Bíblia em Contos

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A Virtude de Ana: Uma Vida que Inspira (98 caracteres)

**A Mulher Virtuosa: A História de Ana**

No pequeno vilarejo de Belém, entre colinas douradas pelo sol da Judeia, vivia uma mulher chamada Ana. Seu nome, que significava “graça”, era conhecido não apenas em sua casa, mas por toda a região, pois suas ações falavam mais alto que qualquer palavra. Ana era a personificação da mulher virtuosa descrita em Provérbios 31, uma esposa, mãe e serva de Deus cuja vida irradiava sabedoria e compaixão.

Seu marido, Eliabe, era um comerciante respeitado nas portas da cidade, onde se reuniam os anciãos para julgar causas e discutir negócios. Ele não tinha preocupações com sua casa, pois confiava plenamente em Ana. “O coração do seu marido confia nela”, diziam as pessoas, e isso era evidente em cada detalhe de sua vida familiar.

Ana acordava antes do nascer do sol, enquanto as estrelas ainda cintilavam no céu escuro. Vestindo uma túnica simples, ela acendia uma lamparina e começava seu trabalho. Seus dedos ágeis fiavam lã e linho, transformando-os em tecidos finos que, mais tarde, seriam vendidos no mercado. Ela não trabalhava por mero sustento, mas com excelência, pois acreditava que tudo o que fazia era para a glória de Deus.

Quando os primeiros raios de sol iluminavam as ruas de terra, Ana já havia preparado o pão para sua família e distribuído tarefas às suas servas. Seus filhos, cinco no total, a observavam com admiração. Ela os ensinava não apenas com palavras, mas com o exemplo. “Encontra lã e linho e com prazer trabalha com as mãos”, dizia o provérbio, e Ana vivia essa verdade.

Mas sua bondade não se limitava aos muros de sua casa. Certa vez, ao saber que uma viúva do vilarejo havia perdido sua única fonte de renda, Ana não hesitou. Pegou um de seus melhores mantos, encheu um cesto com pão e azeite, e foi até a humilde morada da mulher. “Ela estende as mãos ao necessitado e abre os braços ao pobre”, era assim que as pessoas descreviam Ana.

Seus negócios prosperavam, não por ganância, mas por diligência. Ela comprava um campo aqui, plantava uma vinha ali, e com sabedoria administrava cada recurso. Seus tecidos eram tão bem feitos que mercadores de outras cidades vinham até Belém para adquiri-los. “Ela faz vestes de linho e as vende, e fornece cintos aos mercadores”, e assim sua influência se estendia além de sua comunidade.

Nos dias de festa, quando as famílias se reuniam para celebrar, Ana estava sempre pronta. Sua casa era um refúgio de alegria e ordem. Ela não temia o inverno, pois havia preparado roupas quentes para todos. Suas lâmpadas não se apagavam à noite, pois ela zelava por tudo com cuidado.

Quando os anos passaram e seus cabelos começaram a ganhar fios prateados, sua sabedoria apenas aumentou. Seus filhos levantaram-se e a chamaram bem-aventurada; seu marido a louvou, dizendo: “Muitas mulheres são exemplares, mas você a todas supera.”

Ana sorria, sabendo que sua força não vinha de si mesma, mas do Senhor, a quem servia com todo o seu coração. “Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor será louvada.” E assim, a história de Ana ecoou por gerações, não como um conto de perfeição inatingível, mas como um testemunho de que uma vida dedicada a Deus e ao próximo deixa um legado eterno.

E até hoje, quando as mulheres de Belém se reúnem para fiar ou os homens negociam nas portas da cidade, o nome de Ana é lembrado. Pois ela não apenas viveu Provérbios 31—ela o encarnou, mostrando que a verdadeira virtude nasce do temor ao Senhor e se expressa em amor concreto.

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