No coração de uma terra antiga, onde o sol brilhava intensamente sobre os vales e montanhas, o povo de Israel vivia dias de angústia e exílio. Eles haviam sido dispersos entre as nações, longe de sua terra prometida, por causa de seus pecados e rebeldia contra Deus. No entanto, mesmo em meio ao desespero, o Senhor não os havia abandonado. Ele ainda os amava com um amor eterno e estava prestes a revelar uma promessa que mudaria o curso de sua história.
Jeremias, o profeta escolhido por Deus, estava em Jerusalém, sentindo o peso da mensagem que o Senhor havia colocado em seu coração. Ele sabia que o povo estava sofrendo, mas também sabia que o amor de Deus era maior do que qualquer castigo. Certo dia, enquanto orava em silêncio, o Espírito do Senhor veio sobre ele, e ele ouviu uma voz suave, mas poderosa, que ecoou em seu íntimo:
“Naquele tempo, diz o Senhor, serei o Deus de todas as famílias de Israel, e eles serão o meu povo.”
Jeremias sentiu um arrepio percorrer seu corpo. Ele sabia que aquelas palavras eram uma promessa de restauração. O Senhor continuou a falar, e Jeremias anotou cada palavra com cuidado, sabendo que elas trariam esperança ao povo:
“Assim diz o Senhor: O povo que escapou da espada achou graça no deserto; eu irei e darei descanso a Israel.”
O profeta imaginou o povo cansado, caminhando pelo deserto, fugindo da destruição. Ele viu em sua mente o Senhor guiando-os como um pastor guia suas ovelhas, levando-os a pastos verdejantes e águas tranquilas. A promessa era clara: Deus traria Seu povo de volta à terra que havia prometido a seus antepassados.
“Há muito tempo o Senhor apareceu a mim, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.”
Jeremias sentiu lágrimas escorrerem por seu rosto. O amor de Deus era tão profundo, tão imensurável, que mesmo em meio ao castigo, Ele ainda buscava Seu povo com ternura. O profeta sabia que o povo havia quebrado a aliança, mas o Senhor estava disposto a fazer uma nova aliança com eles, uma aliança que seria escrita em seus corações.
“Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei uma nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão para os tirar da terra do Egito; porque eles invalidaram a minha aliança, ainda que eu fosse um marido para eles, diz o Senhor.”
Jeremias entendeu que a nova aliança seria diferente. Não seria mais baseada em leis escritas em pedras, mas em um relacionamento íntimo e pessoal com Deus. O Senhor prometeu:
“Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”
O profeta imaginou um futuro onde o povo de Israel não precisaria mais ser ensinado a conhecer a Deus, porque todos O conheceriam, desde o menor até o maior. O perdão seria completo, e o pecado não mais os separaria de seu Criador.
“Porque perdoarei a sua maldade e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.”
Jeremias sentiu uma paz profunda em seu coração. Ele sabia que a promessa de Deus era firme e que, embora o povo estivesse sofrendo no exílio, um dia eles voltariam para a terra de seus pais. O Senhor havia prometido:
“Assim diz o Senhor, que dá o sol para luz do dia e as ordenanças da lua e das estrelas para luz da noite, que agita o mar, de modo que bramem as suas ondas; o Senhor dos Exércitos é o seu nome. Se estas ordenanças falharem diante de mim, diz o Senhor, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre.”
O profeta sabia que a fidelidade de Deus era tão certa quanto o nascer do sol e o brilho das estrelas. Ele não abandonaria Seu povo. Jeremias olhou para o horizonte, onde o sol começava a se pôr, pintando o céu com tons de laranja e roxo. Ele sabia que, assim como o sol voltaria a brilhar no dia seguinte, a misericórdia de Deus também traria um novo amanhecer para Israel.
“Assim diz o Senhor: Se puderem ser medidos os céus lá em cima e sondados os fundamentos da terra cá embaixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o Senhor.”
Jeremias sentiu-se fortalecido pela promessa. Ele sabia que sua missão era levar essa mensagem ao povo, para que eles soubessem que, mesmo em meio ao sofrimento, havia esperança. O Senhor os traria de volta, reconstruiria suas cidades e restauraria suas vidas.
“Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que a cidade será reedificada para o Senhor, desde a torre de Hananel até à porta da esquina. E a linha de medir se estenderá diretamente até o outeiro de Garebe, e voltará para Goa. E todo o vale dos cadáveres e da cinza, e todos os campos até ao ribeiro de Cedrom, até à esquina da porta dos cavalos para o oriente, serão consagrados ao Senhor; não se arrancará nem se derrubará mais jamais.”
Jeremias olhou para a cidade de Jerusalém, que agora estava em ruínas, e viu em sua mente uma visão gloriosa: a cidade reconstruída, cheia de vida e alegria. Ele sabia que o Senhor cumpriria Sua palavra, e o povo voltaria a celebrar nas ruas, dançando e cantando louvores ao seu Deus.
“Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Ainda se dirá esta palavra na terra de Judá e nas suas cidades, quando eu acabar o seu cativeiro: O Senhor te abençoe, ó morada de justiça, ó monte de santidade!”
Jeremias sentiu uma alegria transbordar em seu coração. Ele sabia que o futuro de Israel estava seguro nas mãos de Deus. O povo voltaria, a terra seria restaurada, e a aliança seria renovada. O Senhor havia falado, e Sua palavra não falharia.
E assim, Jeremias continuou a proclamar a mensagem de esperança, sabendo que, mesmo em meio às trevas, a luz do amor de Deus brilharia mais forte do que nunca.