Bíblia em Contos

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Amor Eterno: A História da Sulamita e Seu Amado

Era uma manhã fresca e serena, com o sol nascendo suavemente sobre os montes de Jerusalém. O ar estava impregnado com o perfume das flores que desabrochavam nos jardins reais, e o canto dos pássaros ecoava como uma melodia celestial. A jovem sulamita, cujo coração ardia de amor pelo seu amado, caminhava pelos campos, contemplando a beleza da criação. Ela sabia que o amor que sentia era mais forte do que a morte, mais intenso do que as chamas do inferno. Seu amor era uma chama do Senhor, uma expressão divina que transcendia os limites do tempo e do espaço.

Ela se lembrava das palavras do seu amado, que a chamava de “irmã, noiva”, e como ele a protegia e cuidava dela com ternura. Ele a levara para a casa de sua mãe, onde ela era recebida com carinho e respeito. Lá, ele a ensinara sobre o amor verdadeiro, que não se compra nem se vende, mas que é dado livremente, como um presente de Deus. Ela sabia que o amor não podia ser forçado, pois seria desprezado, mas quando dado de coração, era como um selo sobre o braço, uma marca indelével.

Enquanto caminhava, ela pensava em como desejava que o seu amado fosse como um irmão para ela, para que pudessem se encontrar livremente, sem as restrições da sociedade. Ela imaginava como seria tê-lo ao seu lado, cuidando das vinhas, compartilhando os frutos do seu trabalho. Ela sabia que ele a amava profundamente, e que nada no mundo poderia separá-los. O amor deles era como uma fonte selada, um jardim fechado, onde apenas eles podiam entrar.

De repente, ela ouviu uma voz familiar chamando seu nome. Era o seu amado, que vinha em sua direção com um sorriso radiante. Ele a abraçou e sussurrou ao seu ouvido: “Coloca-me como um selo sobre o teu coração, como um selo sobre o teu braço; porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura, o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, com veementes labaredas. As muitas águas não poderiam apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor, certamente o desprezaria.”

Ela sentiu o coração bater mais forte, sabendo que aquelas palavras eram verdadeiras. O amor deles era invencível, uma força que nem mesmo as maiores tempestades poderiam abalar. Ela olhou nos olhos do seu amado e disse: “Nós temos uma irmã pequena, que ainda não tem seios; que faremos a nossa irmã, no dia em que dela se falar? Se ela for um muro, edificaremos sobre ela um palácio de prata; e se ela for uma porta, cercá-la-emos com tábuas de cedro.”

O amado sorriu, entendendo a profundidade das suas palavras. Ele sabia que ela estava falando sobre a pureza e a proteção do amor, sobre a importância de guardar o coração e esperar o momento certo. Ele concordou com ela, dizendo: “Eu sou um muro, e os meus seios são como as suas torres; então eu era aos seus olhos como aquela que acha paz.”

Eles continuaram a caminhar juntos, desfrutando da companhia um do outro e da beleza da natureza ao seu redor. O sol já estava alto no céu, iluminando os campos com uma luz dourada. Eles sabiam que o seu amor era um reflexo do amor de Deus, um presente precioso que deviam cuidar e valorizar. E assim, eles prometeram um ao outro que nunca deixariam que nada nem ninguém os separasse, pois o seu amor era eterno, uma chama que nunca se apagaria.

E assim, a sulamita e o seu amado viveram felizes, sabendo que o seu amor era uma bênção do Senhor, um tesouro que deviam guardar para sempre. E o seu amor continuou a crescer, como uma árvore plantada junto às águas, frutificando e florescendo em cada estação da vida.

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