Bíblia em Contos

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Visão do Trono Celestial: A Glória de Deus Revelada (98 caracteres)

**O Trono Celestial: Uma Visão da Glória de Deus**

No princípio de todas as coisas, antes que o tempo se desenrolasse como um pergaminho sagrado, o Cordeiro revelou ao apóstolo João os mistérios do céu. E foi assim que, em espírito, João se viu transportado para além das nuvens, para além das estrelas, até adentrar os portais da eternidade.

Diante dele, uma porta estava aberta no céu, e a voz que antes soara como trombeta o chamou: **”Sobe aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas.”** Imediatamente, João se encontrou no limiar do santuário celestial, onde o ar vibrava com a harmonia de milhares de anjos e a terra tremia diante da majestade do Senhor.

E então, ele viu.

No centro de tudo, elevava-se um **trono**—não como os tronos dos reis da terra, frágeis e passageiros, mas um assento de poder indescritível, flamejante em cores de jaspe e sardônio. O jaspe, translúcido como cristal, refletia a pureza absoluta de Deus, enquanto o vermelho do sardônio falava de Sua justiça consumidora. Ao redor do trono, um arco-íris reluzia em tons de esmeralda, lembrando a aliança eterna entre o Criador e Sua criação.

E Aquele que nele estava assentado era tal que nenhum mortal poderia descrever. Sua forma era envolta em glória, Seu rosto mais brilhante que o sol ao meio-dia. Seus olhos eram como chamas de fogo, perscrutando as profundezas de todas as almas. De Sua presença emanavam relâmpagos, vozes e trovões—sinais do Seu poder inigualável. Diante dEle, sete tochas ardiam, que são os sete espíritos de Deus, enviados por toda a terra para cumprir Sua vontade.

E ao redor do trono, vinte e quatro anciãos estavam assentados, vestidos de branco, com coroas de ouro sobre suas cabeças. Estes, representando a totalidade do povo de Deus—os doze patriarcas de Israel e os doze apóstolos do Cordeiro—prostavam-se em reverência eterna. De quando em quando, lançavam suas coroas diante do trono, exclamando:

**”Digno és, Senhor nosso e Deus,
de receber a glória, a honra e o poder,
porque todas as coisas Tu criaste,
e por Tua vontade existem e foram criadas.”**

Então, do trono saíam vozes como o rugido de muitas águas, e no meio do esplendor, quatro seres viventes surgiram. Estes não eram como qualquer criatura terrena—eram cheios de olhos por diante e por detrás, vendo tudo, conhecendo tudo. O primeiro era semelhante a um leão, símbolo da força majestosa de Deus. O segundo, a um novilho, representando o sacrifício e a paciência. O terceiro tinha rosto de homem, falando da compaixão e sabedoria divinas. O quarto era como uma águia em voo, lembrando a onipresença e a soberania do Altíssimo.

E sem cessar, dia e noite, estes seres proclamavam:

**”Santo, Santo, Santo
é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso,
que era, que é e que há de vir.”**

Cada vez que os seres viventes davam glória, honra e ações de graças ao que estava assentado no trono, os vinte e quatro anciãos se prostravam e adoravam, repetindo o canto eterno da criação. O céu inteiro vibrava com a música da adoração, tão intensa que parecia ecoar através dos séculos, até os confins da terra.

E João, embora homem de palavras, sentiu-se pequeno diante de tamanha glória. Pois ali, naquele lugar, não havia espaço para orgulho humano, nem para vaidades terrenas—apenas a realidade esmagadora de que Deus reinava, e que Seu reino não teria fim.

E assim, a visão do trono celestial não era apenas um espetáculo para os olhos, mas um chamado ao coração: **reconhecer que o Senhor é Deus, e que um dia, toda língua confessará, e todo joelho se dobrará, diante dAquele que vive para sempre.**

E enquanto João ainda se maravilhava, a voz do céu ecoou novamente, preparando-o para as revelações que ainda estavam por vir—porque a glória de Deus não é apenas para ser contemplada, mas para ser anunciada a todas as nações, até que o Cordeiro venha em triunfo.

**Assim seja. Amém.**

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