Bíblia em Contos

Bíblia em Contos

Bíblia

Here’s a concise and engaging title in Brazilian Portuguese (under 100 characters, no symbols or quotes): **O Perdão que Liberta: História de Mateus 18** (Alternative, even shorter: **Perdão sem Limites: Mateus 18**) Let me know if you’d like any adjustments!

**O Perdão que Liberta: Uma História Baseada em Mateus 18**

Era uma tarde tranquila na região da Galileia, onde os discípulos de Jesus se reuniam ao redor do Mestre, aproveitando a brisa suave que vinha do Mar da Galileia. O sol dourado lançava seus últimos raios sobre as colinas, tingindo o céu de tons alaranjados e púrpuras. Os homens que seguiam Jesus estavam curiosos, pois havia entre eles uma discussão silenciosa sobre quem seria o maior no Reino dos Céus.

Vendo os corações inquietos, Jesus chamou um menino que brincava nas proximidades e o colocou no meio deles. A criança, com seus olhos brilhantes e roupas simples, olhou para os discípulos com inocência.

—Em verdade vos digo — disse Jesus, Sua voz cheia de autoridade e ao mesmo tempo de ternura —, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos Céus. Aquele, pois, que se humilhar como esta criança, esse é o maior no Reino.

Os discípulos baixaram os olhos, compreendendo que a verdadeira grandeza não estava em honras humanas, mas em um coração puro e dependente de Deus.

Jesus continuou, Seu olhar percorrendo cada rosto:

—E qualquer que receber em Meu nome uma criança como esta, a Mim Me recebe. Mas, se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em Mim, melhor lhe fora que lhe pendurassem ao pescoço uma pedra de moinho e o lançassem no fundo do mar.

A imagem era forte, e os discípulos entenderam o peso da responsabilidade de guiar outros na fé.

Então, Pedro, sempre impulsivo, levantou uma questão que o atormentava:

—Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?

Jesus olhou para ele com um sorriso sábio e respondeu:

—Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.

Para ilustrar Sua resposta, Jesus contou-lhes uma parábola:

—O Reino dos Céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com seus servos. Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.

Os discípulos arregalaram os olhos. Dez mil talentos era uma fortuna impagável, equivalente a décadas de trabalho.

—Como o servo não tinha com que pagar, o senhor ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que possuía fossem vendidos para quitar a dívida. O servo, então, prostrou-se diante dele e suplicou: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo.’

Movido de compaixão, o senhor daquele servo perdoou-lhe a dívida e o libertou.

—Mas, ao sair, aquele servo encontrou um conservo seu que lhe devia apenas cem denários — continuou Jesus. — E, agarrando-o, começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga-me o que me deves!’

O conservo caiu de joelhos e implorou: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei.’ Mas o servo que havia sido perdoado recusou-se e mandou lançá-lo na prisão até que saldasse a dívida.

—Vendo isso, os outros servos ficaram muito tristes e foram contar ao seu senhor tudo o que havia acontecido.

Jesus ergueu a voz, Seus olhos refletindo a seriedade do ensino:

—Então, o senhor chamou aquele servo e disse: ‘Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como eu também me compadeci de ti?’ E, indignado, o senhor entregou-o aos verdugos, até que pagasse tudo o que devia.

Houve um silêncio pesado entre os discípulos. Jesus concluiu, Suas palavras ecoando como um alerta solene:

—Assim também Meu Pai celestial vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão.

A lição estava clara: o perdão que recebemos de Deus deve ser refletido em nosso tratamento aos outros. O sol já se punha completamente, e os discípulos meditavam naquelas palavras, sabendo que o caminho do Reino exigia um coração humilde e misericordioso.

E assim, naquela noite, enquanto as estrelas começavam a cintilar no céu da Galileia, cada um deles levou consigo não apenas o ensinamento, mas o desafio de viver o perdão como expressão do amor de Cristo.

LEAVE A RESPONSE

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *