Bíblia em Contos

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A Queda de Nínive: O Juízo de Deus sobre a Cidade Orgulhosa

No coração da antiga cidade de Nínive, uma metrópole imponente e orgulhosa, erguiam-se muralhas que pareciam tocar os céus. Era uma cidade de riquezas incomparáveis, de poder militar inigualável e de uma fama que ecoava por todas as nações. No entanto, por trás de sua glória exterior, escondia-se um coração cheio de violência, opressão e idolatria. Nínive era como uma prostituta sedutora, atraindo nações para sua destruição com promessas de poder e prosperidade, mas seu fim estava próximo, pois o Senhor dos Exércitos havia decretado seu juízo.

O profeta Naum, cheio do Espírito Santo, levantou-se para proclamar a palavra do Senhor contra Nínive. Sua voz ecoou como um trovão, anunciando a queda iminente daquela cidade que se considerava invencível. “Ai da cidade ensanguentada!”, clamou Naum. “Ela está cheia de mentiras e de roubos; nunca para de saquear. Ouvem-se o estalar de chicotes, o barulho das rodas dos carros, os cavalos a galopar, os carros a sacudir! Cavaleiros atacam, espadas reluzem, lanças cintilam! Há muitos mortos, cadáveres sem fim; tropeça-se neles!”

Nínive, outrora uma cidade cheia de vida e atividade, agora estava marcada para a destruição. O Senhor revelou a Naum que a cidade seria exposta à vergonha e ao desprezo. “Por causa das muitas prostituições da prostituta sedutora, da feiticeira que escravizava nações com seus encantos e povos com suas feitiçarias, eu estou contra você”, declarou o Senhor. “Levantarei a sua saia sobre o seu rosto e mostrarei às nações a sua nudez e aos reinos a sua vergonha. Atirarei imundície sobre você, tratá-la-ei com desprezo e a tornarei espetáculo.”

A cena que Naum descreveu era de caos e desolação. Os exércitos inimigos avançariam como gafanhotos, incontáveis e vorazes, devorando tudo em seu caminho. Os líderes de Nínive, outrora poderosos, seriam capturados como presas fáceis, e o povo seria disperso como ovelhas sem pastor. As riquezas da cidade, acumuladas através de saques e opressão, seriam tomadas como despojo. Nínive, que havia se gloriado em sua força e independência, descobriria que não havia escapatória do juízo de Deus.

“Você também ficará embriagada; ficará atordoada e buscará refúgio contra o inimigo”, profetizou Naum. “Todas as suas fortalezas são como figueiras com frutos maduros; quando sacudidas, os figos caem na boca de quem os quer comer. Veja! As suas tropas são como mulheres no meio de você; os portões da sua terra estão escancarados para os seus inimigos; o fogo devorou as suas trancas.”

O profeta continuou, lembrando a Nínive de sua arrogância e de sua confiança em suas próprias forças. “Você confiou na sua própria força e no seu grande número de guerreiros, mas agora eles serão como gafanhotos que se espalham ao sol do meio-dia. Os seus mercadores são mais numerosos do que as estrelas do céu, mas como gafanhotos saem em revoada e voam para longe. Os seus oficiais são como nuvens de gafanhotos que se instalam nos muros em um dia frio, mas quando o sol aparece, eles voam, e ninguém sabe para onde foram.”

Nínive havia oprimido nações, escravizado povos e derramado sangue inocente. Agora, o Senhor faria com que ela experimentasse a mesma medida de sofrimento que havia infligido aos outros. “Ó rei da Assíria, os seus pastores dormem, os seus nobres repousam; o seu povo está espalhado pelos montes, e não há quem os reúna. Nada pode curar a sua ferida; a sua chaga é mortal. Todos os que ouvirem a notícia sobre você baterão palmas por causa da sua queda, pois quem não sofreu com a sua crueldade sem fim?”

A queda de Nínive seria completa e irreversível. A cidade que havia sido o terror das nações seria reduzida a ruínas, e seu nome seria lembrado apenas como um exemplo da justiça de Deus. “Onde está agora aquele leão que costumava saquear os seus covis, que enchia de presas as suas cavernas e aterrorizava a terra? Eis que eu estou contra você”, diz o Senhor dos Exércitos. “Queimarei os seus carros de guerra até virar fumaça, e a espada devorará os seus filhotes de leão. Acabarei com as suas presas na terra, e nunca mais se ouvirá a voz dos seus mensageiros.”

Assim, a palavra do Senhor através de Naum cumpriu-se. Nínive, outrora orgulhosa e poderosa, foi destruída. Seus muros caíram, seus palácios foram reduzidos a cinzas, e seu povo foi disperso. A justiça de Deus foi manifestada, e as nações aprenderam que Ele é o Senhor, o Juiz de toda a terra, que não deixa o culpado sem punição. A história de Nínive serve como um aviso solene para todos os que se levantam contra o Senhor e oprimem os inocentes. Pois o dia do juízo virá, e ninguém escapará da mão do Deus Todo-Poderoso.

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