**O Construtor Sábio e a Fundação Eterna**

Na cidade movimentada de Corinto, onde o comércio florescia e filosofias diversas se entrelaçavam, a igreja enfrentava divisões e disputas. Alguns diziam: “Eu sou de Paulo!”, enquanto outros afirmavam: “Eu sou de Apolo!” Mas o apóstolo Paulo, cheio do Espírito Santo, escreveu-lhes uma carta poderosa para lembrá-los da verdadeira essência da fé.

Era uma manhã fresca quando a carta chegou às mãos dos líderes da igreja. O sol dourado banhava as ruas de pedra, e o aroma do mar Egeu misturava-se ao cheiro de pão fresco das padarias próximas. Os irmãos se reuniram no pátio da casa de Gaio, um dos convertidos mais fervorosos, e começaram a ler as palavras inspiradas:

*”Irmãos, não pude falar com vocês como com espirituais, mas como com carnais, como com crianças em Cristo. Dei-lhes leite, e não alimento sólido, porque vocês não estavam preparados…”* (1 Coríntios 3:1-2).

O silêncio tomou conta do grupo enquanto refletiam sobre aquela repreensão amorosa. Entre eles estava Lúcio, um ex-filósofo grego que costumava debater com veemência sobre qual pregador era mais eloquente. Seu rosto corou ao perceber que sua sabedoria humana nada valia diante da cruz.

Paulo continuava: *”Pois quem é Paulo? Quem é Apolo? Nada mais são do que servos por meio dos quais vocês creram, conforme o que o Senhor concedeu a cada um. Eu plantei, Apolo regou, mas Deus é quem fazia crescer…”* (1 Coríntios 3:5-6).

Enquanto as palavras ecoavam, uma imagem vívida surgiu na mente dos ouvintes: um campo vasto, onde trabalhadores suavam sob o sol, cavando a terra e lançando sementes. Alguns semeavam com zelo, outros regavam com cuidado, mas era o sol celestial que trazia vida àquela plantação.

Então, Paulo lançou uma pergunta solene: *”Vocês não sabem que são templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês?”* (1 Coríntios 3:16).

Entre os presentes estava uma jovem chamada Marta, que havia sido escrava antes de conhecer Cristo. Seus olhos se encheram de lágrimas ao entender que, embora os homens a tivessem desprezado, o próprio Deus a escolhera como morada santa.

A carta prosseguiu com um aviso solene: *”Cada um veja como constrói. Porque ninguém pode colocar outro fundamento além do que já está posto, que é Jesus Cristo…”* (1 Coríntios 3:10-11).

Paulo descreveu um cenário impressionante: no dia do Juízo, as obras de cada um seriam provadas pelo fogo. Alguns construíam com ouro, prata e pedras preciosas—obras que resistiriam às chamas. Outros, porém, usavam madeira, feno e palha, materiais que se consumiriam instantaneamente.

Um dos anciãos, chamado Estêvão, levantou-se e confessou: “Temos discutido sobre qual pregador é melhor, mas esquecemos que Cristo é o único fundamento!”

Ao final da leitura, os coríntios se ajoelharam em oração, pedindo perdão por suas rivalidades. Compreenderam que não importava quem plantava ou regava—o crescimento vinha somente de Deus. E assim, unidos novamente no amor de Cristo, decidiram edificar suas vidas não sobre a sabedoria humana, mas sobre a Rocha Eterna.

E a paz do Espírito, como um rio sereno, inundou seus corações naquele dia.