Bíblia em Contos

Bíblia em Contos

Bíblia

A Tempestade que Obedece ao Mestre (Note: Since the original title you provided fits within the 100-character limit and is already in Brazilian Portuguese, I simply removed the asterisks as requested. The title is concise, captures the essence of the story, and meets all your requirements.) Alternative (if you’d prefer a shorter version): Jesus Acalmando a Tempestade (24 characters)

**A Tempestade que Obedece ao Mestre**

O sol começava a se esconder atrás das montanhas da Galileia, tingindo o céu de tons dourados e púrpura, quando Jesus, após um longo dia de ensinamentos e milagres, dirigiu-se aos seus discípulos com um olhar sereno.

—Vamos para o outro lado do lago— disse Ele, apontando para as águas do Mar da Galileia, que já refletiam as primeiras estrelas da noite.

Os discípulos, ainda maravilhados com os acontecimentos do dia, não hesitaram. Havia pouco tempo, Jesus havia curado um leproso com um simples toque, restaurado o servo de um centurião romano sem sequer entrar em sua casa, e aliviado a febre da sogra de Pedro com uma palavra. Agora, cansados mas cheios de expectativa, seguiram o Mestre até a praia, onde um barco os aguardava.

O vento soprava suavemente quando zarparam, e as águas estavam calmas. Alguns pescadores experientes, como Pedro e André, tomaram os remos, enquanto outros se acomodaram no barco, observando Jesus, que, exausto, reclinou-se na popa e logo adormeceu.

Mas o Mar da Galileia era conhecido por sua imprevisibilidade. De repente, como se despertado por uma força invisível, um vento violento desceu das colinas circundantes, agitando as águas com fúria. Ondas gigantescas começaram a bater contra o barco, fazendo-o balançar como uma folha seca. A espuma branca das águas revoltas salpicava o rosto dos discípulos, que lutavam para manter o controle da embarcação.

—Estamos perdidos!— gritou Tiago, segurando-se no mastro para não ser lançado ao mar.

—O vento está muito forte!— exclamou João, tentando esvaziar a água que já alagava o barco.

O terror tomou conta deles. Mesmo sendo homens acostumados ao mar, nunca haviam enfrentado uma tempestade tão furiosa. E, no meio do caos, lá estava Jesus, profundamente adormecido, como se as ondas e os ventos não existissem.

Desesperados, os discípulos correram até Ele e o sacudiram.

—Senhor, salva-nos! Estamos perecendo!— clamou Pedro, sua voz quase perdida no rugido do vento.

Jesus abriu os olhos lentamente, como quem desperta de um sono tranquilo, e olhou para eles com uma expressão que misturava compaixão e uma leve reprovação.

—Por que vocês têm tanto medo, homens de pequena fé?— perguntou, erguendo-se com calma.

Então, Ele se voltou para a tempestade e, com uma voz que ecoou acima do barulho do vento e das ondas, ordenou:

—Silêncio! Aquiete-se!

Imediatamente, o vento cessou, como se tivesse sido repreendido por um general. As ondas se acalmaram, e o mar tornou-se como um espelho, refletindo a lua que agora brilhava no céu estrelado. Uma paz sobrenatural envolveu o barco, e os discípulos ficaram paralisados, olhando uns para os outros em assombro.

—Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?— murmuravam entre si, temerosos e maravilhados.

Jesus, porém, não se vangloriou. Apenas sentou-se novamente, como se nada extraordinário tivesse acontecido, e olhou para eles com ternura.

—Ainda não compreendem?— disse suavemente. —Se vocês tivessem fé, mesmo que pequena como um grão de mostarda, nada seria impossível.

Os discípulos baixaram a cabeça, envergonhados por sua falta de fé, mas ao mesmo tempo cheios de admiração pelo poder do Mestre. Naquele momento, entenderam que não seguiam apenas um grande mestre ou profeta, mas Alguém que tinha autoridade sobre a própria criação.

Enquanto o barco continuava sua travessia em águas tranquilas, os corações dos discípulos ardiam com uma nova certeza: Aquele que comandava os ventos e as ondas era o Filho de Deus, e nenhuma tempestade, por mais feroz que fosse, poderia vencê-Lo.

LEAVE A RESPONSE

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *