Era uma vez, em um tempo distante, quando o povo de Israel estava exilado na Babilônia, que o profeta Ezequiel recebeu uma mensagem do Senhor. O povo murmurava, dizendo: “Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que se embotam!” Eles acreditavam que sofriam as consequências dos pecados de seus antepassados, e que o castigo de Deus era inevitável, independentemente de suas próprias ações. Mas o Senhor, em Sua infinita sabedoria, decidiu corrigir esse pensamento equivocado.

Ezequiel, cheio do Espírito de Deus, levantou-se diante do povo e começou a proclamar a palavra do Senhor com voz firme e clara: “Por que vocês repetem esse provérbio em Israel? Ouçam o que diz o Senhor: ‘Tão certo como eu vivo, declara o Senhor, vocês não dirão mais esse provérbio em Israel. Pois todas as vidas me pertencem; tanto a vida do pai como a do filho são minhas. Aquele que pecar é que morrerá.'”

O profeta continuou, explicando com detalhes a justiça de Deus. Ele descreveu um homem justo, que seguia fielmente os mandamentos do Senhor. Esse homem não adorava ídolos, não se envolvia em práticas abomináveis, não cometia adultério, nem oprimia os pobres. Ele devolvia o que havia tomado como penhor, dava pão aos famintos e vestia os nus. Esse homem justo vivia de acordo com os estatutos de Deus e guardava os Seus mandamentos. “Esse homem certamente viverá”, declarou Ezequiel. “Ele não morrerá por causa dos pecados de seu pai; ele viverá por causa de sua própria justiça.”

Mas então Ezequiel mudou o tom de sua narrativa. Ele descreveu um filho desse homem justo, que, ao contrário de seu pai, era violento, derramava sangue e cometia todos os tipos de pecados. Esse filho não seguia os caminhos de seu pai, mas sim os caminhos da iniquidade. “Ele morrerá por seus próprios pecados”, disse o profeta. “Seu sangue será sobre sua própria cabeça.”

Ezequiel então apresentou um terceiro cenário: um neto, filho daquele homem ímpio, que via os pecados de seu pai e decidia não seguir o mesmo caminho. Esse neto não cometia os mesmos erros, mas sim vivia de acordo com a lei de Deus. Ele não adorava ídolos, não oprimia os pobres e não cometia injustiças. “Esse homem não morrerá por causa dos pecados de seu pai”, declarou Ezequiel. “Ele certamente viverá.”

O profeta então concluiu sua mensagem com uma exortação poderosa: “A alma que pecar, essa morrerá. O filho não levará a culpa do pai, nem o pai levará a culpa do filho. A justiça do justo será sobre ele, e a impiedade do ímpio será sobre ele.”

Ezequiel continuou, explicando que se um ímpio se arrepender de seus pecados e começar a seguir os mandamentos de Deus, ele viverá. “Se o ímpio se desviar de todos os pecados que cometeu e guardar todos os meus estatutos, e praticar o que é justo e direito, ele certamente viverá; não morrerá. Nenhum dos pecados que cometeu será lembrado contra ele; por causa da justiça que praticou, ele viverá.”

Por outro lado, se um justo se desviar de sua retidão e começar a cometer iniquidades, ele morrerá. “Quando o justo se desviar de sua justiça e cometer iniquidade, e eu puser um tropeço diante dele, ele morrerá. Porque você não o advertiu, ele morrerá em seu pecado, e os atos de justiça que praticou não serão lembrados; mas eu cobrarei o seu sangue da sua mão.”

Ezequiel encerrou sua mensagem com um apelo ao arrependimento: “Portanto, ó casa de Israel, eu os julgarei, cada um de acordo com os seus caminhos, declara o Senhor. Arrependam-se! Desviem-se de todas as suas transgressões, para que o pecado não seja a causa da sua ruína. Livrem-se de todos os pecados que vocês cometeram, e façam para si um coração novo e um espírito novo. Por que vocês querem morrer, ó casa de Israel? Pois eu não tenho prazer na morte de ninguém, declara o Senhor. Portanto, arrependam-se e vivam!”

O povo ouviu atentamente as palavras de Ezequiel, e muitos foram tocados em seus corações. Eles começaram a refletir sobre suas próprias vidas e a reconhecer que cada um era responsável por suas próprias ações diante de Deus. A mensagem de Ezequiel trouxe esperança, mostrando que não importa quão longe alguém tenha se desviado, sempre há uma chance de voltar para o Senhor e receber o Seu perdão.

E assim, naquele dia, muitos decidiram abandonar seus caminhos de pecado e buscar a justiça de Deus. Eles entenderam que o Senhor é misericordioso e justo, e que Ele deseja que todos se arrependam e vivam. Ezequiel, cumprindo seu papel como profeta, continuou a guiar o povo de volta aos caminhos do Senhor, sempre lembrando-lhes que a escolha entre a vida e a morte estava em suas próprias mãos.

E a palavra do Senhor ecoou por gerações, lembrando a todos que cada um é responsável por suas próprias ações, e que o arrependimento sincero sempre encontra acolhida no coração de Deus.