**A Organização dos Sacerdotes: A Sagrada Ordem de Serviço**
No tempo em que o rei Davi governava Israel com justiça e retidão, ele se voltou para uma tarefa sagrada: organizar os sacerdotes para o serviço no templo do Senhor. O monarca, homem segundo o coração de Deus, sabia que a adoração ao Altíssimo deveria ser feita com ordem e reverência. Assim, ele convocou os líderes dos sacerdotes, descendentes de Arão, para estabelecerem uma divisão clara e justa dos turnos de serviço no santuário.
Os sacerdotes estavam divididos em vinte e quatro grupos, cada um representado por um chefe de família. Esses grupos foram sorteados na presença do rei, dos príncipes, do sumo sacerdote Zadoque, da linhagem de Eleazar, e do sacerdote Aimeleque, da linhagem de Itamar. O sorteio era uma forma de assegurar que a escolha vinha do próprio Deus, evitando parcialidades humanas.
O grande salão do palácio real estava repleto de homens piedosos, vestidos com suas túnicas brancas de linho fino, os peitorais bordados com fios de ouro e púrpura reluzindo sob a luz das lamparinas. O ar estava pesado com o aroma do incenso que queimava em um pequeno altar próximo, simbolizando as orações que subiam ao céu. Davi, sentado em seu trono, ergueu as mãos e orou:
— Ó Senhor, Deus de nossos pais, dirige este sorteio, para que Tua vontade seja feita e Teu nome seja glorificado no serviço de Teus sacerdotes.
Um silêncio solene tomou conta do ambiente enquanto dois jarros de ouro eram trazidos. Em um deles estavam os nomes das famílias de Eleazar, e no outro, os de Itamar. Um jovem levita, de semblante sereno, foi escolhido para retirar os nomes. Suas mãos tremiam levemente ao pegar o primeiro sorteio.
— O primeiro turno é para Jeoiaribe! — anunciou o rei, enquanto os escribas registravam meticulosamente cada nome.
Assim, um a um, os nomes foram sendo chamados: Jedaías, Harim, Seorim, Malquias, Miamim, Haquoz, Abias, Jesua, Secanias, Eliasibe, Jaquim, Hupá, Jesebeabe, Bilga, Imer, Hezir, Hapises, Petaías, Ezequiel, Jaquim, Gamul, Delaías e Maazias.
Cada família recebeu seu turno específico, garantindo que, ao longo do ano, todos tivessem a honra de servir no templo. Os turnos eram fixos, passando de geração em geração, para que a ordem fosse mantida perpetuamente.
Davi então ordenou que os registros fossem guardados nos arquivos do templo e que uma cópia fosse entregue aos anciãos de cada família sacerdotal.
— Que esta ordem seja preservada, para que o serviço ao Senhor nunca seja negligenciado — declarou o rei com voz firme.
Os sacerdotes se retiraram com alegria em seus corações, sabendo que Deus havia estabelecido uma aliança eterna com a casa de Arão. E assim, a adoração no templo continuou, organizada e santa, como um aroma suave diante do trono do Altíssimo.
E Israel prosperou, pois o rei e os sacerdotes buscavam servir ao Senhor com todo o coração, em ordem e temor, como convém ao povo escolhido de Deus.
