Bíblia em Contos

Bíblia em Contos

Bíblia

**O Cântico de Davi: Vitória e Fidelidade Divina** (98 caracteres)

**O Cântico da Vitória e da Fidelidade Divina**

Na antiga terra de Israel, em meio às montanhas douradas pelo sol da manhã, um homem chamado Davi, rei e salmista, ergueu-se antes do amanhecer com o coração transbordando de louvor. A lua ainda pairava no céu como uma testemunha silenciosa, e as primeiras faíscas do sol começavam a tingir o horizonte de vermelho e ouro. Ele encheu os pulmões com o ar fresco da madrugada e, com voz firme e reverente, entoou as palavras que ecoariam através dos séculos:

*”O meu coração está firme, ó Deus! Cantarei e darei louvores com toda a minha alma! Despertai, ó alaúde e harpa! Eu mesmo despertarei a aurora!”*

Seus dedos percorreram as cordas do instrumento, e as notas musicais elevaram-se como incenso, misturando-se com o canto dos pássaros que anunciavam o novo dia. Os servos no palácio pararam suas tarefas para ouvir. Até os guerreiros, acostumados aos clamores da batalha, sentiram um arrepio de reverência. Era um louvor que nascia não apenas da alegria, mas de uma profunda confiança no Deus que nunca falha.

Davi continuou, sua voz ganhando força:

*”Entre os povos te louvarei, ó Senhor, e entre as nações cantarei os teus louvores! Pois a tua misericórdia é grande acima dos céus, e a tua verdade alcança as mais altas nuvens!”*

Ele olhou para o vasto céu, lembrando-se das incontáveis vezes em que Deus o livrara—das garras do leão e do urso, da espada de Golias, das conspirações de Saul. A fidelidade do Senhor era como um escudo indestrutível, como um rio que nunca secava.

Mas então, sua expressão mudou ligeiramente. Os inimigos ainda cercavam Israel, e as nações vizinhas ameaçavam guerra. Davi sabia que, sem a ajuda divina, toda a coragem humana seria em vão. Assim, sua oração transformou-se em um clamor:

*”Exalta-te sobre os céus, ó Deus, e seja a tua glória sobre toda a terra! Para que os teus amados sejam livres, salva-nos com a tua destra e responde-nos!”*

Ele imaginou os exércitos de Edom, Moabe e Filístia, preparando-se para a batalha. Homens fortes, carregando lanças e escudos, marchando com ódio no coração. Mas Davi não temia, pois conhecia Aquele que decidia o resultado das guerras.

*”Deus falou na sua santidade: Eu me regozijarei; repartirei Siquém e medirei o vale de Sucote. Gileade é minha, Manassés é minha; Efraim é o meu capacete, Judá, o meu cetro. Moabe é a minha bacia de lavar; sobre Edom lançarei o meu sapato; sobre a Filístia darei brados de vitória!”*

Cada palavra era uma afirmação da soberania de Deus sobre a Terra Prometida. Siquém e o vale de Sucote lembravam as antigas promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó. Gileade e Manassés falavam da herança das tribos. Judá, o cetro real, apontava para o futuro Messias. E os inimigos? Eles eram apenas instrumentos nas mãos do Senhor—um lembrete de que até os poderosos seriam humilhados diante dEle.

No entanto, Davi sabia que a vitória não vinha por força humana. Por isso, encerrou seu cântico com um súplica sincera:

*”Quem me levará à cidade fortificada? Quem me guiará até Edom? Não nos rejeitarás, ó Deus? Tu não mais sairás com os nossos exércitos? Dá-nos auxílio contra o adversário, pois vão é o socorro do homem. Em Deus faremos proezas, e Ele calcará aos pés os nossos inimigos!”*

Ao terminar, uma paz envolveu seu coração. Os servos retomaram seus afazeres, os soldados ajustaram suas armaduras com renovada confiança, e o sol, agora pleno no céu, iluminou a terra como um sinal da presença divina.

Davi sabia—enquanto o Senhor fosse seu aliado, nenhum inimigo prevaleceria. E assim, o salmo que nascera na quietude da madrugada tornou-se um hino eterno, ensinando a todas as gerações que a verdadeira vitória começa com um coração firme, cheio de louvor, e termina com a mão poderosa de Deus agindo em favor dos que nEle confiam.

LEAVE A RESPONSE

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *