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Jó Debate a Majestade e o Mistério de Deus (96 caracteres)

**O Debate de Jó: A Majestade e o Mistério de Deus**

No meio das cinzas e da dor, Jó, um homem outrora próspero e justo, sentou-se com os amigos em um longo e angustiante debate. Seu corpo estava coberto de feridas, sua família havia sido levada, e suas riquezas se dissiparam como o vento do deserto. Seus amigos insistiam que seu sofrimento era fruto de algum pecado oculto, mas Jó, embora abatido, mantinha a convicção de sua inocência. No entanto, diante da grandeza de Deus, ele se via esmagado pela perplexidade.

Foi então que, levantando os olhos para o céu escurecido, Jó começou a falar, e suas palavras ecoaram como um lamento profundo:

— Como pode um homem ser justo diante de Deus? Se alguém quisesse contender com Ele, não lhe responderia uma vez em mil. Deus é sábio de coração e poderoso em força; quem já se endureceu contra Ele e ficou em paz?

Jó imaginou as montanhas, que ele tantas vezes admirara em sua juventude, firmes e imponentes. Mas diante do Senhor, nem mesmo elas permaneciam inabaláveis.

— Ele remove as montanhas, e elas não o percebem; Ele as transtorna na sua ira. Faz tremer a terra do seu lugar, e as suas colunas estremecem.

O sol, que Jó via nascer todas as manhãs em esplendor, obedecia ao comando divino.

— Ele ordena ao sol, e ele não nasce; e sela as estrelas como sob um véu. Sozinho estende os céus, e pisa sobre as ondas do mar.

Jó pensou no mistério das constelações que brilhavam sobre Uz, tecidas por mãos invisíveis.

— Ele fez a Ursa, o Órion, o Sete-estrelo e as recâmaras do vento sul. Faz coisas grandiosas, inescrutáveis, e maravilhas sem número.

Seu coração se apertou ao lembrar que, mesmo em sua retidão, ele não podia compreender os desígnios do Altíssimo.

— Eis que Ele passa por mim, e eu não O vejo; segue adiante, mas não O percebo. Se Ele apressa, quem O deterá? Quem Lhe dirá: ‘Que fazes?’

Jó sentiu o peso da própria fragilidade. Se Deus não retivesse Sua mão, quem resistiria?

— Como poderia eu responder-Lhe, escolhendo as minhas palavras para contender com Ele? Ainda que eu fosse justo, minha própria boca me condenaria; ainda que eu fosse perfeito, Ele me declararia perverso.

Mesmo que ele se lavasse com água pura e suas mãos estivessem limpas, Deus o lançaria na lama, e suas próprias vestes o envergonhariam.

— Pois Ele não é homem, como eu, para que eu Lhe responda, e nos encontremos em juízo. Não há entre nós árbitro que ponha a mão sobre nós ambos.

Jó desejou que houvesse alguém que pudesse mediar entre ele e o Todo-Poderoso, alguém que fizesse cessar a vara de Deus, para que Seu terror não mais o aterrorizasse. Mas quem poderia erguer-se nesse papel?

— Então eu falaria, e não O temeria; mas não sou assim comigo mesmo.

Seu espírito vacilava entre a reverência e o desespero. Ele sabia que Deus era justo, mas seus caminhos eram insondáveis. Se o próprio céu não era puro aos Seus olhos, quanto menos o homem, que bebe iniquidade como água.

E assim, Jó, envolto em sombras e questionamentos, permaneceu em silêncio por um momento, contemplando o abismo entre a majestade divina e a pequenez humana. Ele não tinha respostas, mas sua fé, ainda que tremulante como uma chama no vento, não se extinguia. Pois mesmo em meio às trevas, ele sabia que o Criador dos astros e dos mares não era um tirano caprichoso, mas um Deus cujos caminhos, embora misteriosos, eram perfeitos.

E assim, sob o céu de Uz, Jó continuou a clamar, não em rebeldia, mas na esperança de que, um dia, o próprio Deus lhe respondesse.

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tendas destes homens perversos! Não toquem em nada que pertença a eles, para que vocês não sejam levados junto com todos os pecados deles. Então eles se afastaram das tendas de Corá, Datã e Abirão. Datã e Abirão tinham saído e estavam em pé à entrada de suas tendas, junto com suas mulheres, filhos e pequenos. Então Moisés disse: Isto é o que o Senhor ordenou: saibam que o Senhor enviou-me a fazer todas essas obras, porque eu não as fiz de mim mesmo. Se estes homens morrerem da maneira que morrem todos os homens, ou se lhes acontecer o que acontece a todos os homens, então o Senhor não me enviou. Mas se o Senhor cria uma nova coisa, e a terra abre a sua boca e os engole, com tudo o que pertence a eles, para que desçam vivos ao Sheol, então saberão que esses homens desprezaram o Senhor. E aconteceu que, assim que ele terminou de falar todas estas palavras, a terra que estava sob eles se abriu. E a terra abriu a sua boca e engoliu-os e às suas casas, e todos os homens que pertenciam a Corá e todos os bens. E eles e tudo o que pertencia a eles desceram vivos ao Sheol, e a terra os cobriu; e eles pereceram do meio da congregação. E todo o Israel que estava ao redor deles fugiu ao grito deles, porque eles disseram: Para que a terra não nos engula! E saiu fogo do Senhor e consumiu os duzentos e cinquenta homens que ofereciam incenso. O Senhor então disse a Moisés: Diga a Eleazar, filho de Arão, o sacerdote, que ele retire os incensários do meio da chama, porque eles são sagrados, e espalhe o fogo à distância. Os incensários dos homens que pecaram contra a própria vida deles devem ser feitos em folhas de metal batido, como cobertura para o altar, porque eles os ofereceram diante do Senhor, então eles são sagrados. Eles devem ser um sinal para os filhos de Israel. Então Eleazar, o sacerdote, pegou os incensários de bronze, que aqueles que tinham sido queimados haviam oferecido, e os bateu para fazer uma cobertura para o altar, para ser um memorial para os filhos de Israel, para que nenhum homem comum, que não é da descendência de Arão, venha a oferecer incenso diante do Senhor, para não ser como Corá e sua companhia; assim como o Senhor havia dito a ele por meio de Moisés. Mas no dia seguinte, toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão, dizendo: Vocês mataram o povo do Senhor! Quando a congregação se reuniu contra Moisés e Arão, eles se voltaram para a Tenda do Encontro; e eis que a nuvem a cobriu, e a glória do Senhor apareceu. Moisés e Arão vieram diante da Tenda do Encontro. O Senhor disse a Moisés: Saia do meio desta congregação, para que eu possa destruí-los num instante. E eles caíram com o rosto em terra. E Moisés disse a Arão: Tome o seu incensário e coloque fogo nele do altar, ponha incenso sobre ele e leve-o depressa à congregação e faça expiação por eles, porque a ira saiu da presença do Senhor; a praga começou. Arão, como Moisés havia dito, correu para o meio da congregação; e eis que a praga havia começado entre o povo. Então ele colocou incenso sobre ele e fez expiação pelo povo. Ele permaneceu assim entre os mortos e os vivos, e a praga cessou. Aqueles que morreram em praga foram catorze mil e setecentos, não contando os que morreram por causa de Corá. E Arão voltou a Moisés, à entrada da Tenda do Encontro, porque a praga havia cessado. Title: Corá e a Revolta das 250 Brasas: Asoberba e a Ira Divina