Bíblia em Contos

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A Esperança Inabalável de Eliabe

**A História da Esperança Inabalável**

Era uma vez, em uma pequena vila às margens do rio Jordão, um homem chamado Eliabe. Ele era conhecido por sua fé inquebrantável e por sua dedicação ao estudo das Escrituras. Eliabe havia sido criado em uma família de judeus piedosos, que lhe ensinaram desde cedo sobre as promessas de Deus e a importância de perseverar na fé. No entanto, nos últimos anos, a vila havia enfrentado tempos difíceis. Secas, conflitos com tribos vizinhas e a opressão do império romano haviam deixado muitos desanimados e questionando se Deus ainda estava com eles.

Certo dia, enquanto Eliabe caminhava pelas ruas poeirentas da vila, ele ouviu um grupo de pessoas discutindo. Eram homens e mulheres que haviam abandonado a sinagoga e começado a seguir ensinamentos estranhos, misturando práticas pagãs com suas antigas crenças. Um deles, chamado Amós, argumentava: “Por que continuar esperando por um Messias que nunca vem? Talvez Deus tenha nos abandonado. Precisamos buscar outras formas de sobreviver.”

Eliabe sentiu um peso no coração ao ouvir aquelas palavras. Ele sabia que a fé deles estava vacilando, e isso o entristecia profundamente. Naquela noite, enquanto orava em sua casa simples, ele lembrou-se das palavras que havia lido recentemente em uma carta enviada por um líder cristão de uma cidade distante. A carta falava sobre a importância de avançar para a maturidade na fé e não retroceder para as coisas básicas, como se fossem crianças espirituais. As palavras ecoavam em sua mente: *”Portanto, deixemos os ensinos elementares a respeito de Cristo e avancemos para a maturidade, sem lançar novamente o fundamento do arrependimento de obras mortas e da fé em Deus”* (Hebreus 6:1).

No dia seguinte, Eliabe decidiu reunir os moradores da vila para compartilhar o que havia aprendido. Ele os convidou para uma reunião sob uma grande figueira, onde costumavam se encontrar para discutir assuntos importantes. Quando todos estavam reunidos, Eliabe começou a falar com voz firme e cheia de convicção.

“Irmãos, sei que muitos de vocês estão cansados e desanimados. A vida tem sido difícil, e as promessas de Deus parecem distantes. Mas não podemos abandonar a fé que nos foi entregue. A carta que recebi nos lembra de que devemos avançar, não retroceder. Não podemos ficar presos às mesmas dúvidas e medos, como se ainda fôssemos crianças na fé. Deus nos chama para a maturidade, para confiar Nele mesmo quando não vemos o fim do caminho.”

Ele continuou, explicando que a fé verdadeira é como uma semente plantada em solo fértil. Se regada com a Palavra de Deus e nutrida pela oração, ela cresce e produz frutos. Mas se for negligenciada, pode secar e morrer. Eliabe lembrou-lhes das histórias de seus antepassados, como Abraão, que esperou pacientemente pela promessa de um filho, mesmo quando parecia impossível. “Abraão creu, e isso lhe foi creditado como justiça”, disse Eliabe. “Ele não vacilou em sua fé, mesmo quando enfrentou provações terríveis.”

Enquanto falava, Eliabe notou que alguns rostos começavam a se iluminar. Havia esperança em seus olhos, como se estivessem se lembrando de algo que haviam esquecido. Ele então compartilhou a parte mais impactante da carta: *”Deus não é injusto para se esquecer do trabalho de vocês e do amor que demonstraram pelo nome dele, pois serviram e continuam a servir aos santos”* (Hebreus 6:10). Ele explicou que Deus vê cada ato de bondade, cada sacrifício feito em Seu nome, e que Ele recompensará aqueles que perseveram.

No entanto, Eliabe também alertou sobre o perigo de abandonar a fé. Ele leu as palavras solenes da carta: *”É impossível que aqueles que uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, tornaram-se participantes do Espírito Santo, experimentaram a bondade da palavra de Deus e os poderes da era que há de vir, e mesmo assim caíram, sejam renovados para arrependimento”* (Hebreus 6:4-6). Ele explicou que isso não significava que Deus não perdoa, mas que aqueles que rejeitam deliberadamente a fé após terem experimentado sua verdade estão se afastando da única fonte de salvação.

Ao final de sua fala, Eliabe convidou todos a renovarem seu compromisso com Deus. Ele os encorajou a orar, a buscar a maturidade na fé e a confiar nas promessas de Deus, mesmo quando o caminho parecer obscuro. Muitos na multidão se emocionaram e começaram a orar em voz alta, pedindo perdão por suas dúvidas e renovando sua confiança no Senhor.

Nos dias que se seguiram, a vila começou a mudar. As pessoas voltaram a se reunir na sinagoga, não por obrigação, mas com um novo senso de propósito. Eliabe continuou a ensinar, ajudando-os a crescer na fé e a entender as profundezas do amor de Deus. Eles aprenderam que a esperança em Deus é como uma âncora para a alma, firme e segura (Hebreus 6:19), que os mantém estáveis mesmo nos tempos mais turbulentos.

E assim, a vila às margens do Jordão tornou-se um testemunho vivo da fidelidade de Deus. Apesar das dificuldades, eles aprenderam a avançar, a confiar e a esperar com paciência. E no coração de cada um, a chama da esperança continuou a brilhar, iluminando o caminho para a promessa eterna que Deus havia preparado para aqueles que O amam.

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