**O Concílio de Jerusalém: Decisão que Moldou a Igreja** (98 caracteres, sem símbolos ou aspas)
**O Concílio de Jerusalém: Uma Decisão que Moldou a Igreja**
O sol brilhava intensamente sobre Jerusalém, lançando seus raios dourados sobre as antigas muralhas da cidade sagrada. As ruas estreitas estavam repletas de peregrinos, mercadores e moradores locais, mas um grupo em especial chamava a atenção: homens e mulheres de diversas nações, unidos pela fé em Jesus Cristo. Eram os seguidores do Caminho, como eram conhecidos, e naqueles dias, uma questão crucial os agitava.
Rumores e debates fervorosos haviam se espalhado pelas comunidades cristãs. Alguns irmãos vindos da Judeia ensinavam aos gentios convertidos: *”Se não forem circuncidados conforme o costume de Moisés, não podem ser salvos”*. Essa afirmação causou grande perturbação em Antioquia, onde muitos gregos haviam abraçado a fé. Paulo e Barnabé, que ali ministravam, debateram veementemente contra essa imposição, mas a controvérsia só crescia.
Diante da gravidade da situação, a igreja de Antioquia decidiu enviar Paulo, Barnabé e alguns outros irmãos a Jerusalém, para se reunirem com os apóstolos e anciãos e resolverem a questão. A viagem foi longa, atravessando montanhas e vales, mas cada passo era acompanhado por orações e discussões sobre o futuro da fé cristã.
Ao chegarem a Jerusalém, foram recebidos calorosamente pela igreja local. Os apóstolos e anciãos se reuniram para ouvir o relato de Paulo e Barnabé sobre como Deus havia operado maravilhas entre os gentios, abrindo-lhes as portas da fé sem exigir a circuncisão. Pedro, com sua voz firme e cheia de convicção, levantou-se e lembrou a todos como, anos antes, Deus o havia enviado à casa de Cornélio, um gentio, e como o Espírito Santo havia sido derramado sobre eles sem distinção.
*”Deus, que conhece os corações, testemunhou a favor deles, dando-lhes o Espírito Santo, assim como a nós. E não fez distinção alguma entre nós e eles, purificando os seus corações pela fé”*, declarou Pedro, seus olhos ardendo com a lembrança daquele momento sobrenatural. *”Agora, pois, por que tentam a Deus, pondo sobre os discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós conseguimos suportar?”*
Silêncio tomou a assembleia. As palavras de Pedro ecoavam como um chamado à liberdade em Cristo. Até mesmo Tiago, o irmão do Senhor, conhecido por sua piedade e respeito pela Lei, concordou. Citando as Escrituras, ele afirmou que a restauração prometida por Deus incluía os gentios, e que não era justo sobrecarregá-los com tradições que nem os judeus conseguiam cumprir perfeitamente.
Após muita discussão, Tiago propôs uma solução sábia: escrever uma carta aos gentios convertidos, pedindo-lhes que se abstivessem apenas da contaminação dos ídolos, da imoralidade sexual, da carne de animais sufocados e do sangue. Essas restrições, baseadas nas leis dadas a Noé e respeitadas até pelos judeus mais tradicionais, garantiriam a harmonia entre os irmãos de diferentes origens.
A assembleia aprovou a proposta com alegria. Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens de confiança, foram escolhidos para acompanhar Paulo e Barnabé de volta a Antioquia, levando a carta decisiva. Quando chegaram, a igreja se reuniu para ouvir a leitura da mensagem. As palavras trouxeram alívio e exultação, especialmente aos gentios, que viram confirmada a graça de Deus sobre suas vidas sem as pesadas exigências da Lei mosaica.
Naqueles dias, o Espírito Santo guiou a igreja primitiva em uma decisão que marcaria para sempre o cristianismo: a salvação é pela graça, mediante a fé em Jesus Cristo, e não pelas obras da Lei. E assim, a mensagem do Evangelho pôde se espalhar sem barreiras, alcançando todos os povos, tribos e nações, conforme a promessa do Senhor.
E a igreja, fortalecida pela unidade e pelo discernimento espiritual, continuou a crescer, levando a luz de Cristo a um mundo em trevas.