Era uma vez, em uma pequena vila chamada Sabedoria, um lugar onde as pessoas viviam de acordo com os ensinamentos do Senhor. A vila era cercada por montanhas verdejantes e riachos cristalinos, e o ar sempre parecia carregado com a presença de Deus. As casas eram simples, mas bem cuidadas, e as ruas eram pavimentadas com pedras lisas, que ecoavam os passos dos moradores enquanto iam e vinham em suas tarefas diárias.

No coração da vila, havia uma praça central, onde os anciãos se reuniam para compartilhar sabedoria e ensinar os mais jovens. Era ali que as histórias dos antepassados eram contadas, e os provérbios do rei Salomão eram recitados com reverência. Entre esses provérbios, o capítulo 10 do livro de Provérbios era especialmente querido, pois resumia a essência de uma vida abençoada.

Havia dois homens na vila que eram frequentemente comparados: Eliabe e Amós. Eliabe era um homem trabalhador, diligente e justo. Ele acordava antes do sol nascer para cuidar de seus campos, plantando sementes com cuidado e regando-as com água fresca dos riachos. Suas mãos eram calejadas, mas seu coração era leve, pois ele confiava no Senhor para abençoar seu trabalho. Ele era conhecido por sua honestidade e por nunca faltar com sua palavra. Quando alguém precisava de ajuda, Eliabe estava sempre pronto a estender a mão, mesmo que isso significasse sacrificar seu próprio descanso.

Amós, por outro lado, era preguiçoso e astuto. Ele passava seus dias deitado à sombra das árvores, sonhando com riquezas que nunca se esforçava para alcançar. Ele frequentemente enganava os outros, prometendo coisas que nunca cumpria, e suas palavras eram como vento, vazias e sem substância. Amós zombava dos que trabalhavam duro, dizendo que eles eram tolos por se esforçarem tanto. Ele acreditava que a sorte viria até ele, sem que ele precisasse fazer nada.

Um dia, uma grande tempestade atingiu a vila. Os ventos uivavam como lobos famintos, e a chuva caía em torrentes, ameaçando destruir tudo em seu caminho. Eliabe, prevendo a tempestade, havia preparado sua casa e seus campos. Ele reforçou as paredes, armazenou alimentos e protegeu seus animais. Quando a tempestade chegou, ele e sua família estavam seguros, e seus campos, embora molhados, permaneceram intactos.

Amós, no entanto, não havia feito nenhum preparativo. Sua casa, construída às pressas e sem cuidado, desmoronou sob a força do vento. Ele correu para a praça central, encharcado e desesperado, implorando por ajuda. Eliabe, vendo a situação de Amós, não hesitou. Ele ofereceu abrigo para Amós e sua família, compartilhando o pouco que tinha, mesmo sabendo que Amós nunca havia feito nada por ele.

Quando a tempestade passou, a vila começou a se reconstruir. Eliabe continuou a trabalhar diligentemente, e seus campos floresceram como nunca antes. Ele era respeitado por todos, e sua família vivia em paz e prosperidade. Amós, por outro lado, ficou envergonhado. Ele percebeu que sua preguiça e desonestidade haviam trazido apenas desgraça. Ele decidiu mudar seu caminho, começando a trabalhar duro e a viver com integridade.

Os anciãos da vila, vendo a transformação de Amós, reuniram todos na praça central. Eles leram o capítulo 10 de Provérbios, destacando os versículos que diziam: “O filho sábio alegra a seu pai, mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe” (Provérbios 10:1). Eles explicaram que a sabedoria e o trabalho duro trazem bênçãos, enquanto a preguiça e a desonestidade levam à ruína.

Eliabe foi elogiado por sua diligência e generosidade, e Amós foi encorajado a continuar em seu novo caminho. A vila de Sabedoria prosperou, e as lições do capítulo 10 de Provérbios foram gravadas nos corações de todos. Eles aprenderam que “a bênção do Senhor enriquece, e Ele não acrescenta dores” (Provérbios 10:22), e que viver de acordo com a vontade de Deus é o verdadeiro segredo para uma vida plena e abençoada.

E assim, a vila de Sabedoria continuou a ser um farol de luz, onde as pessoas viviam em harmonia, guiadas pelos ensinamentos do Senhor e pelos sábios provérbios do rei Salomão.