**O Dia do Senhor e a Vitória Final**

Naquele tempo, quando os últimos dias se aproximavam, o Senhor preparou um grande acontecimento que abalaria os céus e a terra. A cidade de Jerusalém, amada e escolhida por Deus, seria o centro de uma batalha épica, mas também da manifestação gloriosa do Todo-Poderoso.

Os povos ao redor se ajuntaram contra Jerusalém, como ondas furiosas do mar batendo contra os rochedos. Reis e nações, movidos por um ódio cego, cercaram a cidade santa, determinados a destruí-la. As casas foram saqueadas, as mulheres violentadas, e metade da população foi levada para o exílio. Parecia o fim, mas era apenas o começo da intervenção divina.

Então, o Senhor desceu. Como um guerreiro poderoso, Ele pisou no Monte das Oliveiras, e sob seus pés, o monte se partiu ao meio, criando um enorme vale que se estendia de leste a oeste. A terra tremeu como nunca antes, e os montes se retiraram como cera diante do fogo. O sol escureceu, a lua não deu sua luz, e as estrelas caíram do céu. Era o Dia do Senhor, terrível e glorioso.

Daquele vale brotaram águas vivas, uma corrente que fluía sem cessar—metade para o mar Morto e metade para o mar Mediterrâneo. Essas águas traziam vida onde antes só havia desolação, curando até mesmo o mar salgado, que se tornou doce e cheio de peixes. Era um sinal: onde o juízo passava, a misericórdia de Deus também se manifestava.

Então o Senhor reinou sobre toda a terra. Seus pés tocaram o Monte das Oliveiras, e dali Ele governou com justiça. Jerusalém foi exaltada, e seus inimigos caíram sob pragas terríveis. Aqueles que haviam guerreado contra a cidade foram atingidos por uma praga que consumia sua carne enquanto ainda estavam de pé; seus olhos se derretiam em suas órbitas, e suas línguas se dissolviam em suas bocas. O terror do Senhor caiu sobre eles, e começaram a se voltar uns contra os outros em loucura e desespero.

Mas para os fiéis, aqueles que haviam clamado pelo nome do Senhor, havia salvação. As riquezas das nações foram trazidas para Jerusalém—ouro, prata, e vestes finas encheram a casa de Deus. Até os sinos dos cavalos traziam a inscrição: “Santo ao Senhor”, e as panelas em Jerusalém eram tão sagradas quanto os vasos do templo.

Não havia mais noite na cidade, pois a glória do Senhor a iluminava. As nações que restaram subiam ano após ano para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, e celebrar a Festa dos Tabernáculos. Aqueles que se recusassem seriam castigados com seca e pragas, pois o Senhor governava com vara de ferro e com amor fiel.

E assim, Jerusalém tornou-se o trono de Deus na terra. A justiça e a paz cobriram a terra como as águas cobrem o mar. Os santos reinavam com Cristo, e o pecado já não tinha lugar. O Senhor era Um, e o Seu nome era Uno.

**Assim se cumpriu a palavra do Senhor, anunciada pelo profeta Zacarias: “E o Senhor será Rei sobre toda a terra; naquele dia, um só será o Senhor, e um só será o Seu nome.”**