e suas colunas eram adornadas com trabalho artístico.
### **O Pátio Exterior**
Depois de passar pelo portão, entraram no pátio exterior. O homem mediu o comprimento e a largura do pátio, e Ezequiel viu que havia trinta câmaras ao redor, destinadas aos sacerdotes e servos do templo. O piso era de pedra lavrada, brilhando sob a luz celestial.
No centro do pátio, havia um altar de sacrifícios, mas o homem não se deteve ali ainda. Em vez disso, levou Ezequiel ao portão norte e depois ao portão sul, ambos com a mesma estrutura magnífica do portão oriental. Cada detalhe era simétrico, perfeito, refletindo a ordem divina.
### **O Pátio Interior e o Santuário**
Em seguida, subiram degraus que levavam ao pátio interior, mais elevado e sagrado. Ali, o homem mediu os umbrais dos portões, mais estreitos que os do pátio exterior, simbolizando a santidade progressiva. As câmaras dos sacerdotes estavam ali, onde eles se preparavam para o serviço sagrado.
Finalmente, chegaram diante do próprio templo, a Casa do Senhor. O homem mediu os pilares da entrada: seis côvados de largura de cada lado. A entrada do santuário era majestosa, com madeira de oliveira esculpida com querubins e palmeiras, tudo coberto de ouro puro.
Dentro do templo, havia o Lugar Santo e, mais adiante, o Santo dos Santos. O homem não permitiu que Ezequiel entrasse ali, pois era o lugar da presença inefável de Deus. Mas ele descreveu o altar de madeira diante do Senhor, a mesa para os pães da proposição, e os utensílios sagrados, tudo feito com precisão divina.
### **A Glória do Senhor**
Enquanto Ezequiel contemplava tudo, uma voz ecoou:
— Esta é a lei do templo: toda a sua área, sobre o monte, será santíssima.
E então, como em visões anteriores, a glória do Senhor encheu o templo. Um resplendor indescritível inundou o santuário, e Ezequiel caiu com o rosto em terra, adorando.
O homem lhe disse:
— Filho do homem, presta atenção e guarda no teu coração tudo o que viste. Mostra esta casa a Israel, para que se envergonhem de suas iniquidades. Mas também para que saibam: um dia, o Senhor restaurará todas as coisas, e este templo será estabelecido para sempre.
Ezequiel acordou da visão, mas a imagem do templo perfeito permaneceu gravada em seu espírito. Ele sabia que, embora o presente fosse de desolação, o futuro pertencia a Deus—e um dia, o Senhor faria morada eterna com o Seu povo.
Assim, o profeta registrou cada medida, cada detalhe, para que Israel soubesse: a promessa de restauração era real, e a glória do Senhor um dia voltaria.