Bíblia em Contos

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A Visão da Lâmpada de Ouro e as Duas Oliveiras (Total: 50 characters)

**A Lâmpada de Ouro e as Duas Oliveiras**

Num tempo em que o povo de Israel ainda se reconstruía após o exílio babilônico, o profeta Zacarias recebeu uma visão poderosa e misteriosa da parte do Senhor. Era uma noite calma, mas o coração do profeta estava agitado, pois os desafios para reconstruir o templo e a nação pareciam insuperáveis. Foi então que um anjo do Senhor o despertou, como quem desperta um homem de um sonho profundo, e diante de seus olhos se revelou uma cena celestial.

Diante dele estava um candelabro todo de ouro, magnífico em sua estrutura. Não era um candelabro comum, mas uma obra divina, com um depósito no topo e sete lâmpadas, cada uma com sete canaletas que alimentavam as chamas. O ouro reluzia como fogo purificado, e a luz que emanava era tão intensa que parecia iluminar não apenas o ambiente, mas também a alma de Zacarias. Ao lado do candelabro, duas oliveiras majestosas se erguiam, uma à direita e outra à esquerda, como guardiãs daquela luz sagrada.

O profeta ficou maravilhado, mas também perplexo. “Que é isto, meu senhor?”, perguntou ele ao anjo que o acompanhava. O anjo, com voz serena, respondeu: “Não sabes o que significa isto?” Zacarias balançou a cabeça, admitindo sua ignorância. Então, o anjo começou a explicar:

“Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel: ‘Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito’, diz o Senhor dos Exércitos.”

Zacarias entendeu então que a reconstrução do templo, liderada por Zorobabel, não dependia da força humana, nem de exércitos ou riquezas, mas do Espírito de Deus. O candelabro representava a luz de Deus que nunca se apagaria em meio ao povo, mesmo em tempos de escuridão. O azeite que alimentava as lâmpadas vinha das duas oliveiras, símbolos dos ungidos do Senhor: Josué, o sumo sacerdote, e Zorobabel, o governador. Juntos, sacerdócio e liderança civil, eram instrumentos de Deus para guiar Seu povo.

O anjo continuou: “Quem és tu, ó monte grande? Diante de Zorobabel tornar-te-ás uma planície; ele trará a pedra principal com aclamações: ‘Graça, graça a ela!’”

Zacarias sentiu um arrepio ao compreender que nenhum obstáculo seria grande demais para aqueles que confiavam no Senhor. O monte, que simbolizava as dificuldades e a oposição, seria aplainado pela mão divina. A pedra principal, rejeitada pelos construtores incrédulos, seria colocada com júbilo, pois o Senhor mesmo estabeleceria Sua obra.

E então, o anjo revelou o mistério das duas oliveiras: “Estes são os dois ungidos que assistem junto ao Senhor de toda a terra.” Eram Josué e Zorobabel, homens escolhidos para liderar o povo não com arrogância, mas em submissão ao Espírito Santo. Eles não agiam por ambição pessoal, mas como canais da graça divina.

Ao final da visão, Zacarias caiu de joelhos, tomado por uma profunda reverência. Ele compreendera que a verdadeira obra de Deus não se sustenta pela força humana, mas pela dependência dAquele que tudo governa. A lâmpada de ouro continuaria a brilhar, alimentada pelo azeite incessante das oliveiras, simbolizando a provisão constante do Senhor para Seu povo.

Assim, encorajado, Zacarias transmitiu a mensagem ao povo: levantassem-se com fé, pois o Senhor estava com eles. E embora os desafios parecessem grandes, a promessa era clara: “Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito.”

E assim, o povo de Israel seguiu adiante, não confiando em sua própria capacidade, mas naquele que faz brilhar a luz mesmo nas noites mais escuras.

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