Bíblia em Contos

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A Luz que Brilha nas Trevas: A Mensagem de João

**A Luz que Brilha nas Trevas**

Era uma vez, em um tempo distante, quando as palavras dos apóstolos ainda ecoavam nas montanhas e vales da Judeia, um homem chamado João, que havia caminhado com Jesus, decidiu escrever uma carta para todos aqueles que buscavam a verdade. Ele queria compartilhar algo profundo, algo que tocasse o coração e a alma de quem lesse. E assim, inspirado pelo Espírito Santo, ele começou a escrever:

“O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam — isto proclamamos a respeito da Palavra da vida.”

João estava sentado em uma pequena cabana de pedra, à beira do Mar da Galileia. O vento suave soprava, trazendo consigo o cheiro salgado das águas. Ele fechou os olhos por um momento, relembrando os dias em que caminhara ao lado de Jesus. Ele podia quase ouvir a voz do Mestro, suave e poderosa, dizendo: “Eu sou a luz do mundo.” Aquela luz, aquela presença divina, havia transformado sua vida para sempre.

Ele continuou a escrever, com uma caligrafia firme e cuidadosa:

“A vida se manifestou; nós a vimos e dela testemunhamos, e proclamamos a vocês a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada.”

João sabia que muitas pessoas estavam confusas. Alguns diziam que Jesus não era realmente Deus, outros afirmavam que Ele não havia ressuscitado. Mas João havia visto. Ele havia tocado as cicatrizes nas mãos de Jesus após a ressurreição. Ele sabia que aquele homem era mais do que um profeta — Ele era o Filho de Deus, a própria encarnação do amor divino.

Ele levantou os olhos para o horizonte, onde o sol começava a se pôr, pintando o céu com tons de laranja e roxo. A luz do dia estava desaparecendo, mas a luz de Cristo, ele sabia, nunca se apagaria. Ele continuou a escrever:

“Proclamamos a vocês o que vimos e ouvimos para que vocês também tenham comunhão conosco. Nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo.”

João queria que todos soubessem que a fé em Jesus não era apenas uma crença intelectual, mas uma relação viva e dinâmica com Deus. Ele queria que as pessoas experimentassem a mesma alegria que ele sentia, a mesma paz que transcendia toda compreensão.

Ele fez uma pausa, olhando para o pergaminho. Suas palavras precisavam ser claras, pois ele estava escrevendo para pessoas reais, com lutas reais. Ele continuou:

“Escrevemos estas coisas para que a nossa alegria seja completa.”

João sabia que a verdadeira alegria só poderia ser encontrada em Cristo. Ele havia visto pessoas tentando preencher o vazio em seus corações com riquezas, prazeres e poder, mas nada disso trazia satisfação duradoura. Somente Jesus poderia preencher aquele vazio.

Ele então escreveu algo que tocaria o coração de todos os que lessem sua carta:

“Esta é a mensagem que dele ouvimos e transmitimos a vocês: Deus é luz; nele não há treva alguma.”

João sabia que muitas pessoas viviam em trevas, presas em pecado e desespero. Ele queria que elas soubessem que havia uma saída, que havia esperança. A luz de Cristo poderia dissipar as trevas mais densas.

Ele continuou:

“Se afirmarmos que temos comunhão com ele, mas andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.”

João sabia que a fé genuína se manifestava em ações. Não bastava dizer que se acreditava em Jesus; era preciso viver de acordo com Sua vontade. Ele queria que as pessoas entendessem que o pecado era uma barreira que impedia a comunhão com Deus, mas que havia um caminho para a restauração.

Ele escreveu com convicção:

“Se, porém, andamos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.”

João sabia que o sacrifício de Jesus na cruz era o único meio pelo qual os pecados poderiam ser perdoados. Ele queria que as pessoas entendessem a profundidade do amor de Deus, que enviou Seu Filho para morrer por eles.

Ele então abordou um tema delicado, mas necessário:

“Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós.”

João sabia que ninguém era perfeito. Todos pecaram e estavam destituídos da glória de Deus. Mas ele também sabia que a graça de Deus era maior do que qualquer pecado.

Ele escreveu com esperança:

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.”

João queria que as pessoas soubessem que não precisavam carregar o peso do pecado sozinhas. Deus estava pronto para perdoar, para restaurar, para transformar.

Ele concluiu sua carta com uma advertência solene:

“Se afirmarmos que não temos cometido pecado, fazemos de Deus um mentiroso, e a sua palavra não está em nós.”

João sabia que a humildade era essencial para uma vida de fé. Reconhecer os próprios pecados e buscar o perdão de Deus era o primeiro passo para uma vida transformada.

Ele enrolou o pergaminho cuidadosamente, sabendo que aquelas palavras seriam lidas por muitas gerações. Ele orou para que todos que lessem sua carta fossem tocados pela luz de Cristo, que as trevas fossem dissipadas e que a alegria do Senhor enchesse seus corações.

E assim, a carta de João foi enviada, carregando consigo a mensagem eterna de que Deus é luz, e que em Jesus, as trevas não têm lugar. A luz brilhou nas trevas, e as trevas não a compreenderam, mas para todos os que creram, ela trouxe vida, esperança e alegria eterna.

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