Bíblia em Contos

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A Travessia do Jordão: Fé e Obediência em Ação (49 caracteres)

**A Travessia do Jordão: Uma História de Fé e Obediência**

O sol começava a se erguer sobre as planícies de Moabe, lançando raios dourados sobre as águas turbulentas do rio Jordão. Era tempo de colheita, e o rio, alimentado pelas chuvas do inverno e pelo derretimento das neves do Hermom, transbordava além de suas margens, tornando-se uma barreira intransponível aos olhos humanos. Mas para o povo de Israel, aquele não era um dia comum. Depois de quarenta anos de jornada pelo deserto, o momento tão esperado havia chegado: a entrada na Terra Prometida.

Josué, o líder escolhido por Deus para suceder Moisés, reuniu o povo e ordenou que os sacerdotes carregassem a Arca da Aliança à frente de todos. A Arca, revestida de ouro e contendo as tábuas da Lei, o maná e o cajado de Arão, era o símbolo visível da presença do Senhor entre eles. Josué sabia que aquele não era um simples ato de travessia, mas um momento sagrado, onde Deus manifestaria Seu poder e confirmaria Sua aliança com Israel.

— **”Santifiquem-se!”** — bradou Josué, sua voz ecoando entre as tribos. — **”Pois amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vocês!”**

O povo, movido por uma fé renovada, preparou-se em espírito e coração. Mulheres e crianças, guerreiros e idosos, todos olhavam para a Arca com reverência, sabendo que onde ela fosse, Deus os guiaria.

Ao raiar do dia seguinte, os sacerdotes, vestidos com suas túnicas brancas e éfodes bordados, ergueram a Arca sobre seus ombros e avançaram em direção às águas revoltas do Jordão. O rio rugia, espumando contra as pedras, mas no momento em que os pés dos sacerdotes tocaram a margem, algo extraordinário aconteceu.

De repente, como se uma mão invisível tivesse detido o curso das águas, o rio começou a recuar. A montante, próximo à cidade de Adã, as águas amontoaram-se como um muro, enquanto a jusante elas correram em direção ao Mar Salgado, deixando o leito do rio completamente seco. A terra úmida, antes coberta pelo fluxo violento, agora estava firme sob os pés dos israelitas.

Os sacerdotes permaneceram no meio do leito seco, segurando a Arca enquanto todo o povo de Israel atravessava em segurança. Homens, mulheres, crianças e até mesmo os animais passaram por aquele caminho milagroso, pisando na terra que Deus havia aberto para eles. Cada passo era um ato de fé, cada olhar para trás um lembrete de que o Senhor era fiel.

Quando todos haviam cruzado, Josué ordenou que doze homens, um de cada tribo, pegassem uma pedra do meio do Jordão e as levassem para o local onde acampariam naquela noite.

— **”Estas pedras serão um sinal para sempre!”** — declarou Josué. — **”Quando no futuro vossos filhos perguntarem o que elas significam, vocês contarão como o Senhor secou as águas do Jordão diante de vocês, assim como fez com o Mar Vermelho, para que todos os povos da terra saibam que a mão do Senhor é poderosa!”**

Naquele dia, não apenas Israel atravessou um rio, mas testemunhou o cumprimento da promessa divina. As águas que antes pareciam intransponíveis foram vencidas pela obediência e pela fé. E assim, com corações cheios de gratidão, os israelitas acamparam em Gilgal, prontos para conquistar a terra que mana leite e mel, certos de que Aquele que os guiara através do Jordão estaria com eles em cada batalha que ainda viria.

E o Senhor exaltou a Josué diante de todo o Israel, e eles o respeitaram como haviam respeitado a Moisés, pois o Deus que abre caminhos no deserto e detém rios no seu curso é o mesmo que cumpre Suas promessas de geração em geração.

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