Here’s a concise and engaging title in Brazilian Portuguese (under 100 characters, without symbols or quotes): **O Crepúsculo da Vida: Reflexões de Eclesiastes 12** Alternativa ainda mais curta: **Lembra-te do Criador: Eclesiastes 12** Ambas mantêm o tom poético e o tema central da história.
**O Último Chamado: Uma Narrativa Baseada em Eclesiastes 12**
O sol poente tingia as colinas de Jerusalém com tons dourados e púrpuras, enquanto um ancião de barbas brancas se assentava sob uma velha oliveira. Seus olhos, embora desgastados pelo tempo, ainda brilhavam com a sabedoria de décadas de reflexão. Era o pregador, o mesmo que outrora buscara significado em tudo sob o sol. Agora, no crepúsculo de sua vida, ele contemplava as palavras finais de seu grande discurso: *”Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade…”*
### **O Inverno da Vida**
Os ventos frios do tempo haviam soprado sobre sua juventude, e agora ele via os sinais que Salomão descrevera em Eclesiastes 12 manifestando-se em seu próprio corpo.
*”Antes que se rompa o cordão de prata…”* Suas mãos, outrora ágeis para escrever e construir, agora tremiam levemente, como folhas secas prestes a cair. O “cordão de prata” — a medula que sustentava sua vitalidade — já não era mais tão forte.
*”E se quebre o copo de ouro…”* Seus olhos, antes capazes de discernir as mais sutis nuances da sabedoria, agora viam o mundo como através de um véu embaçado. O “copo de ouro”, símbolo da mente clara, estava se desgastando.
*”Antes que se despedace o cântaro junto à fonte…”* Seus joelhos, que já haviam subido os degraus do templo com vigor, agora dobravam-se com dificuldade. O “cântaro”, sua resistência física, estava rachando.
*”E se quebre a roda junto ao poço…”* Seu coração, que um dia bateu acelerado pelo amor, pela ambição e pela busca do conhecimento, agora mantinha um ritmo irregular, como uma roda desbalanceada prestes a parar.
### **O Lamento e a Esperança**
O velho pregador fechou os olhos e deixou que a brisa fresca da tarde acariciasse seu rosto enrugado. Ele recordou os dias de sua juventude, quando a vida parecia infinita e as possibilidades, ilimitadas. Quantas vezes ele buscara prazeres, riquezas e obras grandiosas, apenas para concluir: *”Vaidade de vaidades, tudo é vaidade!”*
Mas agora, no limiar da eternidade, uma verdade ressoava mais forte que todas as outras: *”De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.”*
Ele sorriu, lembrando-se de que, apesar de seu corpo fraquejar, sua alma estava segura. Aquele que o criara nos dias de sua mocidade não o abandonaria no vale da sombra da morte.
### **O Último Suspiro e a Eternidade**
Quando a noite caiu e as estrelas começaram a cintilar, o velho pregão inclinou a cabeça e entregou seu último suspiro. Seus discípulos, reunidos ao seu redor, choraram, mas não como aqueles que não têm esperança. Eles sabiam que, enquanto o pó voltava à terra, como era, o espírito retornava a Deus, que o dera.
E assim, sob o mesmo céu que testemunhara suas dúvidas, suas buscas e sua fé, a jornada do sábio chegava ao fim. Mas suas palavras permaneceriam, ecoando através dos séculos:
*”Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os dias difíceis…”*
Pois, no final de tudo, só uma coisa importava: conhecer a Deus e viver para Ele.
**Fim.**