Bíblia em Contos

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A Aliança e as Consequências em Levítico 26 (49 characters, sem símbolos ou aspas)

**A Aliança e as Consequências: Uma Narrativa Baseada em Levítico 26**

No deserto, sob o sol abrasador do Sinai, Moisés estava diante do povo de Israel, transmitindo as palavras que o Senhor lhe havia ordenado. O ar estava pesado com a presença divina, e os israelitas, acampados ao redor da tenda da congregação, ouviam com reverência. Era um momento solene, pois o próprio Deus estava estabelecendo os termos de Sua aliança com Seu povo escolhido.

— **”Se andardes nos meus estatutos e guardardes os meus mandamentos, e os cumprirdes…”** — a voz de Moisés ecoou pelas montanhas.

Os olhos do povo brilhavam de esperança enquanto ele descrevia as bênçãos que viriam sobre eles se permanecessem fiéis.

— **”Eu vos darei chuvas a seu tempo, a terra dará o seu produto, e as árvores do campo darão os seus frutos.”** — Moisés ergueu as mãos, como se visse diante de si campos verdejantes e videiras carregadas. — **”A debulha se prolongará até a vindima, e a vindima até a sementeira; comereis o vosso pão com fartura e habitareis seguros na vossa terra.”**

Alguns dos ouvintes sorriram, imaginando uma terra onde não haveria fome nem medo. Moisés continuou, sua voz tomando um tom ainda mais solene:

— **”Estabelecerei a minha aliança convosco, e vos multiplicarei, e confirmarei a minha aliança entre mim e vós.”**

Era uma promessa gloriosa: segurança, prosperidade e a presença contínua de Deus no meio deles. O Senhor seria o seu protetor, afastando animais ferozes e espadas invasoras. Cinco deles perseguiriam cem, e cem deles perseguiriam dez mil! Nenhum inimigo prevaleceria contra Israel se eles fossem fiéis.

Mas então, a voz de Moisés tornou-se grave, e uma sombra pairou sobre a assembleia.

— **”Mas se não me ouvirdes e não cumprirdes todos estes mandamentos, se rejeitardes os meus estatutos e a vossa alma abominar os meus juízos, de modo que não cumprais todos os meus mandamentos, quebrando a minha aliança…”**

O silêncio se fez mais profundo. Até o vento pareceu parar.

— **”Eu também vos farei isto: porei sobre vós terror, consumição e febre ardente, que consumirão os olhos e atormentarão a alma.”**

Alguns dos presentes trocaram olhares preocupados. Moisés prosseguiu, descrevendo colheitas perdidas, árvores estéreis e inimigos que devorariam o fruto do seu trabalho.

— **”E se, com tudo isso, ainda não me ouvirdes, eu vos castigarei sete vezes mais, por causa dos vossos pecados.”**

Era uma escalada de juízo: fome tão grande que as mulheres cozinhariam seus próprios filhos para comer, cidades destruídas, santuários devastados. O Senhor os espalharia entre as nações, e a terra desolada descansaria, compensando os anos em que repousara durante o descuido deles.

Alguns começaram a murmurar, temendo o futuro. Mas Moisés não terminou sem esperança.

— **”Contudo, se confessarem a sua iniquidade e a iniquidade de seus pais, com as suas infidelidades com que me foram infiéis, eu me lembrarei da minha aliança.”**

Sua voz suavizou-se, carregada de misericórdia.

— **”Mesmo em terra inimiga, Eu não os rejeitarei totalmente. Eu sou o Senhor, seu Deus, que os tirei da terra do Egito para ser o seu Deus. Eu sou o Senhor.”**

E assim, o povo ouviu. Alguns tremeram diante das advertências, outros se apegaram à promessa final de restauração. A escolha estava diante deles: vida e bênção, ou maldição e ruína. A aliança fora estabelecida. Agora, cabia a Israel decidir se caminhariam na luz da obediência ou nas trevas da rebelião.

E Moisés, homem de Deus, olhou para aquela multidão com um coração pesado, sabendo que o futuro deles dependia de uma resposta simples, porém profunda: **”Escolhei hoje a quem servireis.”**

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