**A Bênção do Senhor sobre a Casa do Justo**
Era uma vez, em uma pequena aldeia nos vales de Judá, um homem chamado Eliabe. Ele era conhecido por sua devoção ao Senhor e por sua vida de trabalho honesto e diligente. Eliabe não era rico aos olhos do mundo, mas sua alma transbordava de riquezas espirituais, pois ele temia ao Senhor e andava em Seus caminhos. Ele costumava meditar nas palavras do Salmo 128, que dizia: *”Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos!”* E, de fato, Eliabe experimentava a verdade dessas palavras em sua vida cotidiana.
Eliabe trabalhava como agricultor, cultivando a terra que herdara de seus pais. Seus campos eram modestos, mas ele os cuidava com amor e dedicação, vendo neles uma dádiva de Deus. Todas as manhãs, antes de começar seu trabalho, ele se ajoelhava à beira do campo e orava: *”Senhor, que as obras de minhas mãos sejam abençoadas por Ti, e que eu possa glorificar o Teu nome com o fruto do meu trabalho.”* E Deus ouvia suas orações.
Com o passar dos anos, a família de Eliabe cresceu. Ele se casou com uma mulher virtuosa chamada Raquel, que era conhecida por sua sabedoria e bondade. Raquel era como uma videira frutífera, trazendo alegria e vida ao lar de Eliabe. Juntos, eles tiveram três filhos: dois meninos, chamados Davi e Samuel, e uma menina, chamada Ana. A casa de Eliabe era repleta de risos, amor e a presença de Deus.
Eliabe ensinava a seus filhos os caminhos do Senhor. Todas as noites, após o jantar, a família se reunia ao redor da lareira, e Eliabe contava histórias das maravilhas que Deus havia feito por Seu povo. Ele falava sobre Abraão, Moisés e Davi, e sobre como o temor do Senhor era o princípio da sabedoria. Seus filhos ouviam com atenção, e seus corações eram moldados pela fé que viam em seus pais.
Os anos se passaram, e os filhos de Eliabe cresceram. Davi, o mais velho, seguiu os passos do pai e tornou-se um agricultor habilidoso. Samuel, o filho do meio, decidiu estudar a Torá e tornou-se um escriba, dedicando sua vida a ensinar a Palavra de Deus. Ana, a caçula, casou-se com um jovem piedoso da aldeia vizinha e tornou-se mãe de filhos que também amavam ao Senhor.
A bênção de Deus era evidente na vida de Eliabe. Ele comia do trabalho de suas mãos, e sua mesa estava sempre repleta de pão, azeitonas, figos e uvas. Sua esposa, Raquel, era como uma videira frutífera, trazendo vida e alegria ao lar. Seus filhos eram como ramos de oliveira ao redor da mesa, cheios de vigor e promessa. A família de Eliabe era um testemunho vivo das palavras do Salmo 128: *”Tua esposa será como videira frutífera no interior da tua casa; teus filhos, como rebentos da oliveira, ao redor da tua mesa.”*
Mas a vida de Eliabe não era isenta de desafios. Havia anos de seca, quando a terra parecia árida e improdutiva. Havia momentos de doença, quando a febre atingia sua família. Havia tempos de incerteza, quando os inimigos ao redor ameaçavam a paz da aldeia. No entanto, em cada dificuldade, Eliabe se voltava para o Senhor. Ele lembrava das palavras do salmo: *”Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor.”* E, de fato, Deus o abençoava, sustentando-o em meio às provações.
Um dia, quando Eliabe já estava com os cabelos grisalhos e os filhos crescidos, ele reuniu sua família para uma celebração especial. Era o tempo da colheita, e os campos estavam repletos de trigo dourado e uvas maduras. Eliabe levantou-se diante de sua família e disse: *”Meus amados, hoje quero agradecer ao Senhor por Sua fidelidade. Ele nos tem abençoado além do que merecemos. Que possamos sempre temer ao Senhor e andar em Seus caminhos, para que Suas bênçãos continuem sobre nós e sobre nossos descendentes.”*
Eliabe então ergueu uma taça de vinho e proferiu uma bênção sobre sua família: *”Que o Senhor te abençoe desde Sião, para que vejas a prosperidade de Jerusalém todos os dias da tua vida. Que vejas os filhos dos teus filhos. Paz sobre Israel!”* E todos responderam: *”Amém!”*
Naquela noite, enquanto a lua brilhava sobre os campos de Judá, Eliabe olhou para sua família reunida ao redor da mesa e sentiu uma profunda gratidão. Ele sabia que a verdadeira bênção não estava na abundância de bens materiais, mas na presença de Deus em sua vida e no amor que unia sua família. E, assim, a história de Eliabe tornou-se um testemunho vivo das promessas do Salmo 128, um lembrete de que *”bem-aventurado é aquele que teme ao Senhor e anda nos Seus caminhos.”*