**O Louvor das Nações**
Era uma vez, em um pequeno vilarejo nas montanhas de Judá, um lugar onde o sol nascia dourado sobre os vales e as oliveiras balançavam suavemente ao sopro do vento. Ali, vivia um jovem chamado Eliabe, conhecido por sua devoção a Deus e por sua voz melodiosa que ecoava pelos campos durante o trabalho. Ele era um pastor, mas também um cantor, e muitas vezes passava horas compondo salmos de louvor ao Senhor.
Certo dia, enquanto Eliabe cuidava de suas ovelhas, ele ouviu falar de uma grande celebração que aconteceria em Jerusalém. Pessoas de todas as nações estavam se reunindo para adorar o Deus de Israel. Reis, mercadores, artesãos e camponeses vinham de terras distantes, trazendo consigo histórias de milagres e maravilhas que o Senhor havia realizado em suas vidas. Movido por uma profunda curiosidade e um desejo ardente de louvar, Eliabe decidiu viajar até a Cidade Santa.
A jornada foi longa e cansativa. Ele atravessou vales verdejantes, desertos áridos e rios caudalosos. No caminho, encontrou viajantes de diferentes culturas: um mercador de Damasco que falava de como Deus o havia livrado de ladrões, uma tecelã de Tiro que agradecia ao Senhor por sua família, e até mesmo um soldado romano que, após testemunhar a fé de um prisioneiro judeu, começara a buscar o Deus de Israel. Cada história que Eliabe ouvia enchia seu coração de admiração e gratidão.
Finalmente, ele chegou a Jerusalém. A cidade estava repleta de vida. As ruas estavam adornadas com bandeiras coloridas, e o aroma de incenso e ofertas queimadas subia ao céu. No Templo, o som de harpas, címbalos e vozes em uníssono ecoava como um rio poderoso. Eliabe juntou-se à multidão, e seu coração transbordou de alegria ao ver pessoas de todas as nações, línguas e culturas unidas em adoração ao único Deus verdadeiro.
No meio da celebração, um ancião levantou-se e começou a recitar o Salmo 117: *”Louvai ao Senhor, todas as nações, exaltai-o, todos os povos. Porque grande é o seu amor para conosco, e a fidelidade do Senhor dura para sempre. Aleluia!”* As palavras ressoaram como um trovão, e a multidão respondeu com um clamor de louvor que parecia sacudir os próprios alicerces da terra.
Eliabe sentiu lágrimas escorrerem por seu rosto. Ele olhou ao redor e viu o mercador de Damasco erguendo as mãos em gratidão, a tecelã de Tiro cantando com fervor, e o soldado romano ajoelhado em reverência. Naquele momento, ele compreendeu a profundidade do amor de Deus, que alcança todas as nações e todos os corações, independentemente de sua origem ou condição.
Inspirado, Eliabe começou a cantar. Sua voz, doce e poderosa, uniu-se ao coro universal de louvor. Ele cantou sobre o amor de Deus, que é tão vasto quanto os céus e tão profundo quanto os oceanos. Cantou sobre a fidelidade do Senhor, que nunca falha, mesmo quando os homens vacilam. E, à medida que ele cantava, uma sensação de paz e unidade envolveu a todos, como se o próprio céu tivesse descido para se juntar à celebração.
Naquela noite, enquanto as estrelas brilhavam sobre Jerusalém, Eliabe deitou-se sob uma figueira, seu coração cheio de gratidão. Ele percebeu que o Salmo 117 não era apenas um chamado para louvar, mas um lembrete de que o amor e a fidelidade de Deus são para todos, em todos os lugares e em todos os tempos. E, enquanto adormecia, ele sonhou com o dia em que todas as nações, de todos os cantos da terra, se uniriam em um único coro de louvor ao Senhor, o Deus de amor e fidelidade.
E assim, a história de Eliabe e do Salmo 117 tornou-se uma lembrança eterna de que, não importa quão distantes estejamos ou quão diferentes pareçamos, o amor de Deus nos une em um só povo, chamado para glorificar o Seu nome. Aleluia!